28 de fev. de 2014

Papos de sexta: Carnaval para mim é assim, e o seu?


Quase todo dia pego táxi por causa do trabalho. Os caminhos que faço são cada vez mais engarrafados, e, é claro, já peguei todo tipo de motorista. Mas o de hoje rendeu a conversa abaixo. Entro no táxi com uma pasta e falando no celular, aviso a meu namorado que já está tudo ok com nossas reservas, que já confirmei tudo e desligo dizendo que quero que chegue logo sexta-feira. Ao desligar, em um trânsito caótico no Rio de Janeiro, o taxista abaixa o som e puxa conversa:
- Animada para o Carnaval?
Paro de mexer no celular e respondo um sim desanimado. Ele continua:
- Sei como é, na sua idade eu pulava e bebia muito, era solteiro e amava Carnaval, às vezes nem voltava para o trabalho na quarta de cinzas.
Sem ter muito o que dizer, sorrio. Ele continua:
- Você vai viajar, né? Vai para onde?
Respondo educadamente:
- Curitiba!
Ele vira para trás:
- Tá maluca, moça, vai para Curitiba fazer o que? Lá não tem blocos, a Apoteose é aqui, todo mundo querendo vir para cá e você saindo? Se ainda fosse na Bahia... mas Curitiba?
Respiro fundo:
- Pois é, eu amo ficar longe do Carnaval, não gosto de blocos, não bebo, também não sou fã de praia e acho que esse lugar é perfeito para o que eu preciso.
Ele vira de novo:
- Moça, com todo o respeito, mas o que você precisa é de uma boa dose de sol e você será outra pessoa. Nem parece que mora no Rio, branca assim.
Me dou o trabalho de responder:
- Mas eu não curto sol, gosto de sombra, de lugares mais frios, entende?
Ele balança a cabeça:
- Não, claro que não. Você é casada? Seu marido aceita isso? Nunca vi fugir do sol, do bloco, você é evangélica moça? Não bebe, não pula Carnaval...
Antes de responder que não sou evangélica ele continua.
- Logo vi, evangélica, por isso está com toda essa roupa nesse calor de 40 graus e com esse livro imenso, é a Bíblia, né?
O trânsito continua lento e respondo com minha paciência de Sidarta:
- Não, isso não é a Bíblia, isso é um livro, fala de amor, é um romance e sou católica não são somente evangélicos que não bebem.
Ele faz uma curva, e meu celular toca, ao desligar vi que ele prestou atenção na conversa. Basta eu desligar para ele continuar.
- Curitiba... vai ter baile lá? Ou você tem parente, não é? Acertei? É seu marido que tem parente?
Mais uma vez completo:
- Não tem baile, não tem parente, não sou casada. Sou fã de sombra, de cinema, de livros e de shoppings, só isso.
Inconformado e quase chegando ao meu local de destino, ele não desiste:
- Moça, nem uma fantasia? A juventude passa assim ó, quando ver está casada e com filhos vai lembrar dos meus conselhos.
Aí já foi demais, acho que aumento o tom de voz:
- Olha, eu não vou comprar fantasia alguma, quando quero fantasiar sonho com os personagens de meus livros, por isso sempre carrego livros comigo, filmes... minhas fantasias são eles. E meu namorado não gosta de nada disso também, então Curitiba será perfeito para nós dois.
O local chega, pago a corrida, e ele fala antes de eu descer:
- Olha, aqui é pertinho do Saara, você vai encontrar fantasias baratinhas, ou pelo menos um adereço, compra um para você, um para o seu namorado, deixa o livro de lado, homem não gosta de mulher que lê muito não, moça.
Agradeço, dou de costas, e ele ainda grita:
- Bom Carnaval para você.
O meu vai ter tudo que amo, e o seu?

Seleção de Parceiros 2014 - Resultado



Finalmente chegou aquele momento que todo mundo estava esperando para curtir o Carnaval sossegado: o resultado da Seleção de Parceiros Galera 2014! Pois bem, antes que vocês cheguem aos "finalmentes" conferindo a lista a seguir, gostaríamos de agradecer aos mais contidos, não só pelo interesse em ser nosso parceiro, mas também pela compreensão e paciência no aguardo do resultado. Nós tivemos um número incrível de inscritos e não foi fácil selecionar apenas esses 100, mas foi preciso. Na verdade, queremos agradecer a todos vocês. A nossa parceria é anual, então quem não entrou desta vez, pode tentar de novo ano que vem. =)

Bom, agora sim. Confiram o resultado e já podem cair na folia. Depois do Carnaval, entraremos em contato com todos os selecionados para "começar os trabalhos"! =D

