30 de jun. de 2014

Tons da Galera: #GIRLBOSS

Que a loja online Nasty Gal virou queridinha de dez entre dez meninas que curtem aquele visual Coachella de ser, não é surpresa. Tampouco suas produções com modelos cheias de atitude, divando em shorts curtíssimos e camisetas rasgadas, amplamente copiadas por aí. O que surpreendeu o fechadíssimo e esnobe mundinho fashion foi que Sophia Amoruso, bad girl de coração, do tipo de pegar carona na estrada, remexer lixeiras em busca de achados vintage, e de abandonar a faculdade comunitária, ou simplesmente a fundadora do agora império, vendeu mais de cem milhões de dólares em roupas e acessórios em oito anos. Some a isso um escritório gigantesco em Los Angeles, 350 funcionários, e mais de um milhão de fãs no Facebook e Instagram.

Sophia abriu uma lojinha no eBay em 2006 com as peças que garimpava, e seu talento como stylist, montando produções inovadoras e inesperadas, sempre com um pé no censurável, fez a diferença. Sophia alimentava o site, escolhia, maquiava e fotografava as modelos, tratava as fotos, e enviava por correio as mercadorias vendidas, tudo sozinha, quando, é claro, não estava acordando de madrugada para fisgar as melhores peças em vendas de garagem, mercados das pulgas e leilões. Para explicar, ou capitalizar ainda mais com, esse fenômeno, Amoruso lançou agora o livro #GIRLBOSS, um bem-humorado “manual” para novas e mais modernas mulheres de negócios ou aspirantes a.


Cheio de conselhos muito francos e observações ácidas sobre como sobreviver no varejo online, além de histórias de bastidores da meteórica ascensão da Nasty Gal, #GIRLBOSS prova que ter sucesso não necessariamente tem a ver com qual faculdade você fez (se fez) ou com o quão popular você era na escola, e sim com confiar em seus instintos, seguir sua intuição, e em cumprir e quebrar as regras certas. Mais do que profundo (o que não é), no entanto, o livro é um colírio para os olhos em imagens bem editadas e declarações espertamente ilustradas. Assim como a própria Nasty Gal, a marca.

Shorts curtíssimos, frases engraçadinhas, cabelo despenteado: a clássica Nasty Gal.

27 de jun. de 2014

Papos de sexta: Saudações e adeus

Arte de Cliff Nielsen

Querida Cassie,

Sete anos atrás, você nos revelou o mundo dos Caçadores de Sombras, humanos dotados de habilidades especiais devido ao sangue angelical que corre em suas veias.

Você nos fez crer que estaríamos perdidos se não fossem os Nephilim, que os seres do Submundo nunca teriam chegado a um acordo e que nosso mundo seria destruído por um exército de demônios.

Você nos apresentou personagens formidáveis e, por sete anos, nós sentimos as mesmas dores e alegrias que eles. Você nos fez suspirar por Magnus e Alec, e desejar que esse amor fosse eterno. E Simon, nosso querido Simon, como nós torcemos para que tivesse um final feliz.

Foi sua culpa termos nos apaixonados por Jace, e ele por Clary, e ela por ele, e então não sabíamos se torcíamos para que os dois ficassem juntos ou se morríamos de ciúmes por saber que o coração dele nunca seria nosso.

Você nos fez desejar amores proibidos e beijos com gosto de maçã, amassos em um beco escuro ou no escurinho de uma boate, tocar apenas os dedos da mão da pessoa amada ou sentir o corpo do outro aquecer o seu. Mas você também criou vilões que aprendemos a respeitar com o passar dos anos.

Você nos ensinou que o perigo pode estar dentro de nossas casas e que laços de sangue podem derramar mais sangue, causando a morte e a destruição.

Você nos fez querer vestir preto todos os dias, exceto quando perdemos uma pessoa querida. E, pelo Anjo, nós perdemos personagens queridos nesses sete anos, e você nos fez chorar quando se foram.

