18 de nov. de 2013

Papos de segunda (excepcionalmente!): Preparar, apontar, escrever!

Todo aspirante a escritor deve ter ouvido falar do National Novel Writing Month, ou NanoWrimo. Durante o mês de novembro, os participantes são desafiados a escrever 50.000 palavras em apenas 30 dias, o que dá uma média de 1.667 palavras diárias. Algo impossível para algumas pessoas — eu me incluo nesse grupo :(


Estou participando pelo terceiro ano consecutivo, e na minha primeira vez, a insegurança era tão grande que nem me registrei no site, preferi escrever por fora apenas para ver como me saía — e passei muito longe da meta! No último ano, tentei — novamente sem sucesso — escrever mais de 1.000 palavras todos os dias, e já estava sentindo o gosto da derrota esse ano, quando li algumas dicas da autora Justine Larbalestier para escritores de primeira viagem. Acredito que elas estejam realmente me ajudando a escrever, então decidi compartilhá-las :)

Quando não alcançamos a meta de 1.000 ou mais palavras, tentamos escrever mais no dia seguinte para compensar, e se fracassarmos novamente, ficamos desanimados. Por isso, a autora propõe uma meta diária inofensiva — cerca de 300 palavras por dia — mas que vai resultar em um romance de 80.000 palavras ao final de um ano, mesmo que você fique sem escrever durante 100 dias! Factível, certo?

A próxima etapa nesse regime é recalcular a meta diária de acordo com seu progresso. Ou seja, a cada novo romance devemos definir uma data limite, geralmente 6 meses depois, e uma quantidade total de palavras, 65.000 por exemplo. Isso dá uma média diária de 350 palavras, mas se escrevermos mais do que isso em um dia, significa que no dia seguinte nossa meta será menor e, consequentemente, haverá uma redução no prazo final. É tudo uma questão de feedback positivo :)

Outras dicas interessantes… Não perder tempo com o título — trabalhar com algo provisório e definir o título apenas no final — nem com o outline. Justine defende que os primeiros romances devem ser escritos sem fazer um esboço antes — nem todo escritor adapta-se a esse método, então para quê se preocupar com isso agora? Melhor inventar a história no decorrer do processo. E se não tivermos uma história para contar? Basta pegar emprestado. Podemos nos inspirar em lendas, mitos, contos de fadas, canções, filmes, e reescrevê-los :)

Na dúvida de como começar, devemos escrever “Era uma vez” e prosseguir, podemos alterar isso mais tarde. Também é uma boa terminar cada sessão com uma frase inacabada, e completar na próxima vez que sentarmos para escrever. O truque é deixar as ideias e as palavras fluírem.

A parte mais difícil começa após a conclusão do primeiro rascunho. É importante tirar no mínimo uma semana de folga, antes de voltar ao texto e lê-lo do início ao fim. Depois de reler todo o manuscrito é hora de implementar as alterações, e quando acharmos que ele está pronto, é hora de enviá-lo para alguns leitores de confiança.

É isso! O mais importante é lembrar que o principal objetivo ao escrever o primeiro romance é aprender a escrever :) Eu, por exemplo, sei que não vou cumprir a meta de 50.000 palavras do Nano, e tudo bem — ansiedade não vai me ajudar agora.


E quanto a vocês? Tem mais algum nanoer por aqui?

14 de nov. de 2013

Galera entre letras: Amadas vilãs

Ela sempre teve as melhores falas. Esguia e de porte altivo, sua presença nunca passou despercebida na tela. E ontem não se falou de outra coisa, senão de sua atual “encarnação”. Sabem de quem estou falando?!

Pois é, ninguém que tenha navegado na Internet ou acessado as redes sociais pôde deixar de notar a agitação em torno do primeiro trailer do filme da Malévola, produzido pela Disney, com a atriz Angelina Jolie no papel principal.



O filme se propõe a contar as origens da vilã mais amada da Disney (título que lhe foi conferido depois de uma pesquisa entre o público) e mostrar Malévola, como diz a atriz que a interpreta, “como uma mulher épica (de um modo diferente).” No fim das contas, a vilã é “capaz de fazer muitas coisas e o fato de se proteger e ser agressiva não significa que ela não tenha outras qualidades [mais ternas]. É preciso solucionar o grande enigma que ela é.”

Mas vocês sabiam que o personagem da Malévola não existia nas muitas versões clássicas da história? Para entender a criação desta vilã, vou contar um pouquinho sobre as primeiras versões de A Bela Adormecida.

A primeira versão do conto de fadas, na verdade, nem tem esse título e foi escrita num dos muitos dialetos da Itália (para ser mais precisa, em napolitano), no século XVII. Chama-se Sol, Lua e Tália, e conta a história da jovem Tália, de seus dois bebês (sim, Tália, enquanto dorme, concebe gêmeos), de um cozinheiro muito generoso e de uma rainha muito, mas muito má e ciumenta, que, como toda rainha cruel, se dá mal no fim da história.

(Aqui tem uma tradução do italiano para esse curioso relato que, no entanto, não é uma história para crianças, mas para adultos).

A versão mais próxima da história que conhecemos é justamente a do francês Charles Perrault, escrita também no século XVII, e que aparece em Histórias ou Contos de Tempos Passados, livro que tem o subtítulo de Contos de Mamãe Gansa, pelo qual ele é mais conhecido hoje. Nele, temos a história A Bela Adormecida do Bosque, onde já encontramos alguns dos elementos presentes nas versões modernas do conto: a roca de fiar e uma fada muito velha e vingativa, que lança o feitiço na princesinha no dia de seu batizado. A fada má aqui ainda é vista como uma personagem caricata e, de certa maneira, ela está muito mais próxima da Rainha Má da Branca de Neve do que da Malévola.

O curioso, nesta versão, é que, após acordar do sono de cem anos, se casar com o príncipe e ter dois filhos, Aurora e Dia, a bela princesa passa a ser perseguida pela sogra que, na verdade, é uma rainha ogra e pretende devorar a princesa e suas crianças, não sem antes exilá-la na floresta (daí o bosque do título). Esta versão é bem rocambolesca, tem vilões demais e o papel da fada má é diminuto.

A versão mais famosa é a dos Irmãos Grimm, que data do início do século XIX e tem como título A Pequena Rosa, nome dado à princesa. Nesta versão, que termina com o casamento do príncipe com Rosa e um “felizes para sempre”, as fadas são substituídas por 13 mulheres sábias do reino.

Bom, e como é que nós chegamos à Malévola?, vocês devem estar se perguntando.

A Bela Adormecida é um desenho lançado em 1959, o terceiro desenho baseado em contos de fadas, após o lançamento de Branca de Neve, de 1937, e de Cinderela, em 1950. Como já mencionei antes, a exemplo da Rainha Má, a Madrasta de Cinderela e suas meias-irmãs são também personagens caricatos, que dificilmente despertariam a simpatia de alguém.