Acordei com vontade de ler
Adoro Romances Aracaju
Algum Infinito
Amigo do Livro
Apaixonada por Romances
Adoro Romances Fortaleza
As Palavras Fugiram
Blog do Balaio
Blog Literature-se
Burn Book
Cabine literária
Cereja Rocks
Coração de Tinta
Cultivando a Leitura
Da Imaginação à Escrita
De Tudo um Pouquinho
Doce Sabor dos Livros
Doces Letras
Ecléticus
Então, eu  li...
Entre Palcos e Livros
Entrelinhas Casuais
Escolhas Literárias
Fundo Falso
Fun's Hunter
Gaveta Abandonada
Hey Evellyn!
Hooked for Books
I Love My Books
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Indiretas do bem
Inteiramente Diva
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Just Livros
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Lendo & Comentando
Lendo & Esmaltando
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No Limite da Leitura
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Páginas Encantadas
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Palavras ao Vento
Papo de Estante
Pocket Libro
Por Uma Boa Leitura
Procurei em Sonhos
Recanto da Mi
Romances In Pink
Saleta de Leitura
Seja Cult
Sem Querer me Intrometer
Sir James Matthew
Sobre Amores e Livros
Sobre Sagas
Sou Bibliófila
Supreme Romance
This Adorable Thing
Tô Pensando em Ler
Tudo por um Livro
Um Best-seller Para Chamar de Meu
Um Leitor a mais
Uma Janela Secreta
Vício em Livros
Vida de Leitor
Vitamina de Pimenta
Way to Happiness

27 de fev. de 2014

Design et cetera: Adaptações

Oi gente, tudo bem? Hoje vamos falar de uma situação que volta e meia acontece aqui na Galera. Às vezes, gostamos muito da capa original e não podemos comprar por algum motivo, mas como gostamos muito da arte, tentamos fazer algo inspirado nela.

É o caso de Walking Dead, por exemplo. A capa original é assim:


E agora a nossa versão, 100% nacional:


As capas realmente se parecem, e se você não olhar com atenção, pode até achar que se trata da mesma imagem. Mas a nossa versão foi feita por um talentoso ilustrador local, que conseguiu reproduzir o clima da série e fazer algo bem próximo do original. Apenas a fonte é a mesma. E ai? O que acharam?

Outro exemplo de uma capa feita inspirada na original é a do livro Diário de uma treinadora de pais. O livro é da Galera Junior e conta a história de uma menina que se especializou em treinar os adultos da família, para melhorar a convivência em casa (quem nunca?)

Eis a capa original, que acho que transmite bem o tema do livro:


E agora, a nossa linda versão:


Seguimos a mesma linha da original, mas sem parecer tão infantil. Eu inclusive prefiro a fonte da nossa versão, e vocês, o que acharam?

26 de fev. de 2014

Novidades da Mid Season 2014

O mundo das séries pode não ser igual ao da moda, mas também é, mais ou menos, divido por “estações”.

Maio/Junho é a época da Summer season, que costumam ser aquelas série mais lights, e não são lá os destaques dos canais.
Já em Setembro é a tão esperada Fall season, quando estreiam e voltam as principais séries das emissoras americanas. Sabe aquela série #sucesso? Provavelmente vai chegar/voltar nessa época. E claro, fica aquela expectativa no ar.

Minhas dicas de hoje são da Mid season ou meio de temporada; ela vai de janeiro a março e costuma trazer séries com menos  episódios (mais ou menos 13).
Tenho que admitir, essa tem sido a época que me deixa mais atenta. Além das temporadas mais curtas, o fato de janeiro ser de férias da faculdade me anima a descobrir coisas novas.
                                
Agora chega de explicações de datas e vamos ao que interessa, as séries.
True Detective


Eu tenho uma queda pelas séries da HBO e, quando olhei o pôster de True Detective e vi quem estava no elenco, não consegui acreditar: Matthew McConaughey e Woody Harrelson (Zumbiland e The Hunger Games). Se isso já não fosse o suficiente, a sinopse me pareceu bem interessante. E como estou em busca de uma série dessas “encontre o assassino” desde que Dexter acabou, me pareceu uma boa.

A história acompanha os detetives Rust (McConaughey) e Hart (Harrelson) na investigação de um crime que aconteceu em 1995. Dezessete anos depois, o caso é reaberto e os próprios detetives passam a ser investigados.

Acho que já vale a pena só pelos dois, mas se você curte séries policias precisa assistir.
About a Boy


Falei sobre a série aqui antes, mas agora assisti o piloto e posso vir confirmar: vale os 22 minutos! Baseada na obra do Nick Hornby a história, que já foi parar no cinema com Hugh Grant e Nicolas Hout, mostra a amizade entre Will, um homem solteiro com comportamento infantil, e Marcus, um garoto que é seu oposto. 

Achei a história tão bonitinha, e dá para dar umas risadas boas #ficaadica

Doll & Em


Você já imaginou ser assistente da sua melhor amiga? Minhas amigas que me perdoem, mas NÃO OBRIGADA! 

Pois essa é a história de Doll & Em. Depois do fim do relacionamento, Doll decide ir para Los Angeles para passar um tempo com a melhor amiga Emily. Em, que é atriz de cinema, decide contratar a amiga como sua assistente pessoal, mas garante que ela não vai ter muito o que fazer. Mas claro que essa história não dá muito certo.