Você nos ensinou que amar é destruir e que ser amado é ser destruído. Sete anos e seis livros depois, nossos corações estão em pedaços.

Você nos disse que todo encontro leva a uma partida e que toda despedida é também uma saudação. A cada sete anos, um ciclo da vida chega ao fim e tem início uma nova jornada.

O ciclo de Os Instrumentos Mortais está concluído.

Ave atque vale, Cassie.

Saudações e adeus.

26 de jun. de 2014

Design et cetera: Bolsas de livro

Bolsas de Livro

Genteeeeeeeeeee. Para tudo, lacramos a internet por hoje. Estava aqui pesquisando tendências que unem design + literatura, quando me deparo com isso:


Trata-se da maior invenção de todos os tempos! Uma bolsa-livro. A Kate Spade lançou essa moda esse ano, com os seguintes volumes: Grandes expectativas, O grande Gatsby e A importância de ser perfeito. 


Além desses lindos modelos da Kate Spade, que infelizmente ainda não estão à venda no Brasil, outros designers já se inspiraram nessa tendência, como a Natalie Portman, que levou sua bolsa Lolita para um evento de tapete vermelho <3 nbsp="" p="">

E a variedade é infinita:


Uma forma maravilhosa de ostentar seu amor por livros e moda ao mesmo tempo (finalmente!)

E vocês? Quais livros da Galera gostariam de ver em uma bolsa?

20 de jun. de 2014

Papos de sexta: Torcendo para o inimigo

Copa do Mundo é uma coisa esquisita. Não acompanho futebol, nem vibrei quando o Brasil foi escolhido para sediar esta Copa. Muito menos lutei pelos ingressos dos jogos como muitos fizeram. Mas... de repente, aqui estou eu, acompanhando os jogos que posso, sofrendo quando o Brasil não marca gol e vibrando como se tivesse ganhado na loteria quando o time marca.

Não foi a primeira Copa na qual comecei desanimada, e não será a última. Mas aí vem aquela onde contagiante de pessoas de verde e amarelo; do prédio todo cantando o hino nacional. E quando você vê, lá está você, largando o livro que jurou terminar nos dias que saiu mais cedo do trabalho por causa dos jogos no Maracanã, vendo jogos do seu país. E também de times com os quais você não tem qualquer vínculo, mas, sabe-se lá porque, também torce (desde que não estejam jogando contra o Brasil, para deixar bem claro!).

Isso me faz lembrar da Copa de 90 (sim, a de 90! Eu tinha 10 anos!). Vi a Copa toda na casa de meu avô. Ele, como sempre, comprava tudo para mim: camisetas, bandeiras, cornetas, pulseiras, bonecos com a roupa da seleção... e nem era brasileiro. Mas como ele amava a Copa do Mundo!

Naquele ano tive minha primeira paixão, e não achem vocês que foi por um garotinho da escola! Me apaixonei por Claudio Paul Caniggia, jogador do time que o Brasil inteiro mais odiava: Argentina. Os cabelos louros, a pinta de astro do rock... Nossa, eu achava ele lindo! Meu avô estranhou quando pedi um pôster dele que vendia em uma banca de revistas importadas próxima a casa dele, mas acabou me dando.

Comprava jornal argentino também. Minha sorte é que por morar em Copacabana sempre tinha muitas publicações para os turistas; então comprava revistas, e tudo mais em que ele aparecesse. Gastava tudo que ganhava de mesada e meus pais estranharam quando em vez de gibis eu pedia revistas de futebol.

Foi então, no sofá da casa de meu avô, com a família toda reunida para ver o jogo do Brasil contra a Argentina, que aconteceu o que eu não queria: o Caniggia fez o gol que eliminou o Brasil. Virou quase um crime eu ter pôsteres dele no quarto, e até uma réplica da camisa que ele usava. Fiquei quieta, mas por dentro vibrei com a felicidade dele. Enquanto todos estavam tristes, eu sorria.

Com o tempo minha paixonite minguou, mas todas as vezes em que visitei a Argentina comprei algo dele, nem que fosse caneca com seu nome ou um postal com a foto.