A Bela Adormecida é lançado em plena “segunda onda do feminismo”: sobretudo, pelo advento das duas guerras, as mulheres entraram no mercado de trabalho, ganharam o direito de votar e, no contexto internacional, vive-se a Guerra Fria, onde o papel dos mocinhos e dos bandidos parece bem determinado. E o que isso tem a ver com um desenho animado? Muita coisa.


A Malévola foi a primeira das personagens malvadas dos três desenhos a ser retratada de forma não caricatural. Apesar da pele cinza-esverdeada, ela tem um porte que não fica a dever a nenhuma modelo de passarela. E... uma curiosidade... apesar do modelo para a Malévola ser a atriz Eleanor Audley, não seria difícil imaginar uma top-model (ainda que, na época, não se usasse o termo) como Carmen dell’Orefice, com seus traços exóticos e rosto anguloso, além do corpo esguio, como referência para a vilã.

Eleanor Audley

Carmen dell'Orefice

Carmen dell'Orefice

Além disso, Malévola é a primeira vilã que rivaliza com a mocinha da história (e não é à toa que muita gente torceu para que ela desse cabo de vez da Aurora no desenho, rs): ela tem as melhores falas, é irônica e inteligente, e, de certa forma, coloca em alto e bom tom tudo aquilo que gostaríamos de dizer quando nos sentimos prejudicados ou rejeitados pelos outros. Uma das minhas falas preferidas é justamente a chegada de Malévola na apresentação da princesa Aurora ao restante do reino:

Ah, mas que aglomeração brilhante, rei Estevão: realeza, nobreza, cortesãos e... ha ha ha... que graça... até a ralé. Eu realmente, com tristeza, estranhei não ter sido convidada [ao que uma das fadas, Primavera, retruca: Não é bem-vinda!]... Não sou. Oh, Deus, que terrível situação... julguei que tivesse sido apenas um descuido. Bem, sendo assim, é melhor que eu me vá...  

E tem mais: Malévola tem poder. Poder de verdade. Em vez da maldade da Rainha Má da Branca de Neve, cujo preço é a perda da beleza e o envelhecimento, ou a implicância vil da Madrasta e das irmãs da Cinderela, Malévola realmente é poderosa. Ela faz o príncipe de refém, comanda um exército de goblins e ainda se transforma em um imenso dragão negro, símbolo incontestável do poder maligno (ao contrário da Rainha Má, que apenas consegue se transformar numa velha encarquilhada e corcunda e que, nessa transformação, ainda perde poder...).



Por essas e por outras, Malévola acabou se tornando uma vilã tão admirada e, não sem motivo, o filme da Disney que estreia no ano que vem causou um furor tão grande: conhecer as origens e as motivações desta personagem tão complexa certamente vai ser fascinante. E, como ressaltou uma amiga, especialista em contos de fadas e professora da Universidade de Boston, o fato de o trailer se concentrar no diálogo entre duas mulheres (Aurora e Malévola) já é, por si só, um acontecimento.

O trailer oficial está aqui

Divirtam-se!

Minibio:
Ana Resende trabalha como preparadora de originais e tradutora, e é colaboradora da Galera Record, entre outras editoras. Workaholic assumida, sua leitura favorita são os contos de fadas. Acredita em fadas e dragões, mas acha que o príncipe encantado não passa de uma lenda.
Twitter: @hoelterlein

12 de nov. de 2013

Melhores do Ano: Nostalgia

Oi, pessoal! Tudo bem? 2013 tá chegando ao fim, a gente aqui já tá se preparando pro Natal e tá na hora de pensar nas resoluções de ano novo e fazer aquela retrospectiva do ano que passou, né? Pensando nisso, estreamos agora a coluna Melhores do Ano, com uma seleção dos queridinhos de 2013 pra compartilhar com vocês. Cada semana será um tema e um livro (ou dois ^^) diferente pra gente relembrar. E falando em nostalgia, vamos começar com O Futuro de Nós Dois?


O ano é 1996 e Emma e Josh são amigos desde sempre, até que um climão adolescente os afasta um pouquinho. Mas uma coisa maior que isso volta a juntar os dois vizinhos: a descoberta de um tal de Facebook.

Nessa época, menos da metade dos alunos das escolas de ensino médio dos Estados Unidos já tinha usado a internet e a maior rede social do mundo só seria inventada dali a alguns anos. Então imagine conectar sua internet discada e se deparar com uma página azul revelando seu futuro infeliz? Emma pira, enquanto Josh fica feliz em saber que se casará com a gostosona da turma! Bom, não exatamente.




Mas, sim, você leu certo: internet discada! Ler O Futuro de Nós Dois te leva de volta àquela época de cd de conexão da AOL e de linha telefônica ocupada quando a internet está conectada e é legal se identificar com esse passado (e mais ainda saber que ele não só passou, como evoluiu! Rs). Mas o mais legal é refletir nossas vidas atuais com o Facebook.

Enquanto Emma e Josh percebem que esse tal Facebook mostra o futuro deles dois baseado em suas vidas atuais e que cada ação presente interfere E altera o futuro, nós, leitores, percebemos as diferenças entre os anos 90 e nossos dias atuais, 20,30 anos depois. Tá, pode ser que você se sinta meio velhinho, mas quem não sente saudades dos anos 90? 
  
 “— Por que diz aqui que ela tem trezentos e vinte amigos? — Josh pergunta. — Quem tem tantos amigos assim?”  (pág. 38)

Quem não tem 320 amigos no Facebook hoje, né, gente? Isso é tão fácil quanto ler as cerca de 300 páginas mencionando vez ou outra uma internet discada ou um discman. Por falar em discman, o livro é cheio de músicas animadinhas que vocês podem ouvir na playlist que fizemos pra ele \o/ ! Além das músicas, nós fizemos um booktrailer cheio de referências aos anos 90 e, o melhor, com a participação dos nossos leitores! Quem lembra? 


Kit de divulgação do livro - Foto por Melina Souza
Pessoalmente, O Futuro de Nós Dois me lembrou muito um dos meus filmes favoritos dos anos 80, De Volta Para o Futuro, e lê-lo foi como embarcar no sensacional DeLorean do Dr. Emmett Brown! *.* Tá, agora é a vez de vocês comentarem sobre o livro. E, caso não tenha lido ainda, leia o 1° capítulo aqui e comente você também! =D

xoxo

11 de nov. de 2013

Tons da Galera: SPFW Inverno 2014

Parece que as semanas de moda nunca terminam, não é? Outro dia mesmo eu estava dando um resumo do que o verão do ano que vem vai mostrar segundo as fashion weeks internacionais. Agora está sendo a nossa vez, mas voltando no tempo (que ainda é futuro em relação ao agora... louco isso, não?) pra falar do próximo inverno.