Vocês já se imaginaram em uma situação dessas? Sendo a atriz ou a assistente, deve ser superconstrangedor ter que dar ordens (ou obedecer) à melhor amiga.

Ah, não posso deixar de comentar que a série é inglesa e tem várias participações especiais: Griffith Matthews, John Cusak e Andy Garcia.
Tem algumas outras coisas legais chegando nessa mid season, entre elas The 100, Those Who Kill, Mixology, Mind Games e por aí vai. #FicaADica e até a próxima.


Xoxo


Nanda

24 de fev. de 2014

Tons da Galera: Hollywood de volta aos embalos de sábado à noite

Pegando carona no Oscar, que acontece domingo que vem, e no filme mais hypado da temporada, Trapaça, vamos falar aqui do revival na moda de uma fase curta mas bastante distinta dos anos 1970.

Em algum lugar entre a moda hippie do final dos anos 1960 e início dos 1970, os cortes masculinos e tons marrons e terrosos à la As Panteras e That 70’s Show e os exageros sem limites dos anos 1980, surgiu uma era em que as mesmas mulheres que trabalhavam de dia, começaram a frequentar discotecas (Studio 54, de preferência) à noite e a abusar de muitos paetês, decotes e... mais decotes. Pelo menos no imaginário de Hollywood.

Trapaça, em meio às suas 10 indicações, concorre ao prêmio de melhor figurino. A caracterização dos atores, no melhor estilo disco-quase-brega desse finalzinho dos anos 1970, é impecável, assim como cabelos e maquiagens. E o figurinista Michael Wilkinson usou e abusou da fita dupla face na hora de vestir as musas Amy Adams e Jennifer Lawrence. Amy (que no longa usa mais de uma vez os wrap dresses de Diane Von Furstenberg dos quais falamos há algumas semanas), deu a dica para manter tudo no lugar (além da fita mencionada acima): Manter a coluna reta e evitar correntes de vento.

Os croquis do figurinista Michael Wilkinson para Trapaça
Na verdade, o decote em V profundo valia também para os homens, afinal Bradley Cooper usa suas camisas abertas com os pelinhos do peito à mostra em meio a correntes de ouro, tudo combinando com os cachinhos de permanente típicos da época, alcançado com bobes.

Amy Adams em dois momentos secretária-sexy, caindo na balada com os colegas de trapas e os pelinhos do peito de Bradley Cooper
Michael explica que queria mostrar como aqueles personagens se vestiam como a pessoa que aspiravam ser, e não necessariamente quem eram. Personagens fazendo personagens. Michael, que teve que usar tecidos baratos para compor o figurino, quis justamente fugir dos tons terrosos da época e introduzir tons vibrantes e metálicos que preparariam o terreno para a loucura dos anos 80. E, no caso dos personagens, para o sonhado futuro de riqueza que eles alcançariam com a tal da trapaça do título. O problema é que nem sempre fingir ser quem queremos ser cola, nem com double tape. Ou cola? Só assistindo!

Curtiu? Corra para a locadora ou Netflix e assista Cassino, Scarface e Boogie Nights

21 de fev. de 2014

Papos de Sexta: Páginas embaixo da terra


Todo dia é um milagre conseguir um lugar sentado no vagão do metrô. E todo dia eu consigo essa bênção. De repente é porque pego o trem muito cedo, ou talvez seja porque entro no fim da linha, ou seria no começo? Faz diferença por onde ou quando começa a jornada? Ou o que importa é para onde ela vai? Tudo o que sei é que consigo sempre o mesmo banco, e ele – quando embarca na Estação Afonso Pena – também.

Afonso não demora a entrar e se apoleirar no seu banco. Mochila cheia, fones nos ouvidos, mas é um livro que mantém sempre a sua atenção. Não sei se seu nome é Afonso, mas é como o chamo por causa de sua estação.

Cabelos negros cacheados, olhos castanhos e pele bem branca. Não sei o que ele está ouvindo, mas o gênero literário é sempre o mesmo: batalhas épicas, sangue, linguagem rebuscada, exemplares volumosos e bem escritos.

De trás do meu livro, roubo olhares em sua direção, olhares que não são recíprocos. Será que ele acha meu livro muito bobo e por isso acredita que também seja assim? Penso nos livros que lê e me imagino sendo a donzela em perigo e ele, o príncipe valente. Ou de repente a guerreira que luta ao seu lado, aquela cujo amor não é correspondido.

Queria perguntar tanta coisa, mas sei que odiaria que interrompessem minha leitura, então fico quieta e tento voltar a atenção para o meu livro. Mas todos os personagens na história agora têm as características de Afonso, independente do que a autora diga.