Em 2012 eu soube que ele estava hospedado perto de onde moro. Desci como quem não queria nada e pensei: "Preciso ver o ídolo da minha infância de perto". Dito e feito. Esperei uns dez minutos na porta do hotel, e ele apareceu. Autografou um pôster meu e tirou muitas fotos comigo, sendo muito simpático. O sonho foi realizado um pouco tarde, mas o sorriso da menina de dez anos era o mesmo.

Enfim, essa coluna foi atípica, para comemorar a Copa, provar que a gente não escolhe de qual jogador gosta e que sempre temos uma história saudosista para contar dos campeonatos anteriores!

Esse ano nada de paixão por jogador. Apesar de apreciar o futebol argentino, meu foco é o Neymar, ou melhor, os gols que espero que ele faça para sorrir de orelha a orelha com mais um título. Boa Copa para todo mundo! ;)

19 de jun. de 2014

Galera entre letras: Das rotativas às prateleiras

Na última coluna dessa série sobre “como nascem os livros?”, vou falar um pouco sobre o que acontece com o manuscrito após ser adquirido por uma editora. Se vocês acham que acabou a fase de revisões e mexidas, na-na-ni-na-não!

Depois de assinar o contrato, o autor envia o manuscrito à editora. A partir de agora, ele ficará sob a responsabilidade do editor de produção (ou equivalente, pois isso varia de editora para editora). O importante é saber que alguém vai acompanhar o manuscrito durante sua transformação em livro propriamente dito, e este é quem entrará em contato pra tirar dúvidas, enviar as provas, mostrar as capas etc.

Pra vocês terem uma ideia, em média, quatro pessoas diferentes lerão o texto durante essa etapa. Além do editor de produção, é provável que copidesques e revisores leiam o manuscrito para que não passe nenhum errinho ou esquecimento. E qualquer mexida ou sugestão para melhorar o texto será mostrada ao autor.

Por incrível que pareça, mesmo depois da preparação do original e da leitura crítica (etapas sobre as quais eu falei nas outras colunas), pode haver errinhos de ortografia ou mesmo alguma passagem obscura no texto a ser melhorada.

E o editor pode ter sugestões quanto a personagens ou detalhes do “plot”. Essas mudanças são normais, e o importante é o autor estar à vontade com seu editor para conversar sobre elas. Por mais que o autor tenha se apegado ao texto, o editor tem um olhar mais comercial sobre o livro. Afinal, todos os envolvidos nesse processo de publicação querem que o livro chegue bem bonito e preparado nas livrarias! E se ele entrar nas listas de mais vendidos, vai ser só festa!!! \o/

Enquanto o texto está sendo produzido (e transformado no que se chama de “prova”, isto é, o material impresso já com a diagramação de um livro tal como a gente conhece), o editor também está entrando com contato com capistas ou designers e enviando a eles o que se chama no jargão das editoras de “briefing”, um resumo do livro para que o capista possa criar uma capa que complemente a sua história. Quem acompanha a coluna Design et cetera sabe quanta história as capas têm pra contar e como elas são importantes, não é?

E podem confessar: vocês já compraram livros pela capa?! Eu já! E não me envergonho nem um pouco disso (rs)!

O autor costuma participar da escolha da capa e, às vezes, ele até dá algumas sugestões para o designer responsável pela criação. Quanto mais informações o capista tiver, mais fácil será.

Depois de escolhida a capa e com a “boneca” montada, isto é, com os cadernos que formam o livro mais a capa, já com os textos das orelhas e da contracapa, o editor vai dar o “ok” para a impressão do livro (não sem passar os olhos uma última vez no material para ter certeza de que está tudo certinho, como foi planejado!). E aí sim o livro será impresso!

Acho que um dos momentos mais emocionantes na vida de um autor é pegar, pela primeira vez, seu livro impresso. Vale até derramar uma lagriminha de emoção, viu?