Neste exato momento a semana de moda do Rio ainda está rolando, mas a de São Paulo já acabou, e já pudemos ter uma ideia do que vai esquentar a gente no próximo inverno (a-ham… como se a gente tivesse inverno).

Até que o inverno de 2014 será bem... inverno. Sensato. Chique. Depois de coisas como os sapatos felpudos de pele da Céline (tá, sei que já falei deles antes — mais de uma vez —, mas não me conformo!), até estranhei. Obrigada, estilistas brazucas, pela bem-vinda dose de sensatez. Muito preto, vinho (ou Bordeaux, como o pessoal gosta de chamar), vermelho e preto usados juntos, e um ou outro tom de joia (verde esmeralda, roxo, azul bic) pontilhado em estampas e texturas.

Aliás as texturas é que são as verdadeiras estrelas dessa temporada de desfiles, justificando a pouca variedade de cores. Muito couro, renda, tecidos telados e vazados e a novíssima denominação Tule Ilusion (uma espécie de tule segunda pele que dá a impressão da roupa ter vazados).

O fator conforto chega com o moletom, estrela da temporada, largo e aconchegante ou cheio de apliques de couro ou outros materiais. O queridinho da vez aquece homens e mulheres igualmente. Ou seja, dá pra roubar do namorado igual fizemos com os boyfriend jeans! Qualquer oportunidade de expansão de guarda-roupa de graça é sempre bem-vinda!

Não esquecendo que nosso próximo inverno será em plena Copa do Mundo, a Osklen trouxe bolsas em formato de bola de futebol nas cores verde, amarelo e branca. Mas até elas são relativamente usáveis. Ufa!

Vermelho e preto, vinho e couro na Animale, Tule Ilusione de Glória Coelho, renda para Herchcovitch, moletom, e bolsa de bola de futebol da Osklen.

8 de nov. de 2013

Papos de sexta: Quando as regras funcionam!


Alguns livros são tão legais que deveriam vir com uma indicação para presentear aquela amiga ou, por que não?, você mesma. Quando vi As regras do amor, pensei que fosse auto-ajuda, não que não goste de livros do gênero, mas é que poucos são bem escritos, alguns são como conselhos que você conseguiria no salão, fazendo a unha, assim que contasse que terminou um namoro.
Ah sim, os términos de namoro, como doem, como nos fazem achar que é o fim, que nunca ninguém mais vai nos amar e que ficaremos solteironas para todo o sempre!
Comparo-os sempre à morte, a uma demissão... Todos sabemos que estamos correndo o risco de nos depararmos com isso, mas mesmo assim acreditamos firmemente que conosco nunca irá acontecer. Mas então acontece, aquele namorado maravilhoso (bem, não tão maravilhoso assim, afinal, se ele não quer mais nada com você, já não pode ser tão perfeito, certo? Porque a DIVA dessa história é você! E não deixe ninguém fazer você pensar o contrário!) de repente pede para repensar a relação, diz que você é perfeita e que o problema é ele, ou então termina de vez aquilo que você nunca soube mesmo o que era.
A nós resta chorar no colo das amigas que abandonamos  não me venha dizer que nunca largou suas amigas durante o namoro, porque sempre pedimos desculpa a elas, mas sabe como é, o fulano está louco para ver Os Mercenários número 10 e você prometeu ir com ele! Depois sua amiga faz aniversário há anos e o que tem demais perder um? Ano que vem tem outro, certo?
As regras do amor é exatamente eu, você que está lendo e nossas amigas. Ah sim, você é minha amiga? Então certamente vai me reconhecer em várias páginas. Vai ver que temos um pouco de cada uma delas. E vai se deliciar com o código criado por elas para superar um pé na bunda e nunca mais largar a amiga em prol do namorado.  
Divertido e verdadeiro, terminei esse livro querendo mais das quatro amigas, torcendo mais para umas que para outras, mas ainda assim querendo muito mais histórias com elas.
E, se você está triste nesse exato momento e caso seja pelo motivo citado nessa coluna, lembre-se desse livro, porque sei o que está passando e tenho certeza que vai te animar.
Se você acha que nunca mais vai conseguir namorar alguém tão padrão Johnny Depp como seu ex (ele não era a cara dele? Ah sim... só que não, né?), deixo um trecho do livro que gostei muito, aliás uma das regras:
"Duas pessoas completas = relacionamento saudável e feliz. Regra 25: Nunca pense que você não vai conhecer nem amar outro cara como você gostava de seu ex, porque você vai sim! Você só precisa dar uma chance de esquecer o ex."

7 de nov. de 2013

Design Et Cétera: Novos logos da Galera

Oi gente, tudo bem com vocês?

Nós da Galera estamos muito animados, pois temos novidades quentíssimas para compartilhar com vocês... *suspense*

Para quem ainda não reparou no nosso header, aqui vai a grande revelação:

MUDAMOS NOSSAS LOGOS!!!!!!

O mundo está sempre mudando, e por isso, não poderíamos ficar parados no tempo, não é mesmo? Então resolvemos dar um singelo facelift na nossa identidade visual, até para organizar melhor a faixa etária dos nossos livros e criar uma unidade entre as logos. Para isso, retomamos o conceito original de Galera.

Galera [do catalão galera]

1. s.f . antigo navio a vela.

2. s.f. qualquer grupo afim; o grupo; roda de amigos.
A Galerinha continua sendo a casa dos livros infantis, sempre tão coloridos e lúdicos. O nosso barquinho de papel vai seguir levando os pequenos leitores pelos mares da imaginação.
De 10 a 14 anos as coisas ficam mais sérias – certo, nem tanto! Ainda é tempo de brincar, rir... mas quem sabe está chegando a hora do primeiro beijo? Aventura, fantasia, romance! Na Galera Junior os jovens podem assumir o timão e fazer as próprias escolhas.
A Galera, irmã mais velha da turma, ganha uma nova cara, mas pode ter certeza que nossa âncora está firme num propósito: trazer para o jovem adulto os melhores livros! Thriller, fantasia, ficção científica e aquele livro da série, do filme e do jogo que você ama — tá tudo aqui!

E ai, estamos curiosos para saber: o que acharam?

E as mudanças não param por aqui... Em breve teremos um NOVO SITE no ar, com uma surpresa que tem tudo para deixar todo mundo satisfeito :)

6 de nov. de 2013

Galera Pop: Les Revenants – A primeira série francesa da lista!