Quando eu chego, ela já está lá. Pele cor de café com leite claro, olhos quase caramelos e cachos largos e escuros que escondem os ombros. Ela está sempre no mesmo banco, no fundo do vagão, na diagonal do meu que, graças a Deus, continua vazio, me esperando. Acho que é o destino que os mantém vazios. Acho que é o destino que quer nos unir.

Ela está sempre lendo, e isso é exatamente o que me faz querer gritar e sorrir ao mesmo tempo. Uma menina assim e leitora! Como pude ser tão sortudo? Mas como posso chegar e puxar assunto se ela está sempre lendo?

Me pergunto se ela se apaixona por todos os homens ricos e fortes e perfeitos que geralmente os livros que ela lê trazem como protagonistas. Ou melhor, como os interesses românticos das protagonistas. Será que ela espera encontrar alguém assim na vida real? Nunca poderia ser assim e acho que a frustraria. E aí vou desejar que os bancos não estivessem mais vazios.

Ela sempre desce na Glória. Glória. A chamo de Glória. Não sei se mora lá ou se trabalha no bairro ou se estuda. Não sei nada sobre ela a não ser que sempre lê. Me imagino perguntando sobre seu livro e vendo sua expressão apaixonada ao contar a história, cada detalhe, cada nuance. Aí ela pergunta sobre o meu, nós descemos juntos do metrô e batemos papo bem no meio de uma estação qualquer, sem nos preocupar com tempo, com lugar.


Me imagino conversando com ele na lanchonete do lado de fora da estação.  Papo fácil de levar como só os leitores têm. Não importa se nem sabemos o nome um do outro, mas ao avistar um livro, a amizade, a afinidade é instantânea. Sobre o que falaríamos primeiro?


Falaríamos sobre tudo. Política, televisão e livros, claro. Será que surtei? Como posso imaginar conversas inteiras sem nunca ter ouvido a voz de Glória? Qual será o nome dela de verdade?

Ficar sem vê-la durante o final de semana é a única coisa que me faz detestar a sexta-feira. E adivinha que dia é hoje?


A minha estação chega mais rapidamente do que gostaria, e faço meu curto caminho até a porta. Deixo o vagão e, em um momento de coragem, volto meu olhar para onde Afonso estava sentado. E ele está olhando pra mim.

Meu coração esquece de bater por um segundo, e abrimos sorrisos largos, um olhando para o outro. O apito avisa que a porta vai fechar, e tenho uma ideia louca. Corro para a porta e vejo Afonso fazer o mesmo. Em segundos, trocamos nossos livros e ele diz apenas uma coisa:


- Me conta o que achou na segunda - falo rapidamente, e aperto seu livro contra o meu peito, indicando que farei o mesmo. E a porta fecha. Metal, vidro e borracha nos separam. Mas serão dois dias de leitura para nós. Dois dias separados para, na segunda, estarmos mais juntos do que nunca.

- Até segunda, Glória – sussurro ao perdê-la de vista enquanto o trem pega velocidade.


- Te vejo na segunda, Afonso – respondo em um suspiro, olhos fixos para o túnel escuro à minha frente. Túnel que levou Afonso e que vai trazê-lo pra mim de volta na segunda-feira.

Subo a escada da estação apertando o livro contra o peito. Noto o marcador no final do livro e lembro que o meu também não havia sido terminado. E não sinto frustração por ficar dois dias sem saber o que acontece na história. Será apenas mais um assunto para falarmos na segunda-feira e, quem sabe, na terça, e na quarta e ....

Subo as escadas. O dia – a história - está apenas começando. 


20 de fev. de 2014

Galera entre letras: Do Papel para a Tela... e de Volta ao Papel

Quem nunca ouviu a frase “Os anos 80 é que deixaram saudade.”? Ok, eu sei que parece coisa de quarentões nostálgicos, mas eu juro que TODO mundo tem BONS motivos pra gostar dessa época!

Uma das coisas mais legais da década de 80 são os desenhos e as séries (de Thundercats a Transformers, passando por Alf, o ETeimoso), e hoje eu vou falar de um dos desenhos mais legais da época: Caverna do Dragão.

Pra quem não conhece ou não lembra, o desenho contava a história de seis crianças que se perdiam de casa depois de andar na montanha-russa de um parque de diversões, e a missão delas era justamente tentar voltar pra casa.

Mas não era só isso, óbvio. O nome original da série, Dungeons & Dragons, é o mesmo de um jogo de RPG ambientado na Idade Média, que completou 40 anos em 2014! E há várias referências ao jogo no desenho, incluindo as habilidades de cada personagem: temos de tudo ali, de cavaleiros e bárbaros a ladrões e mágicos.