Espero que tenham gostado dos textos sobre a produção de um livro. Como vocês podem ver, o processo todo é muito cheio de detalhes e o número de pessoas envolvidas é bem grande. Quem já teve sorte de ser publicado deve ter curtido essas etapas e quem ainda não publicou o manuscrito não deve desistir. Afinal, todo mundo tem uma história legal pra contar...

Boas leituras e até!


16 de jun. de 2014

Tons da Galera: Show de bola

Não adianta negar, só se fala em Copa do Mundo. E no mundo da moda não podia ser diferente.

A indústria já andava namorando o esporte há um tempo, com as bolsas bola de futebol da Osklen sobre as quais falamos aqui, e com o revival do tênis esportivo pela Chanel e pelos normcores.

Agora, pegando carona no mundial, Steven Meisel fotografou para a edição de junho da Vogue americana quatro das maiores supermodelos nacionais, Alessandra Ambrosio, Adriana Lima, Isabelli Fontana e Raquel Zimmermann, numa entrevista e photoshoot que rendeu até esse vídeo das beldades explicando o que é ser brasileiro numa época como essa.


A revista i-D, por sua vez, fez uma parceria com a agência de modelos The Society Management, e criou um time de futebol fantasia de modelos do mundo todo. O clipe, dirigido por Matt Jones, tem as belas representando seus respectivos países em modelitos Adidas, Nike, T by Alexander Wang, etc.


Mas por mais que supermodelos possam até gostar também de futebol, nessa época o foco é nos jogadores, certo? Não é novidade que o futebol e seus ídolos têm antiga ligação com a moda, já que tantos dos astros desse esporte são garotos propaganda e até ícones fashion. E em meio a suspiros e posts e mais posts na internet elegendo os mais gatos do torneio, o destaque tem sido os uniformes, leia-se camisas, coladinhos. Não, não é pra mostrar melhor os tanquinhos sarados e sim dificultar que o adversário segure o jogador pela camisa. É a moda dando uma força aos atletas, e a gente agradece a ajudinha.

13 de jun. de 2014

Papos de sexta: Três anos e 38 textos

Parece que foi ontem, mas há exatos três anos e dez dias, era publicado aqui, no Blog da Galera Record, minha primeira coluna. Lembro como se fosse hoje! O tema escolhido foi a minha “teoria dos dois gatinhos”, porque muitos livros Jovem Adulto contam com dois gatinhos lutando pelo amor da protagonista. Nossa .... já são três anos de “papos”, cerca de 38 textos escritos e publicados aqui.

Esse post é uma comemoração, mas assim como a maioria dos meus textos, também é uma reflexão. Fui pesquisar os textos que mais me marcaram para relembrar aqui e o que vi foi uma verdadeira terapia no desenrolar das palavras. Alguns textos são fofinhos, outros são críticos, mas vários foram escritos porque eu não aguentei e transbordei. Quando algo me incomoda ou me fascina, não calo, explodo, compartilho, exponho. Estranho, né? Ou não ... vai saber.

Também entrei em um momento “escritora” e me empolguei! Ah, posso me permitir um pouquinho também, né? Escrevi uma carta de um livro ao seu leitor, um agradecimento a todos os autores, e até uma lista de 10 coisas que odeio (ou não). Até criei personagens que trocam olhares, impressões e livros embaixo da terra.

Dizem que quem lê livros, vive várias vidas. Eu sou leitora e concordo com isso. Mas viver várias vidas implica também em sentir inúmeras perdas, e até uma espécie de réquiem aos personagens perdidos e aos livros lidos rápido demais, eu escrevi.

 Para alegrar a leitura, vivi um dilema: não escuto música enquanto leio, mas várias músicas me lembram personagens e histórias que li. Formei uma trilha sonora literária não para acompanhar a leitura, mas para acompanhar a reflexão depois que a última página é virada.

Falei sobre como não mais odeio Cassandra Clare, o que é ótimo, já que ela vem aí esse ano! Falei como o plágio deveria ser considerado um crime hediondo, divaguei sobre um conto de fadas e senti saudades de um professor que me fez entender a importância de se viver em voz alta. E, por coincidência ou não, a coluna mais recente antes desta que você está lendo agora, abordava o desafio que é uma página em branco.