Eu sei que ando bem irresponsável com meus posts por aqui (desculpa aí)... Poderia dizer que é o final de semestre me matando, a falta de sono consumindo minhas noites e deixando meus dias meio “aéreos”, o estágio que — finalmente! — está exigindo cada vez mais de mim. Mas o que realmente interfere na minha falta de posts e ânimo de ter escrito nas últimas semanas é porque eu sinceramente não tinha nada de empolgante para contar. Eu sei, não é sobre a minha vida isso aqui — porque se fosse, acho até que teria algumas fofocas — o problema mesmo é que até uns dois dias atrás não tinha assistido nada novo que valesse a pena ser compartilhado.

A Fall Season me decepcionou MUITO essa temporada... fiz vários posts com minhas apostas e olha que tristeza! Até continuei vendo umas três, mas nada incrível e que mereça mais de sete estrelas no trakt.tv (fica a dica desse site para organizar as séries!).

Mas EI! Nem tudo estava perdido, e dia desses resolvi dar uma olhadinha na minha listinha de “séries que preciso ver” e decidi por escolher essa série francesa com a sinopse interessante...

Les Revenants


Les Revenants — o nome internacional é “The Returned” — é a primeira série francesa que assisti na vida. Tenho uma quedinha por séries inglesas, e as americanas estão sempre entre as mais assistidas, mas não passa disso. Então foi meio que um desafio tentar me adaptar ao estilo. E WOWWWWWW! Foi a surpresa do semestre! Tudo bem que a série não saiu esses dias — ela foi lançada em Dezembro do ano passado —, mas no meu caso a descoberta foi só agora mesmo hehehehe

Na história, pessoas que morreram há alguns anos voltam à vida em uma cidadezinha no interior da França. Eles não fazem ideia que morreram, e a última lembrança é do momento anterior às suas mortes. Alguns morreram há pouco tempo, e outros, há décadas. O interessante é que eles não são zumbis, nem fantasma, voltam como se nada tivesse acontecido mesmo e como se o tempo nunca tivesse passado. Sabe essas meninas aí da foto? São gêmeas! Imagina o choque?

Gostei de como a série, mesmo com um ritmo lento, amarra a gente à tela de um jeito que faz os mais de 50 minutos passarem num piscar de olhos.


Ainda estou no quinto episódio, mas imagino que tem mais surpresa vindo por aí. Adoro que em cada episódio tem uma revelação bombástica que deixa a gente desesperada para o seguinte.
E se vocês curtirem a série, tem notícia boa. Os episódios da 2ª temporada já começaram a ser gravado e tem previsão de estreia para o início do ano que vem. Mas se mesmo assim não for o bastante, a emissora americana A&E já está desenvolvendo o projeto para trazer a adaptação para os StatesNão é sempre que gosto de “versões americanas”, mas como diz aquela música, “o que é demais nunca é o bastante”... Principalmente se o demais for incrível como Les Revenants.

31 de out. de 2013

Uma entrevista com o ilustrador Tom Gauld

Tom Gauld é um ilustrador escocês, de 37 anos, que mora em Londres e colabora com diversas publicações estrangeiras, entre elas, as revistas New Yorker e The Paris Review, e os jornais The Guardian e New York Times. Seu livro ilustrado mais recente é You're All Just Jealous of My Jetpack, lançado em abril. Os desenhos de Tom estão cheios de referências literárias e da cultura pop, como, por exemplo, o Dickensmóvel, o veículo usado por ninguém menos que Charles Dickens para combater o crime na cidade de Londres, e também incluem robôs, fadas-madrinhas, cientistas e heroínas que, antes de salvar o mundo, têm de comer todo o brócolis. Uma de suas diversões é justamente misturar todas essas referências, que vão de seriados à literatura fantástica, passando pelos contos de fadas, com assuntos mais sérios, como, por exemplo, o preconceito em relação ao gênero de ficção científica ou o status dos autores e as relações com o mercado editorial. Mas sempre com bom humor. Eu conversei com Tom por e-mail e perguntei quais eram suas leituras preferidas, além de querer saber mais sobre o processo de criação das ilustrações, e agora vocês vão poder conhecer um pouco mais o trabalho dele. Todas as imagens foram extraídas da página de Tom Gauld no Flickr Espero que vocês gostem da entrevista!
Ilustração do livro You're All Just Jealous of My Jetpack.
Ana Resende: Tom, de onde vem a inspiração para os seus desenhos?
Tom Gauld: É difícil dizer exatamente de onde vem a minha inspiração. Eu tento olhar, ler e ouvir o máximo possível de coisas interessantes para que essas coisas possam voltar e vir à tona, de alguma maneira, quando eu me sentar diante da folha de papel em branco. Algumas vezes, meus desenhos se inspiram em histórias ou temas que já existem, com os quais eu lido do meu jeito e, outras vezes, eu tiro a inspiração de algo que ouvi alguém dizer ou fazer. Quando a inspiração não vem, eu tomo um café, saio para dar uma volta ou leio gibis, e uma dessas coisas costuma funcionar.
Nas ilustrações de Tom, pequenas heroínas salvam o dia. Mas só depois de comer o brócolis. 
AR: Alguns dos seus desenhos incluem personagens como fadas, robôs (gigantes) e astronautas. A literatura fantástica e de ficção científica teve influência no seu trabalho? Quais são os seus livros e/ou gibis favoritos?
TG: Sem dúvida, jogar Dungeons and Dragons e outros jogos de RPG na adolescência moldou a minha sensibilidade. Provavelmente, eu fui mais influenciado pelo visual dos filmes e dos gibis de ficção científica do que pela literatura propriamente dita. Eu fui um superfã de Star Wars na infância e um leitor voraz de 2000AD na adolescência, quando também gostava de 2001, Blade Runner - O Caçador de Androides, Alien, etc. Ultimamente, tenho lido muitos livros de ficção científica e descobri os romances de Ian Banks sobre The Culture, que são incríveis.
Em seus desenhos, Tom gosta de lidar com situações absurdas como, por exemplo, uma infestação de fadas.
AR: Você poderia falar sobre o seu processo de trabalho?
TG: A primeira parada das ideias, depois que elas saem da minha mente, é o caderno ou bloco de desenho. Eu trabalho muito nos blocos de desenho, experimento coisas, brinco com conceitos, misturo tudo, depois, quando sinto que aquela ideia está chegando a algum lugar, passo para o papel. Eu desenho tudo à mão, primeiro, com lápis, depois, à tinta, mas então brinco com o desenho no computador: mudo as coisas de lugar, acerto ou acrescento cor. Gosto de combinar coisas inesperadas no meu trabalho: o grande e o pequeno, a alta cultura e o gosto popular, coisas engraçadas e tristes ou sérias e bobas.
O Dickensmóvel de Tom une a literatura clássica aos seriados dos anos 70. 
AR: Você também faz ilustrações para capas de livros. Poderia explicar a diferença entre os desenhos que você publica e a ilustração de uma capa?
TG: Nos meus desenhos, eu crio um mundo próprio onde posso fazer praticamente tudo o que eu quiser. Para fazer com que um desenho simples e bobo dê certo, é necessário pensar muito, mas também pode ser muito divertido. No entanto, quando estou criando uma ilustração para outra pessoa, tenho que respeitar, em alguma medida, o material original e, ao mesmo tempo, criar algo interessante e próprio. Acho que capas de livros são muito complicadas: o autor passou anos escrevendo um romance, e eu não quero estragá-lo com uma capa ruim. Mas também acho fascinante folhear o livro e procurar coisas interessantes para pôr na capa, e, na verdade, é um prazer quando vejo o produto final em uma livraria e percebo que fiz um bom trabalho.
Capa de Tom Gauld para Os Três Mosqueteiros.
AR: Há algum livro que você gostaria de ilustrar? Algum ilustrador favorito?
TG: Eu gostaria de fazer capas de ficção científica. Os livros sobre The Culture seriam realmente um desafio, mas também um trabalho fascinante. Recentemente li Tenth of December, antologia de contos de George Saunders e gostaria de brincar com esses contos. Adoro o trabalho de Edward Gorey, mas, para mim, a inspiração foi seu lado menos conhecido de capista e ilustrador.