Como jogos de RPG ainda não eram tão conhecidos por aqui quando o desenho foi lançado (e também pelo fato de o público televisivo ser bem mais amplo que os participantes desses jogos), um dos aspectos mais curiosos da animação foi a adaptação dos termos do jogo para o nosso idioma. Se o título original era algo como “Masmorras & Dragões”, como os nossos seis heróis entraram num brinquedo que se parecia com uma caverna, o título da animação aqui no Brasil acabou ficando mesmo Caverna do Dragão


E um dos personagens mais interessantes, o “Dungeon Master” (o “Mestre” dos jogos de RPG), passou a se chamar “Mestre dos Magos” (embora ele não tivesse um séquito de magos para liderar, o nome acabou “pegando” e, junto com a voz de Ionei Silva, que dublou o personagem, foi um dos responsáveis pelo fato de ele conquistar o público). Aqui vocês podem conferir a voz sensacional do “Mestre dos Magos”: http://www.youtube.com/watch?v=a3JQTGpgTcI


Além da referência ao jogo de RPG, das vozes que dublaram os personagens e da própria temática da jornada do herói (lembram que este foi o tema da coluna passada?), o que também tornou “Caverna do Dragão” uma série MUITO cultuada aqui no Brasil foi o fato de que ela nunca teve um final. 

Imaginem a frustração de quem acompanhou as três temporadas (aqui no Brasil, as duas primeiras foram veiculadas na década de 80, e a terceira e última foi ao ar quase dez anos depois) e nunca soube se as crianças realmente voltaram pra casa ou quem era o Vingador, o arqui-inimigo dos seis garotos. E o mais estranho é que o roteiro para o último episódio já tinha sido escrito e tinha até um título: “Réquiem”. 

Para tentar diminuir a frustração dos fãs (sobretudo, os brasileiros), o ilustrador Reinaldo Rocha quadrinizou o roteiro em 2011, e o resultado ficou bem legal (e, ufa!, nós finalmente descobrimos quem era o Vingador!).

No link, vocês podem conferir a história em quadrinhos: http://complexogeek.com/2013/08/20/o-verdadeiro-final-de-a-caverna-do-dragao-em-quadrinhos/

E foi assim que Caverna do Dragão, que nasceu de um jogo de RPG, foi ao ar como um seriado televisivo e teve seu final transformado em história em quadrinhos, acabou virando uma fantástica ideia multimídia, numa época em que essa palavra nem tinha sido inventada ainda (rs)! E qualquer semelhança com os jogos e séries que viram livros, e os livros que viram filmes ou seriados NÃO é MERA coincidência!

Minibio:

Ana Resende trabalha como preparadora de originais e tradutora, e é colaboradora da Galera Record, entre outras editoras. Workaholic assumida, sua leitura favorita ainda são os contos de fadas, mas ela não abre mão de ler gibis.


Facebook: hoelterlein

19 de fev. de 2014

Galera Pop: Robocop

José Padilha já entrou em campo com o jogo perdido. Dá até para ouvir mentalmente o capitão Nascimento, com sua famosa voz em off: “é barra, parceiro.” José Padilha foi mexer logo em RoboCop, o pequeno clássico de 1987, dirigido por Paul Verhoeven. Não que a pequena obra-prima cyberpunk de Verhoeven já não tivesse sofrido todo tipo de violação – sequências, telefilmes e desenhos animados que, de tão ruins, só enterraram o personagem cada vez mais fundo na lama. Porém, o longa-metragem original sempre esteve lá, intocado, até Hollywood resolver cometer mais uma de suas refilmagens, “reimaginações” ou algo do gênero – e justo pelas mãos do nosso José Padilha. Justiça seja feita, que bom que Padilha não fez o mesmo filme que Verhoeven. E que pena que Padilha não fez o mesmo filme que Verhoeven.

Antes de mais nada, vale dizer que RoboCop de José Padilha é cheio de boas ideias para se distanciar de um mero pastiche do original. O filme de Verhoeven é personalíssimo, único e tão oitentista que é datado – datado daquela forma simpática e inovadora que só os grandes filmes dos 1980s conseguem ser. Para fugir dessa armadilha, a nova versão se vale da polêmica do uso de drones pelas forças armadas americanas e entra num viés que o original não trilhou: o dilema da manipulação mental do protagonista, da dicotomia homem X máquina dentro do ciborgue. Esse traço frankensteineano não foi abordado pelo RoboCop de Verhoeven e é uma boa sacada da trama, especialmente por contar com Gary Oldman como o gênio responsável pela criação do ciborgue.

A história é basicamente a mesma: o policial honesto Alex Murphy (Joel Kinnaman) é abatido por criminosos, e seu corpo é usado pela corporação Omnicorp (liderada por Michael Keaton) para se transformar em seu novo produto, o policial robótico RoboCop. Em dado momento, o ciborgue rompe com sua programação e, intrigado com o passado e com o próprio crime de que foi vítima, vai contra a gangue que o atacou e termina por descobrir que a corporação que o criou também não é lá flor que se cheire.