Preencher essa página foi um desafio, assim como todas as anteriores e como voltará a acontecer com todas as futuras. Cada dia é uma página em branco, cada coluna é um desabafo.

E então se passaram três anos e 38 textos .... parabéns para todos nós! E que venham 38 mais. Boa sexta-feira 13!

12 de jun. de 2014

Design, et cetera: Casamento literário!

Aproveitando que hoje é um dia meio misto, um pouco Copa do Mundo e um pouco Dia dos Namorados, e já que #vaiterpost na coluna Design Etc, resolvi que nada melhor do que fazer um post misto, não é mesmo?

A ideia era escrever sobre futebol e Dia dos Namorados, mas como eu não entendo muito de futebol, resolvi chutar o balde e ir direto ao que nos interessa: romances. Tanto os impressos quanto os da vida real, eles têm o poder de mudar nossas vidas. E para as sortudas que estão namorando, para as super super sortudas que estão noivas, e para as loucas que estão noivas de um personagem fictício, uma pergunta: alguém já imaginou juntar o amor por livros com o amor da sua vida e fazer um casamento literário?

Essa é a última tendência para os casais amantes de livros e devo dizer que me parece a ideia mais sensacional de todas!

Começando pelo momento do pedido (fica a dica pros meninos), que tal esconder as alianças dentro de um exemplar do livro favorito da sua amada? De preferência bem no final, logo abaixo de: e eles viveram felizes para sempre...
 
Na hora de fazer os convites, vale escolher um trecho especial do romance favorito do casal como inspiração!
 
Livros são objetos valiosíssimos e ficam ainda mais luxuosos quando usados para decorar uma festa. Olha que incrível esse arco feito de livros antigos:
O próprio ambiente de uma livraria ou biblioteca é perfeito para uma celebração de proporções épicas, além, claro, de apresentar uma grande vantagem: caso seus convidados fiquem entediados, podem sempre escolher um livro para ler (quem nunca?)
  
Tudo pode ter uma inspiração literária, até mesmo o bolo: 
E o buquê:
E a toalha de mesa!
Porque vamos combinar: TUDO fica melhor com um bom livro. E nada mais romântico do que ser o protagonista da sua própria história de amor! 
 
 
É isso, minha gente. Um feliz dia dos namorados para todos e vaaaaaaaai Brasiiiiiil!

6 de jun. de 2014

Papos de sexta: Um projeto para quem ama ler

Uma das séries que mais marcou a minha adolescência e que eu não me canso de assistir de novo e de novo e de novo é Gilmore Girls. Nele conheci uma garota chamada Rory Gilmore que é louca por livros. Não existe um episódio que não apareça pelo menos um livro (sim, pelo menos um porque em alguns há muitas referências literárias). Esse amor da Rory por livros inspirou um projeto chamado Rory Gilmore Books Project e estou tão animada com ele que quero compartilhar em todos os meios possíveis.

O Rory Gilmore Books Project é um projeto/desafio literário que consiste em ler todos os livros que a personagem leu durante as sete temporadas das série. A lista já foi feita e nela há 349 livros. E o mais legal é que tem livros de todos os tipos: clássicos, poemas, juvenil, biografias...é uma forma interessante de se aventurar por novos estilos.

Quem quiser participar é só clicar aqui para ver a lista completa e começar a anotar o que já leu, o que quer reler, o que já tem na estante...E para animá-los separei quatro títulos da lista que foram publicados no Brasil pelo Grupo Editorial Record e que estou empolgada para ler:


Como não gosto de ler livros por obrigação (isso reduz drasticamente a minha empolgação durante a leitura) resolvi que vou levar esse projeto comigo ao longo da vida. E aí, alguém se animou? Por qual livro vai começar?

Obrigada por tudo, pessoal!

xoxo

ps: pra quem não assistiu a série ainda: super recomendo!