Capas de Edward Gorey para romances de Joseph Conrad e George Orwell, uma das inspirações de Tom Gauld. 

AR: Que livros e/ou gibis você leu ultimamente?
TG: Estou no meio da autobiografia de Vladimir Nabokov, Speak, Memory, que é impressionante. Recentemente, gostei muito de Rage of Poseidon, de Anders Nilson, Palookaville#22, de Seth, e Everything Together, de Sammy Harkham.

Obrigada, Tom!

Minibio: Ana Resende trabalha como preparadora de originais e tradutora, e é colaboradora da Galera Record, entre outras editoras. Workaholic assumida, está aprendendo a gostar de videogames, mas sua leitura favorita ainda são os contos de fadas. Acredita que o príncipe encantado existe, só que se perdeu sem um GPS.

 Twitter: @hoelterlein

28 de out. de 2013

Halloween para meninos

Depois das sugestões de fantasias para as leitoras, muita gente pediu sugestões para os meninos também poderem se inspirar.

Então vamos lá:
Se você tem uma Luce na sua vida, ou histórico de adolescente desajustado, pode ir como um dos pretês da heroína de Fallen, usando preto, preto e mais preto. No moletom, na calça, nas botas. Loiros de olhos verdes do bem: se diferenciem com um par de asas brancas como as de Daniel. Agora se for moreno e bad boy assumido, as asas são negras como as de Cam. Uma dica? Esqueçam a Luce, meninos, ela é muito problemática!

Na deixa dos rebeldes, Oliver, a.k.a. Señor Sensual de Derby Girl, é uma fantasia mole pros roqueiros. Visual indie rock, camisa da banda de heavy-metal cristão dos anos 80, Stryper, emprestada de uma garota cool como Bliss. Mas, por favor, nada de dar a camiseta… para outra garota! E ainda postar uma foto de vocês juntos!

Não sei quantos meninos gostariam de se fantasiar como Chuck Bass de Gossip Girl, com seu visual engomadinho, a echarpe no pescoço e o macaquinho de estimação com modelito igual no ombro, então vamos pular para as fantasias realmente típicas da data:

Jace Wayland, de Cidade dos Ossos, pede tatuagens bizarras e um comportamento sarcástico e meio frio. Mas o problema não é você, é só o mundo que não entende sua alma torturada. Cabelos enrolados loiros e olhos cor de mel são um bônus. Cicatrizes finas e esbranquiçadas de símbolos mágicos são um must. Olhem esse tutorial (além de outras dezenas do YouTube) para cicatrizes de mentira:

O figurino, mais uma vez, é preto, uma jaqueta de couro – também preta – cai bem. Puxa, como é mais prático ser homem!

Connor, de Vampiratas, atlético e determinado, pode ser representado com a boa e velha fantasia de pirata (blusa branca de manga comprida, calça preta, um cinto e uma espada – essencial – atravessada). Olhos verdes “como uma esmeralda partida em duas partes, são um plus. O melhor em ser Connor é que você pode seguir o estilo de vida do Capitão Molucco Wrathe, um pirata que não acredita muito em regras.

As peças infernais traz o Caçador de Sombras William:  o tipo de homem com o qual as boas jovens vitorianas são advertidas a não se envolverem. Ele gosta de bebidas, jogatinas e de mulheres de virtude questionável, é alto, tem cabelos pretos e olhos azuis “de tempestade”.  Mas desculpe meninas lendo isso, ele ama mesmo Tessa. Acessórios: Tatuagens, adagas e uma lâmina serafim.

Opções mais típicas do Halloween seriam um Zumbi, de Walking Dead, aproveitando o tutorial logo acima. Ou talvez um personagem de Irmãos do Silêncio. Pegue um pano ou o lençol da vó (como citou um dos nossos leitores no Twitter!) e foca na maquiagem:

Sugestão desse site.

Já se bater aquele desespero e você só sobrar com as fantasias de sempre, não se preocupe! Junte seus 3 amigos mais nerds e faça como Archie de Fator Nerd e seus amigos fãs de RPG, que gostam de se fantasiar como personagens de Star Wars, Elfos, Hobbits, Anões, tripulantes de Star Trek  ou até mesmo os bons e velhos Superman e Batman.

E, finalmente, temos Damon Salvatore, de Vampire Diaries, anti-herói dos mais desejados pelas leitoras da Galera. Você é pálido, tem olhos azuis, é bonito, encantador, sedutor, irônico, imprevisível e dono da mais impecável jaqueta de couro (ufa!)? Conheço uma moça da Galera apaixonada por você, me dá um alô que apresento!

25 de out. de 2013

Papos de Sexta: Obrigada, Celaena Sardothien

Eu terminei de ler há pouco tempo o livro Trono de vidro, de Sarah J. Mais uma aventura medieval em que a protagonista é uma assassina. É. Isso mesmo o que vocês leram. Nada de uma dama à espera do príncipe encantado ou participando de festas da corte, ela é contratada para matar.

Quando eu li a sinopse pela primeira vez, me peguei pensando... Que baita desafio para a autora fazer o leitor criar laços com uma protagonista que é totalmente fora dos padrões aceitáveis, afinal, ela é uma assassina. E não é que ela conseguiu?

É claro que, aos poucos, nós vamos percebendo as motivações da personagem, mas ainda assim... Não são apenas os leitores que se surpreendem com a força e ousadia dela. Os próprios coleguinhas do livro também. Afinal, ela tem 18 anos, é a assassina mais conhecida e temida de Adarlan e é apenas uma garota. Opa! Esse é exatamente o assunto em que eu gostaria de chegar.

Por que garotas fortes, ousadas e independentes são tão surpreendentes ao ponto de as pessoas sempre comentarem?