Fiel a seus princípios, José Padilha faz aqui uma sequência velada à duologia Tropa de Elite. Seus temas preferidos estão lá, como a corrupção policial e as conexões escusas do crime com a lei, com os políticos, a mídia e empresas. Tire a grife do personagem e o viés futurista, e temos basicamente meio Tropa de Elite; a outra metade é um conto moderno de Frankenstein. Palmas para o diretor por levar a história por outros caminhos. Porém, José Padilha é essencialmente um documentarista e, como tal, sabe retratar muito bem os temas de hoje. Assim, o novo RocoCop é uma ficção científica que já nasce velha, o que é um pecado. Enquanto isso, Paul Verhoeven é um visionário. Em 1987, falava de um empreendimento de sanitização e gentrificação de Detroit para transformá-la na fictícia Delta City. É só olharmos o Porto Maravilha, o engodo tramado pelo prefeito do Rio em conluio com grandes empreiteiros e outras máfias, para vermos ali a nossa (trágica) Delta City. O RocoCop original é ao mesmo tempo assustadoramente futurista e atual.

O que incomoda no novo RoboCop é que, apesar dos novos rumos da trama, o filme segue a cartilha de um filme de ação genérico e vai perdendo a força assim que a novidade se esgota. Não há uma sequência memorável, um vilão inesquecível, nem nada de impactante. A violência é de videogame para adolescentes: brutal, sim, mas acelerada demais e limpinha. Em determinado ponto, o filme se torna intercambiável com qualquer outra produção recente do gênero. Perde identidade e perde presença. A opção por expor demais o rosto de Alex Murphy deixa claro que Joel Kinnaman não sustenta o personagem (a opção original era Michael Fassbender, um ator em outro nível bem acima), e o design do capacete que revela a face é bem duvidoso: ele parece que está com a cara num buraco da parede, prestes a fazer uma careta divertida. Se a intenção era fazer um paralelo com Frankenstein, o design original do rosto que se fundia a conexões cibernéticas era bem mais eficiente. Do meio para o fim, o RoboCop de José Padilha trilha o caminho daqueles antigos telefilmes dos anos 1990 sobre o personagem. Tira essa armadura que tu não é RoboCop, tu é um moleque.

O trailer e outras informações estão no site oficial.

14 de fev. de 2014

Papos de Sexta: Minha vida em livros

Olá, pessoal!

Meu nome é Melina Souza e agora faço parte da equipe de colunistas do blog da Galera. Para me apresentar melhor para vocês, resolvi gravar uma tag literária chamada "Sua vida literária". Espero que gostem :)



Bom, essa foi a minha primeira participação por aqui e já estou animada para aparecer de novo. Aliás, sobre o que vocês gostariam que eu falasse? Sugestões são bem-vindas!

Obrigada pela atenção e até o próximo post!

xoxo

13 de fev. de 2014

Design et cetera: De cara nova

Oi gente, tudo bem?

Há um tempo eu falei aqui sobre capas tipográficas e como elas conseguem passar a ideia do livro de forma elegante e minimalista, apenas pela escolha da fonte.  Eu particularmente AMO capas tipográficas, mas tem vezes em que a história pede uma ilustração. Especialmente se o título não especifica muito o enredo.

E como ninguém é perfeito, nem sempre a gente percebe isso de cara. Foi o que aconteceu com o livro Will & Will, escrito pela dupla David Levithan e John Green. O livro é espetacular e um dos favoritos aqui na editoria, e é dele que vou falar hoje.

Lançado no segundo semestre de 2013, Will & Will foi o primeiro livro com personagens gays a figurar entre os mais vendidos na lista juvenil do NYT. Temos muuuuito orgulho desse livro, e recebemos muitos e-mails de vocês leitores pedindo que mudássemos a capa. E sempre que podemos ficamos felizes em atendê-los!

 Por isso, digam olá para a NOVA capa de Will & Will.



 O que acharam?

Galera Pop: CAÇADORES DE OBRAS-PRIMAS

Caçadores de Obras-Primas mostra um capítulo da Segunda Guerra Mundial que, até então, era apenas uma nota de rodapé: a história de um comando formado por especialistas em artes cuja missão era recuperar grandes obras roubadas pelos nazistas. Hitler tinha um plano de montar um grande museu com tudo que suas tropas pilhassem; porém, caso fosse derrotado, deixou ordens para que esse tesouro artístico da humanidade fosse destruído. Em uma corrida contra o tempo, com a Alemanha nazista prestes a cair e cedendo terreno (Paris já havia sido recuperada), esses “caçadores de obras-primas” tiveram que evitar que as bombas alemãs (e até mesmo as aliadas) destruíssem todo esse acervo – e também impedir que os russos ficassem com ele.

A sinopse acima indica uma grande aventura épica na linha de frente da Segunda Guerra, e o elenco (Matt Damon, Bill Murray, John Goodman, Cate Blanchett, Jean Dujardin) e mais George Clooney atuando, dirigindo e roteirizando apontam para um clima de Onze Homens e um Segredo nas trincheiras; porém, alguma coisa se perdeu no meio do caminho. Clooney titubeia no tom da narrativa; tem momentos de galhofa, outros melodramáticos, porém o que mais incomoda é a superficialidade: Caçadores de Obras-Primas nunca decola como deveria. As missões e descobertas são feitas ao acaso. Todos os personagens são apresentados com características e especialidades diferentes; porém, quando entram no pelotão, eles se tornam genéricos, e nenhum contribui efetivamente com sua área de especialização. A princípio charmosos e interessantes, os personagens não brilham.