5 de jun. de 2014

Galera entre Letras: Quem é quem?

Bom, hoje eu vou falar um pouco das pessoas envolvidas na transformação de um manuscrito em livro. O número e a função das pessoas variam muito de livro para livro, mas, na minha experiência de trabalho, costuma ser mais ou menos assim:

Depois de escrever aquela história caprichada, com um “plot” instigante e “subplots” interessantes, é normal você já querer sair publicando e até sonhar com a noite de autógrafos. Provavelmente, você já mostrou o manuscrito à família, aos amigos, e todos gostaram bastante. Isso é ótimo, pois a opinião de leitores-beta (isto é, os leitores do manuscrito antes de ser publicado) sempre é importante e, muitas vezes, nas conversas, surgem boas ideias e sugestões.

Mas você também vai precisar da leitura e das opiniões de profissionais ligados ao mercado, que vão analisar e pensar seu livro do ponto de vista editorial, em termos de texto, de “plot”, “subplots” etc. E, também, do comercial – quando a editora compra um manuscrito, faz um investimento e vai querer um retorno. O mais evidente é o número de exemplares vendidos, se o livro é um best-seller etc., mas existem outros retornos também: a criação de uma cara nova para a editora, a entrada numa outra fatia de mercado, credibilidade etc., que não são medidos pelas vendas.

E é nesse momento que começam a aparecer aquelas pessoas que eu mencionei da última vez: o preparador de originais, o leitor crítico, o agente, o editor de aquisições... Nem sempre eles vão estar envolvidos na negociação do seu manuscrito, mas como são figurinhas fáceis no mercado editorial é bom conhecer a função de cada um.

Quando você termina o manuscrito, o ideal é que contrate um preparador de textos para revisá-lo. Porque sempre tem errinhos, frases truncadas etc. que nem o corretor automático nem você vão detectar.

E agora eu mando a real: depois de um tempo, você deixa de ver os problemas do próprio texto. Eu costumo dizer que “o olhar se vicia”. Por isso, é bom ter um profissional que não leu o texto antes, pra que se tenha um olhar novo sobre o seu manuscrito.

Muitas vezes, o preparador de textos também faz a leitura crítica. E o que seria isso? “Leitor crítico” é alguém que vai ler o seu manuscrito procurando as falhas na trama, nas subtramas, na construção dos personagens, na ambientação (ou world-building). E poderá dar sugestões também para que você as solucione.

Obviamente, nenhuma dessas etapas garante a publicação do seu manuscrito, mas, como resultado, você vai ter um texto mais “maduro” do que a sua primeira versão. E o importante, a meu ver, é você dialogar com o(s) profissional(is). Se não entendeu alguma sugestão, converse com ele(s), pois isso certamente vai ter uma influência positiva no texto!

Uma vez que o manuscrito esteja preparado e revisado, você pode tentar enviar para uma editora. Normalmente, as editoras têm um endereço do tipo “originais@” ou “envio de originais@” através do qual recebem manuscritos. Cada uma tem as suas regrinhas quanto à leitura, prazos e feedback. Antes de escrever, leia atentamente porque não adianta ficar mandando e-mail todo santo dia!!! (E, sim, tem quem faça isso rs)

Outra maneira de dar visibilidade ao seu texto é participar de concursos literários. Hoje existem vários prêmios para autores iniciantes, que financiam a publicação do livro (ou parte dela), e algumas editoras também promovem concursos.

Mas também tem um profissional que se encarrega justamente da intermediação entre os autores e as editoras: o agente literário, que funciona da mesma maneira que um agente artístico. No caso do escritor, o portfólio é o manuscrito e o currículo. Em geral, os agentes são profissionais que já passaram por editoras e têm bons contatos, além da capacidade de ler criticamente um manuscrito e saber exatamente para qual editora ele serve. E talvez esse seja o grande achado do agente: saber onde encaixar o seu manuscrito (muitas vezes, o autor iniciante nem faz ideia do catálogo das editoras e não sabe muito bem a quem oferecer!).