Por que sempre se espera que uma garota seja frágil e precise de cuidados?

Garotas não vivem apenas por romance. Não vivem apenas para serem salvas. Elas são força também. São inteligentes. Ardilosas. Competentes.

Por que é tão difícil encontrar livros em que as protagonistas têm o romance totalmente em segundo plano? Onde suas vidas, seus desejos e seus ideais são mais importantes?

Nós, garotas, não somos um poço de inutilidade e adorno. Celaena fez seu papel. É uma garota temida, só uma garota, no meio de vários brutamontes. E ela é a melhor nisso. Ela se importa com ela mesma. Com as injustiças do seu povo. Com a vida.

É claro que ela não é a salvadora dos fracos e oprimidos. Ela é vingativa. Pensa muitas vezes no que é melhor pra si. Mas sabe reconhecer uma boa alma no meio das artimanhas do reino.

Eu quero mais protagonistas assim. Quero mais protagonistas que inspirem garotas a não se deixarem levar como inúteis ou que simplesmente não deveriam se importar com o que querem para seu futuro. Não somos princesas que precisam ser resgatadas. Somos as princesas que podem comandar um reino.

Temos grandes mulheres na nossa História, temos grandes mulheres fazendo história todos os dias. Somos as mulheres e garotas responsáveis por essas histórias. Isso tudo também deveria estar nos livros.

Obrigada, Celaena Sardothien.

24 de out. de 2013

DESIGN ET CETERA: The Cover Police

Oi, gente, tudo bem? Estou aqui de novo, pronta para revelar para vocês algumas abominações e algumas maravilhas do mundo da criação de capas. hahaha

Vamos começar por um livro que eu ADORO e é um dos meus favoritos desse ano: Limiar. O livro é um thriller psicológico que conta a história de Liz, uma garota rica, loira e popular que acaba de descobrir que está morta. É a manhã seguinte de sua festa de aniversário em um iate (coisa humilde, né) e ela acordou morta, boiando na água. Um de seus amigos a matou, e agora ela precisa descobrir quem...

O livro é sensacional e apesar da personagem principal estar morta, NÃO é uma história de terror. Mas se você olhar para a capa original, vai jurar que é.



Sério, o que é que a Samara de O Chamado está fazendo nessa capa??? E por que seus pés foram amputados? Perturbador...


Bom, para tirar essa imagem de suas cabeças, eis a nossa versão dessa capa:



Não preciso nem explicar, né? Podemos ver a bela, loira e morta Liz boiando ricamente na capa, com uma fonte que sugere thriller. Sem amputações tudo fica melhor, não é mesmo?

E agora para o nosso segundo lugar de hoje, vamos falar do livro As Regras do Amor. Quatro amigas, recém-solteiras, resolvem fazer um grupo de apoio com regras para lidar com seus corações partidos. O livro é uma fofura só e tem dicas que me seriam muito úteis, se apenas eu tivesse lido em 2002 (quando eu era adolescente e terminaram comigo porque eu era “intensa” hahaha.)

 Mais trágico do que isso, no entanto, é a capa original desse título que também parece ser de 2002 (ou 1992). Sério:




Por onde começar? Pelo fundo MARROM, ou pelos efeitos em volta desse coração brega, que parecem terem sido criados por um unicórnio afeminado com diarreia criativa e estética dos anos 80? (OK acho que fui um pouco cruel demais, vou amenizar)

Mas não parece um livro sério, né? Nem moderno... Agora olhem para a nossa versão. <3>


Fofa sem ser idiota, e ainda por cima fazendo menção ao hobby da mãe de uma das personagens que é obcecada por colagens e scrapbooks . Bem melhor, não acham?

Outro exemplo interessante de adaptação é Polícia Paranormal. O livro conta a história de Evie, que trabalha para a Agência Internacional de Contenção Paranormal: sua melhor amiga é uma sereia, seu ex-namorado é uma fada, etc.

Mas a única coisa paranormal que a capa estrangeira tem é a expressão facial Kristen Stewart da modelo, olhando de forma apática para o vazio. 


Sabemos que a maioria dos leitores odeia quando a capa tem uma foto do rosto do personagem, pois atrapalha muito a imaginação do leitor, por isso optamos por essa linda, e magenta ilustração.



E agora para o Gran Finale. O livro chama-se A viagem de Iris e conta a comovente história de como a aparição de uma águia fofa e rara acaba transformando a vida das crianças que moram em uma fazenda. O livro é incrivelmente emocionante e demostra como a amizade entre crianças e animais é algo puro e precioso.


Mas olhando assim para essa capa, mais parece a um filme de terror da sessão da tarde em que uma águia assassina começa a comer partes de crianças inocentes. Isso ocorre porque a águia é braquicefálica, ou seja, tem a cara meio achatada (como os pugs e o Grumpy Cat) o que acaba fazendo com que pareçam grumpy, não é mesmo?

E essa fonte também não ajuda....

Mas a boa notícia é que salvamos essa capa! A nossa versão é bem menos amedrontadora e bem menos braquicefálica (sem ofensa aos pugs e Grumpy Cat) :) mas achei melhor, e vocês?



O que acharam? 

Bom, por hoje é só, pessoal. Um beijo, e até a próxima.






21 de out. de 2013

Quero ser Luce por um dia

Halloween ou Dia das Bruxas, com ele chega sempre aquela festa à fantasia de última hora. Em vez de pegar a velha máscara de mulher-gato (nada contra! Sou uma cat-lady confessa), ou os chifrinhos usados no Carnaval (se é que ainda estão em pé... ou ainda existem... pensando bem que fim levaram?), que tal se inspirar em algumas heroínas da Galera?

As Darks

Luce – Ah, a atormentada Luce... sempre ocupada entre Daniel e Cam, Luce não tem tempo para se arrumar e usa um figurino básico: calça preta, moletom preto, botas pretas... Atenção: Você pode ter que tosar o cabelo caso queira encarnar a Luce do primeiro livro da série, Fallen. Só não esqueça de levar o isqueiro, acessório preferido da moça!

Grace, de Vampiratas – Bandana vermelha na cabeça, camisa listrada, calças e botas pretas (dá pra aproveitar as da Luce e ir em duas festas!), pérolas, um tapa-olho, um papagaio de pelúcia no ombro e dentadura de vampiro. Moleza!

E completando as darks, é claro que você não precisa ser loira para encarnar alguém de Louras Zumbis, mas vamos caprichar na maquiagem e parar de pentear o cabelo uma semana antes para ficar bem sujinho e deixar Hannah orgulhosa, combinado?

As Patys

Fantasia para ir com a melhor (a-han) amiga: Blair Waldorf e Serena Van Der Woodsen, as Gossip Girls! O uniforme escolar é uma boa pedida, mas se você tiver banca para usar as grifes que as meninas usam fora do colégio... O que você está fazendo em casa mesmo?