É inegável que George Clooney se apaixonou pelo tema (baseado em livro homônimo); o longa-metragem passa esse ardor e também o saudosismo por uma época mais romântica de filmes de Segunda Guerra, aqueles que o público de mais de 40 anos cresceu assistindo, como Os Canhões de Navarone e A Grande Escapada. É um choque para as plateias atuais, que beberam o sangue e sentiram o calor do combate de O Resgate do Soldado Ryan e Band of Brothers. Porém, o roteiro ficou devendo. A ameaça russa nunca se concretiza de fato. A interessante personagem de Cate Blanchett fica resumida a uma ingrata cena de sedução frustrada sobre Matt Damon. Pequenas coisas assim vão maculando a obra de arte que Caçadores de Obras-Primas quase chegou a ser. Ainda é um fascinante relato de um fato obscuro, mas ficou aquém das expectativas.

O trailer e outras informações estão no site oficial.

12 de fev. de 2014

Orphan Black


Grande parte das minhas reclamações aqui, no meu blog, no facebook e no twitter estão relacionadas a falta de tempo para ver todas séries que eu quero. É superfrustrante ver tanta coisa nova estreando e não conseguir acompanhar nem a metade. Infelizmente não trabalho como “crítica de séries”, confesso, esse seria o meu trabalho dos sonhos. O jeito é ir vendo aos poucos mesmo e ficando para trás com as novidade.
Mas tudo bem, um dia você chega naquela série MARAVILHOSA que tanto ouviu falar por meses! Então domingo passado foi dia de: ORPHAN BLACK!

O episódios são tão envolventes que eu assisti quase tudo no mesmo dia.
Sarah Manning é uma mulher cheia de problemas, que depois de meses longe da filhinha decide resolver sua vida e ir atrás da menina (Kira). Os problemas começam logo no caminho, ela presencia uma mulher idêntica a ela se jogando na frente de um trem.  Em uma jogada não muito experta, ela roupa a bolsa da “sósia” e decide ir ao apartamento dela ver o que consegue.

Em pouco tempo as coisas dão errado e Sarah se vê vivendo a vida de Beth

Gente, acontece TANTA coisa só no primeiro episódio que você às vezes precisa parar para digerir os babados.  Logo aparecem Cosima, Allison, Helena... e a gente descobre que Sarah e Beth não são apenas sósias. Não vou contar mais porque não quero estragar a surpresa. Assistam, em dois episódios vocês vão saber... (Ah, para quem quiser já está passando no Netflix.)

Gostei demais de Orphan Black e já estou super-aflita para a nova temporada começar. Ainda bem só conseguir ver agora, imagina ter que esperar desde o começo de 2013?? 


A Tatiana Maslany que interpreta a Sarah e as outras está espetacular! Ela consegue dar vida para cada uma dos personagens de formas tão diferentes, às vezes você até esquece que é a mesma atriz. É de deixar qualquer um de boca aberta. Muitos atores iriam adorar ter um papel desses, mas duvido que muitos desses conseguiriam lidar com ele. 

Fica a dica: apesar do sotaque inglês da Sarah e do irmão dela, Felix, a série se passa no Canadá. Achei melhor comentar, porque eu fico muito nervosa quando começo a ver uma série/filme sem saber onde fica aquilo. Nesse caso, minha dúvida surgiu porque pelo menos no início você só vê os dois conversando com sotaque britânico, mas os lugares não são NADA ingleses. Tudo moderno demais, das casas aos prédios. Várias coisas passaram na minha cabeça viajante, aquilo é uma cidade inglesa ultramoderna que eu nunca ouvi falar? Aquilo é na Nova Zelândia ou na Austrália e eu já não sei mais detectar sotaques? Hahahahaha *aquelas*

Pois bem, é no Canadá mesmo. Depois a gente descobre como eles foram parar lá.


Orphan Black teve apenas 10 episódios até agora, isso significa que dá para assistir tudo bem rápido. E vale cada minutinho hein? É de assistir e querer mais na hora.

xoxo

Nanda

10 de fev. de 2014

Tons da Galera: Foi dada a largada!

E eis que New York, sempre ela, inaugura as semanas de moda pelo mundo. Os desfiles de outono/inverno 2014 (nosso inverno 2015) ainda não se encerraram, mas o burburinho já está rolando desde quinta-feira passada. Nas ruas, o frio arrasador não impediu fashionistas de usar saias (com botas acima dos joelhos), tops cropped (que agora exibem também umbigos!), além de peles (em pleno 2014? Reallly???) e tricôs.