Por fim, outra figurinha importante nesse processo é o editor de aquisições (ou, em alguns casos, o editor-executivo), isto é, aquele editor que vai ler e comprar o seu manuscrito ou vai sugerir a compra dele. Levando em conta o público-alvo, a qualidade do seu texto e até a possibilidade de venda do livro para o exterior, é ele quem vai bater o martelo e dizer se vale ou não a pena comprar o manuscrito. Ele também vai elaborar o seu contrato, além de ser o responsável por futuras negociações.

E se for editor-executivo, é ele quem vai dar o “ok” na última prova do livro e berrar a plenos pulmões: “preparem as máquinas!” (eu sei, ninguém grita isso, mas não seria nada mau... rs)

Na última coluna sobre o assunto, eu vou falar um pouco sobre o que acontece com o manuscrito após ser adquirido por uma editora. E se vocês acham que acabou a fase de revisões e mexidas, na-na-ni-na-não!
Crédito: Jane Mount, Idealbookshelf 

4 de jun. de 2014

Hieroglyph e as maravilhas do antigo Egito

Desde a quinta série do Ensino Fundamental, sou apaixonada pelo Egito. Eu tinha 11 anos – não vou contar em que ano foi isso, já que não revelo a idade hahahaha - e tudo que queria da minha vida era ser “historiadora”, o mundo secreto e misterioso das pirâmides e das múmias sempre me encantou. Mas eu sabia na época que o pessoal que escava tumbas, “trabalha” com múmias e coisas do tipo não eram os historiadores, mas sim os arqueólogos ou egiptólogos que são especializados.

Bom, como a maioria deve ter percebido, já que estou aqui quinzenalmente falando sobre SÉRIES e não múmias hahahaha, eu não virei egiptóloga. Mas o amor que eu sinto por essa civilização tão fascinante e maravilhosa nunca morreu.

Ainda não fui pro Egito (está na lista!), então a divulgação da série nova da Fox, Hieroglyph, em outubro passado (não comentei antes, porque não era certo ainda). É o EGITO ANTIGO!!!!!!!!!!!! TODA SEMANA! PARA EU VER!!!!!!!!!

Não vou ter mais só todos aqueles documentários do Discovery, BBC, etc. Nem vou ter que pegar O Livros dos Mortos na Biblioteca da faculdade, nem assistir ao Retorno da Múmia pela 76º vez.

Hieroglyph é uma série de ação e fantasia da mesma criadora de New Girl. A primeira temporada vai ter treze episódios. Situada no antigo Egito <3 realidade e fantasia vão se confundir na história que gira em torno de Ambrose, um ladrão que, após ser solto, passa a servir ao Faraó. No meio de todo aquele delineador e ouro ele se envolve com as intrigas do palácio, concubinas, criminosos e até feiticeiros. 

Significa: Babado, confusão e gritaria NO EGITO ANTIGO.

 Tem como não amar??

 O trailer, para deixar um gostinho:




A previsão é que estreie na fall season. MAL POSSO ESPERAR!!! O que acham da ideia? Eu acho inovadora, no mínimo! Com tanta série igual, Hieroglyph vai trazer novos ares para essa mesmice das séries de hoje...
Xoxo

3 de jun. de 2014

Papos de terça: Sem make!

Estima-se que as mulheres gastem 50 minutos por dia cuidando da aparência. Isso significa que perdemos um dia por mês com rituais de beleza, e o que é pior, nós detestamos a maioria deles — pelo menos, é o que apontam as pesquisas.

Cansadas de se submeterem a essa exaustiva rotina, as blogueiras do Girls With Style lançaram o #TerçaSemMake. A ideia é sair de “cara limpa” ao menos uma vez por semana e ainda postar sua foto nas redes sociais, acompanhada da hashtag da campanha.

Não importa se as olheiras estão um horror, ou se aquela espinha resolveu dar o ar da graça. O importante é não nos deixarmos levar pela pressão da sociedade —  e vamos ser sinceras, de nós mesmas — de estarmos sempre impecáveis.