Já encarnar Becky Bloom pode ser te deixar tão falida com o figurino que vai ter que ficar em casa. Péssima ideia. Boo.

As retrôs

Bliss Cavendar, de Derby Girl. Short  curto e colado, meia arrastão (rasgadas), meias até o joelho, t-shirt com estampa engraçadinha, tattoos (verdadeiras ou não), olho de gatinho à la pinup punk-rock, e claro, seus patins. Vá deslizando e só pare quando encontrar o músico gato mais sinônimo de problema que você encontrar!

Já Para encarnar Mia Thermopolis de Diário da Princesa você vai precisar de: um vestido de princesa (duh!), uma tiara de brilhantes, e um príncipe encantado. Fácil, né? Fones de ouvido e óculos escuros só serão permitidos quando quiser ignorar os inevitáveis paparazzi.


As gente-como-a-gente

Bridget Jones - Se você escolher ir como nossa inglesinha preferida, corre o risco de beber vodca demais enquanto se arruma para sair e terminar a noite desmaiada no sofá ao lado de um balde de pipoca com a TV ligada. Apenas uma coisa é essencial: enormes e velhas calcinhas de vovó.

Carrie Bradshaw de Os Diários de Carrie - Para meninas que gostam de ousar. Tudo é permitido nesse outfit, mas uma saia de filó no joelho e armada, broche de flor gigante no peito, uma bolsa vintage com seu nome pintado de esmalte e 3 melhores amigas a tiracolo só ficam atrás do cabelão cacheado, non-negotiable. Força no babyliss!

Uma das mocinhas de Formaturas Infernais - O remake de Carrie, a estranha taí. Um vídeo viral promovendo o filme também:


Não vai ter fantasia mais in que vestido de formatura americana com um balde de sangue derramado na cabeça.

Lembrando quem é quem.

Ou você pode pegar pesado e ir simplesmente como A Vilã Mais Odiosa e Intimidadora De Todos Os Tempos. E isso é tudo.


18 de out. de 2013

Sem título

Todo dia me fez refletir sobre vários assuntos, a importância que damos aos rótulos é apenas um deles. Devo reconhecer que eles simplificam o nosso dia-a-dia, e não vejo problema quando aplicados aos produtos e serviços, mas e quando os rótulos são aplicados às pessoas?

David Levithan abre o livro com o seguinte trecho: “Acordo. Imediatamente preciso descobrir quem sou. Não se trata apenas do corpo […]. O corpo é a coisa mais fácil à qual se ajustar quando se está acostumado a acordar em um corpo novo todas as manhãs. É a vida, o contexto do corpo, que pode ser difícil de entender.”

E por aí vai. O autor discorre sobre a essência do indivíduo de maneira acessível, mas sem diminuir a complexidade, se é que faz algum sentido :) A premissa do livro é genial. O protagonista A é um ser dotado de uma habilidade inexplicável. Ele não tem gênero definido, crença, influências culturais e sociais, preconceitos, nada disso. A é uma consciência que habita um corpo diferente a cada dia, tem a possibilidade de ver o mundo sob prismas diferentes e de evoluir com essas experiências.

Em um determinado momento, A se apaixona por uma garota e as coisas complicam. Ele precisa ser amado pelo que é, com toda sua beleza e complexidade, e não pelo que aparenta ser. Ele deseja ser aceito sem as limitações impostas por rótulos e embalagens, mas para os outros, o seu exterior é tão importante quanto o interior. Para A, o interior é tudo.

Essa mudança de perspectiva deixa tudo mais simples: “Não somos o corpo e sim a consciência.” Eu poderia destacar o livro inteiro — são tantos quotes maravilhosos — mas vou transcrever apenas mais um, porque tem a ver com o tema: “Nunca me apaixonei por um gênero. Apaixonei-me por indivíduos. Sei que é difícil as pessoas fazerem isso, mas não entendo porque é tão complicado, quando é tão óbvio.”

Limitar talvez seja o X dessa questão. Colocar as pessoas em caixas e listar seus atributos. Mulher, caucasiana, loira, baixa, magra… Essas são características que me descrevem, mas nenhuma delas me define. Extrovertida, crítica, perfeccionista e teimosa, também não! Eu não quero caber nos adjetivos e por isso me incomodo quando tentam me catalogar.

O romance Todo dia não se limita a um gênero literário, por exemplo. Ele transcende os rótulos, assim como nós. Uma ideia grandiosa e por isso mesmo, indescritível. O tom usado por Levithan é perfeito, ele nos faz questionar tudo em que acreditamos mas sem pregar nada, as conclusões partem do próprio leitor.

Eu prefiro continuar sem título, e vocês?

11 de out. de 2013

Papos de sexta: Leitora de fases

Nunca parei para pensar que sou de fases, mas outro dia, ao postar uma foto no instagram na qual mostrava o livro que estava lendo, li o comentário de uma amiga próxima: “Quem te viu, quem te vê”.


Na hora curti, mas depois parei para pensar, por que mesmo ela achou estranho eu estar lendo aquele livro? Quais livros as pessoas esperam que eu leia? Logo eu, que sempre me achei eclética, tanto nas leituras quanto nos filmes, me surpreendeu ela achar que eu não gostava daquele livro. Fui ver então os livros que andava lendo e me deparei com o seguinte resultado: dos 20 livros que li em setembro, exatamente nove – quase a metade – eram da mesma temática que ela havia se espantado.

O que acontece com a gente quando optamos por livros parecidos? Ou melhor, o que será que aconteceu comigo, que resolvi ler nove livros do mesmo tema em um só mês!

Descobri que sou de fases. Tem época que quero só saber de vampiros. Tenho uma overdose deles, desde os que brilham aos que tem irmãos lindos, e aos que são extremamente sexies! Aí fico mais romântica, mais mulherzinha. Me entupo de livros onde todas as solteiras conhecem a cara metade em Paris ou Nova York. Geralmente elas compartilham um passado de decepção e, entre trens, trabalho ou aviões pegos com atraso ou não, deliciosamente se apaixonam.

Ah sim, já tive mania de só querer ler livros de época, daqueles em que com 28 anos a mulher já era uma senhora, comprei todos os livros em que eu sabia que elas usavam vestidos rodados e encontravam o amor em lindos bailes, e tinham, em sua maioria, que lutar para ficar com quem amavam porque afinal, que graça tem se a família for a favor do romance?

Claro que já quis ser princesa, saí procurando livros de mocinhas que nasceram na realeza e de outras que levavam uma vida normal até a avó aparecer com a novidade de que tinham sangue azul!

Já me viciei em anjos, lobisomens e seres imortais. E sabem o que é bacana? Que essas fases vêm e voltam, e por isso sempre guardo meus livros com carinho! Porque fazem parte de uma fase importante da  minha vida.