Nas passarelas, o que se viu foi bem mais low-profile: saias midi na BCBG Max Azria, casacões estruturados em cores pasteis, assimetrias e geometrias de Nicholas K, e tons de marrom, preto, cinza, bordeaux, branco, verde e lilás, sem grandes ousadias, num estilo clean e arrojado, com texturas como xadrez, listras e couro. O revival dos anos 1990 continua com veludo preto, mais chique e menos grunge, obrigada, e nos velhos arcos de cabeça com dentinhos, quem lembra deles?

Texteuras e preto em Jill Stuart, arcos de dentinhos em Helmut Lang, textura em Marisa Webb, ex-J. Crew

Na mesma linha discreta e no-nonsense, Rachel Zoe cancelou seu desfile para passar mais tempo com o recém-nascido Kaius Jagger, e até Victoria Beckham trocou seus onipresentes e vertiginosos saltos por flats! E não foi só no vestuário que as coisas parecem ter ficado mais sérias.

Cansados de gastar pelo menos 200 mil dólares num desfile para o destaque ir para blogueiras e subcelebridades desesperadas pela fama do lado de fora das tendas, além dos aproveitadores de plantão em busca de festas para beber e comer de graça, os estilistas inovaram. Para despistar as mesmas fashionistas que saem por aí com barriga de fora num frio de menos 13 graus em busca de seus minutos de fama em blogs de streetstyle (que ninguém nem tem mais paciência de ler), eles abandonaram o Lincoln Center. Gente como Alexander Wang, DVF, Donna Karan e Cynthia Rowley adiantou, atrasou e deslocou seus shows para norte ou sul da cidade, e até para o Brooklyn!

O grande Oscar de la Renta, cansado dos megashows “cheios de 20 milhões de pessoas com conexão zero com a moda”, disse tudo. O circo acabou. Ou quase.
Como não podia deixar de ser, teve protesto, sim senhor, e dessa vez um homem de fio dental e coroa na cabeça invadiu a passarela do desfile de Prabal Gurung (elogiadíssimo, aliás, pelo uso de laranjas e vermelhos), ninguém sabe ainda por quê. E ninguém também ligou muito, porque isso afinal, é Nova York.

Bafão no desfile de Prabal Gurung

Próximas paradas: Londres, Paris, Milão, São Paulo e Rio.

7 de fev. de 2014

Papos de sexta: Férias de verão

O mais bacana do verão são as férias. Tenho saudade da época em que bastava eu passar de ano para me ver livre das obrigações - e então passar a manhã na praia, a tarde na piscina e a noite na rede da varanda, sempre acompanhada de um livro.

A nostalgia era tanta que tirei uns dias no início do ano, precisamente os dez dias que meu notebook passou na autorizada. Eu, que estava achando difícil seguir a recomendação médica e limitar o uso do computador em quatro horas diárias, acabei ficando sem ele por quase duas semanas (razão da minha ausência do blog no mês de janeiro). Doce ironia. Pelo menos não tenho restrição quanto ao uso de e-reader, muito menos quanto ao livro de papel :)

Essas férias foram perfeitas para colocar a leitura em dia. Eu terminei 2013 na companhia de Os Garotos Corvos, da Maggie Stiefvater, e a continuação, ainda inédita em português, foi uma das primeiras leituras do ano. Uma narrativa mágica com pitadas de romance, suspense e lendas galesas. Já quero reler os dois livros, tamanha saudade desse bando.


E por falar em galeses… O que foi Princesa Mecânica? Cassandra Clare acabou comigo, mas novamente não desapontou. Eu não sabia se torcia pelo Will, pelo Jem, ou se torcia para a Tessa escolher os dois! Não imagino uma conclusão melhor para a trilogia Peças Infernais, que junto de Os Instrumentos Mortais são minhas séries favoritas. Amor a todo vapor <3

Literatura juvenil combina bem com essa época do ano, e eu tenho um carinho especial pela Trilogia do Reino, de Jennifer A. Nielsen. Eu reli O Rei Fugitivo, continuação de O Falso Príncipe, porque mal podia esperar para reencontrar esse moleque, um dos protagonistas mais sarcásticos que conheço! E porque adoro aventura medieval :)


Outra leitura de verão foi Bandeira Negra, de Oliver Bowden. Eu sou fã da franquia Assassin’s Creed, mas meu videogame também entrou de férias e parou de funcionar, então me joguei no último livro. A ação acontece tanto em terra quanto no mar das Caraíbas e o protagonista é um pirata - eu sempre tive uma queda pelo Ezio Auditore da Firenze, mas Edward Kenway está brigando pelo posto de personagem favorito, só digo isso.

Agora meu notebook está de volta e estou dedicando mais tempo ao trabalho, e lendo mais manuscritos para a editora. Mas continuo optando por livros leves e divertidos nos momentos de lazer. De férias ou não, vou deixar essa euforia da estação contagiar minhas leituras por mais alguns meses :)


E vocês, o que estão lendo nesse verão?