Parece assustador? Ainda mais assustador é saber que nós, mulheres, passamos em média 12 horas por dia com maquiagem, ou seja, metade de nossas vidas!

Um dia na semana pode parecer pouco, mas é um começo para a autoaceitação. Minha amiga Carol Guido é uma das blogueiras por trás do GWS e tem recebido várias mensagens de meninas que não conseguiam sair de casa sem base e corretivo, e que agora sentem-se mais à vontade au naturel.

As garotas do GWS deixam claro que o #TerçaSemMake não é um movimento contra a maquiagem per se, mas contra a necessidade de se maquiar ou de fazer qualquer coisa por imposição. É um exercício de autoestima, com resultados animadores.

Mais do que descansar a pele ou liberar algumas horas na agenda, o objetivo da campanha é nos libertar de um conceito de beleza desgastante e promover outro mais saudável. Estamos tão acostumadas ao ideal da perfeição propagado pela mídia que achamos difícil nos livrarmos desse aparato todo, mas essa dependência pode — e deve — ser quebrada.

O uso excessivo de maquiagem pode causar problemas de saúde, mas os padrões utópicos de beleza são um problema ainda mais grave. E se tem um livro que aborda muito bem essa questão é Feios, do Scott Westerfeld, tanto que já estava na mesa de cabeceira da Carol — que é leitora compulsiva como a gente :)


Quem quiser recomendar outros livros do Grupo Record com temática parecida manda ver nos comentários (eu indico Todo Dia, do David Levithan — um dos meus livros favoritos da vida — e Belle Époque, da Elizabeth Ross, que tem uma premissa bastante original). E quem quiser aderir ao #TerçaSemMake, aproveita porque hoje é dia!

Vamos encarar o mundo de “cara limpa” e inspirar muitas mulheres a fazerem o mesmo ;)

2 de jun. de 2014

Tons da Galera: Um jeito Malévola de ser

Esse fim de semana marcou a estreia do muito antecipado Malévola nos cinemas brasileiros – uma super produção que, com a presença (e que presença!) de Angelina Jolie, mostra que depois da febre das princesas da Disney, pode ser a hora das vilãs. E começamos com uma das mais estilosas de todos os tempos. Malévola é conhecida por, além da maldade, duh, seus lábios vermelhos, olhos delineados de preto com perfeição, maçãs do rosto afiadas e capa, vestidos e chifres pretos.

Como era de se esperar, vem aparecendo uma enxurrada de coleções de roupas, beleza e acessórios inspirados na talvez mais cruel vilã Disney. A última a pegar carona no tema foi a Crow’s Nest, que lançou uma coleção de joias em parceria com a Disney, e que como não podia deixar de ser, vem recheada de designs de dragões, spikes e heras.

Antes dela, tanto a MAC, com um tutorial ensinando a usar as cores fortes e cílios postiços poderosos de sua edição limitada Maleficent (só faltou um jeito de vender as afiadíssimas maçãs do rosto da personagem), quanto a Stella McCartney, com uma coleção de fantasias infantis criada em colaboração com a própria atriz, já tinham apostado no sucesso do longa e do carisma de Jolie.

A Disney faz e todos lucram: as últimas coleções inspiradas em Malévola 
Tutoriais de manicures pontudíssimas e de maquiagens nos tons góticos da história já recheiam a internet. Confirmando ultimas tendências de desfiles, com muito preto, veludo, couro e rendas, o estilo Malévola de ser foi aderido pela própria Angelina (que já adora um preto há tempos) na sua vida real, aparecendo na estreia do filme com um Versace poderoso e brincos de spike que pareciam atravessar sua orelha.

Angie no filme e aderindo na vida real
Até a Disney resolver fazer um longa sobre a Rainha Má de Branca de Neve (o que só pode resultar numa febre por espelhados e maçãs), ou sobre a Cruella de Vil dos 101 Dálmatas (estampas de dálmatas já andam até pipocando em desfiles, mas por favor, pelo fake!), espere muito preto por aí!