E claro que a curiosidade de vocês deve ter surgido! Afinal, qual livro eu tenho lido tanto? A fase do mês de setembro foi a da literatura erótica! ;)

E vocês, também são de fases como eu?

9 de out. de 2013

É hoje!!!! American Horror Story: Coven

Se minhas contas estão certas, este é o terceiro post que faço sobre American Horror Story. Como essa é a terceira temporada e, consequentemente, a terceira história, nada mais justo que apresentar as novidades aqui para vocês.

 Para os desavisados deixa eu contar um pouquinho sobre a série. AHS foi criada e produzida pelo Ryan Murphy (criador de Glee) e pelo Brad Falchuk. Como o nome já diz, é um terror, mas com uma pitada de drama. O que ela tem de diferente é como cada temporada é apresentada. Basicamente assim: ano novo, série nova. AHS tem, a cada ano, uma espécie de minissérie: troca-se a história, personagens, plots, época, etc etc. A única coisa que se mantém é uma parte do elenco. O que deixa sempre aquela curiosidade para o início de cada temporada e nunca fica repetitivo, mas você sabe que Evan Peters e Jessica Lange vão está por lá.

 Primeira temporada foi em uma casa mal-assombrada, a segunda em um hospício (medo!) e a nova vai ser em uma ESCOLA DE BRUXAS! Mas calma, não tem nada de Hogwarts no meio, a coisa é bem macabra mesmo. Com direito a vodus e todas essas coisas de bruxaria, que dão medo de verdade.

 O que posso afirmar é que minhas expectativas são bem altas, eu me animei para a segunda, foi incrível, então acho que é ok esperar grandes coisas da temporada que começa hoje. Afinal, pelo menos em American Horror Story, o tio Ryan nunca me decepcionou.

 Retornam para a terceira temporada, Jessica Lange (Fiona Goode), o gatíssimo Evan Peters (Kyle Spencer), Lily Rabe (Misty Day), Sarah Paulson (Cordelia Foxx), eles participam desde a primeira, já Tassia Farmiga (Zoe Benson) e Denis O’Hare (Spalding) retornam depois de uma pausa durante Asylum (segunda temporada). Novidades no elenco incluem Emma Roberts (Madison Montgomery) e Kathy Bates (Madame LaLaurie).

 Então prepare-se, hoje é dia de visitar o Coven!!

 Xoxo,
 Nanda.

4 de out. de 2013

Papos de Sexta: Londres Mecânica

Quando gosto muito de algo intangível — como um livro ou um filme, por exemplo — é normal tentar ao máximo me aproximar dele. Descobri que ouvir a versão em áudio dos livros que gosto os fazem mais reais (o que pode até parecer meio estranho, mas é verdade. Tentem e me digam o que acham). Comprar merchandise como camisetas e itens alusivos à história ou aos personagens também ajuda. Mas nada é como estar nos locais onde a história se passa. Ainda bem que não gosto tanto de ficção científica!

Acabei de voltar de uma viagem incrível a Londres, Inglaterra. Havia fechado essa viagem antes de me apaixonar por “Peças Infernais”, de Cassandra Clare, então foi mais uma bela razão para visitar um lugar que sempre amei, mas nunca tinha ido. Como sou fã de Harry Potter, Jane Austen, Sherlock Holmes e Shakespeare — isso só para nomear alguns —, ir para Londres era um sonho a ser realizado. E após ter lido a história de Jem, Will e Tessa, impossível não me apaixonar ainda mais pelo lugar.

No roteiro, coloquei alguns pontos mencionados nos livros “Anjo Mecânico”, “Príncipe Mecânico” e “Princesa Mecânica” e compartilho com vocês algumas experiências e fotos tiradas nesses locais. Pode deixar: sem spoilers!

Nesse meu roteiro literário, um dos pontos mais importantes foi a Blackfriars Bridge.


Simples e linda, a ponte comporta veículos e pedestres por cima do Rio Tâmisa e, de um lado, tem um PUB com um Blackfriar no topo. Fofo!


A Blackfriars Bridge marca alguns momentos muito importantes no relacionamento entre Tessa e Jem, e passar por ela foi quase que catártico pra mim. Parece exagero ou maluquice, mas senti como se os acontecimentos ocorridos naquela ponte, entre esses dois personagens que amo tanto, tivessem sido reais, fatos históricos e não fictícios. Então passar pelo local era como se estivesse visitando um lugar importante para a história da humanidade. Ok, isso foi exagero. Mas foi importante para mim, e é isso que conta. E o fofo é que estava tão empolgada para atravessar a ponte que, quando cheguei no meio dela, falei para o meu noivo a razão do meu ataque de fangirl na ponte, no frio, do nada. Ele sorriu, me deu um beijo e disse: “Pronto. Não sei se acontece isso no livro, mas agora você foi beijada na Blackfriars Bridge”. Fiquei sorrindo feito uma boba até chegar do outro lado. Dá para notar na foto abaixo.


Outro ponto que amei visitar foi o Hyde Park. Presente em inúmeros livros que adoro, o parque ficava perto do hotel onde estava hospedada e ao lado de Kensington Gardens (que é até mais bonito). Andei com meu noivo por lá, tiramos fotos, vimos cachorros brincando e solenemente ignorando seus donos e tomamos café da manhã em um lugar muito charmoso perto do lago, observando cisnes e patos nadando. Lindo, lindo! E frio! *risos* 


Embora tenha achado o estado do Hyde Park um pouco assombrado demais quando comparado ao Kensington Gardens ou ao Green Park, é fácil imaginar cenas de vários livros por lá, inclusive a situação de Tessa e Jessamine e de um certo integrante do Submundo. É lindo, mas Hyde Park pode realmente se tornar um lugar assustador. Ele é gigante e tem partes lindas e algumas meio tensas (como a foto acima). Melhor carregar sempre sua sombrinha!

Por último, procurei demais pelo local onde estaria o Instituto, mas acho que sou Mundana demais para encontrar. Ou de repente não. Em busca do lugar, encontramos, sem querer, a Temple Church, uma igreja medieval com cavaleiros templários enterrados lá! Quase tive um treco!


Entramos e tiramos fotos de todos os cantos da igreja. Não sei se o Instituto seria algo parecido ou não, mas encontrar esse local sagrado foi uma bênção.


Para terminar, na sexta-feira 13, fizemos o London Ghost Tour, que nos levou, à noite (chuvosa demais!), a vários lugares assombrados de Londres. A cada parada, o guia explicava o mito e o fato por trás das tais assombrações, e foi MUITO legal. Agora, meninas, deem uma olhada no nosso guia. O nome dele era John, era de Edimburgo e tinha uma voz superforte e com sotaque show! Eu acho que as mangas estavam escondendo Runas. O que acham?