31 de mai. de 2013

Papos de sexta: Cassandra Clare, o que você fez comigo?, por Pâmela Gonçales

Cada livro seu abre um buraco no meu coração. Por acaso você faz coleção de corações em pedacinhos?

Há vários dias que terminei de ler Príncipe Mecânico, mas durante todo esse tempo não consegui diminuir a dor pelo sofrimento dos personagens. Esse foi especial, o mais especial de todos até agora. Parece tão real, tão perto de mim. Como você consegue fazer isso? Eu não te dei permissão para ir tão longe, ou melhor, tão perto. Ou dei? Talvez eu tenha ficado tão fascinada que nem percebi. Não notei que permiti me envolver.

Gostaria de descobrir o seu poder. Sem dúvidas, você deve ter algum dom parecido com o da Clary, mas no lugar das marcas, você produz explosões de sentimentos por meio de palavras. Essa é a única explicação.



Falando em marcas, você me ajudou, sabia? De certa forma as marcas tão especiais para os Caçadores de Sombras estão sendo utilizadas por nós, meros mundanos. É claro que não temos uma estela para desenhá-las, e nem mesmo seríamos capazes de receber esses desenhos em nossa pele, mas existe outra maneira. Caçadores de Sombras precisam desse poder imediato e com toda a força que for possível, afinal, o perigo deles é muito maior. Eles nos protegem. Nós só precisamos do necessário para dar um empurrãozinho. Suas marcas não estão em nossa pele, mas adquirimos um pouco dos seus poderes através da leitura de seus livros.

Estou contando e implorando para os dias passarem rápido até o lançamento de Cidade das Almas Perdidas e Princesa Mecânica. Ambos são extremamente necessários depois do que aconteceu em Cidade dos Anjos Caídos e Príncipe Mecânico. O que não os impedem de ser ainda mais explosivos e chocantes. Confesso que estou com medo. Morrendo de medo do que está por vir. Acho que nunca tive tanto medo de ler a sequência de uma série. Talvez seja o meu sexto sentido já garantindo que as coisas não serão boas? Que não caminham para um lugar feliz? Ah, Cassandra Clare, o que você fez comigo? Eu já fui mais otimista, sabia? Mas depois de você, eu não tenho o direito de ser. Se eu não preparar o meu coração, com certeza a dor será ainda maior.


Eu não estou reclamando, pode ter certeza. Eu sentia falta de histórias assim. Mesmo que resulte em sofrimento, esse sofrimento só veio porque houve identificação de verdade. Obrigada por tudo.

30 de mai. de 2013

GALERA ENTRE LETRAS: SEGUINDO O CAMINHO DOS LIVROS

Finalmente chegou o dia da minha estreia como colunista no Blog da Galera, e resolvi começar falando um pouco pra vocês sobre o caminho dos livros: do computador pessoal do tradutor até a prateleira das livrarias.

Vou começar falando sobre a tarefa de preparar os originais pra publicação (desde que me tornei colaboradora freelance da Galera, há um ano, preparei onze livros ao todo).
Essa etapa – que vem depois da tradução (vou falar dela da próxima vez) – recebe vários nomes: copidesque, preparação de originais ou mesmo revisão.

Eu costumo dizer que, no fundo, todo mundo no mercado editorial é um viciado em livros (enrustido ou assumido) e, sim, confesso que comecei a trabalhar como copidesque pra poder ler mais livros ainda – além dos que eu traduzo ou leio normalmente –, mas tradução e preparação não deixam de ser um trabalho como outro qualquer, portanto, profissionalismo é fundamental.

Bom, depois que o tradutor envia o texto finalizado pra editora, quem passa a cuidar do livro é o preparador de originais. O trabalho varia de profissional pra profissional, e vou descrever esse processo a partir da minha experiência.

Eu recebo o texto original (o livro que foi traduzido) e o material que o tradutor enviou, e tenho várias tarefas a cumprir nesse momento:
  • ·ver se todo o texto foi vertido pelo tradutor para o português (é normal ocorrerem saltos, e o papel do copidesque é encontrá-los e sugerir traduções para os trechos que faltam);
  • revisar o texto conforme o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (porque tradutor não costuma ter superpoderes pra pensar em dois idiomas e ainda se lembrar de todos os hífens existentes ou dos hífens que se foram J);
  • sugerir mudanças no texto pra que ele soe mais “natural” (ao ler um livro, vocês já se depararam com expressões esquisitas, tipo, “a boCA DELA”?). Pois é... o copidesque tem que ficar atento a isso, o que inclui prestar muita atenção em expressões idiomáticas e checar nomes ou palavras de difícil tradução, ou mesmo a tradução de termos “técnicos” (sabe quando o autor de um livro é entusiasta de lacrosse e resolve mencionar todas as regras deste esporte... e você nunca tinha ouvido falar nisso?! Ou quando o autor é ornitólogo de fim de semana e decide citar os nomes de aves silvestres que você nunca viu na vida?! Pois é, trabalhar com livros pode ser uma caixinha de surpresas!);
  • procurar “furos” no original (isso mesmo! Parece doideira, mas não é raro haver probleminhas no texto original ou mesmo na história, e quem traduz ou copidesca costuma avisar ao editor que, por sua vez, informa ao autor ou ao agente sobre eles. Às vezes, dá pra consertar; outras vezes, o que nos resta é respirar fundo e seguir adiante, porque é caso perdido L).


Mas o mais importante (ao menos, pra mim) é saber que, quando cada um faz a sua parte nesse processo (isto é, quando o tradutor traduz, o preparador prepara e o editor edita), as chances do leitor encontrar um livro lindo, bem traduzido, bem preparado e bem editado na prateleira da livraria aumentam muito!

Infelizmente, durante a preparação, não tenho chance (ou tempo) de trocar figurinhas com os profissionais cujas traduções eu preparo, mas gostaria que eles considerassem o trabalho posterior à tradução como uma colaboração pra tornar ainda mais lindo aquilo que já nasceu bonito J.
Costumo dizer que, se os tradutores e tradutoras são os pais e as mães dos livros, eu sou a tia (favorita =D) deles.

E é por isso, queridos tradutores e tradutoras, que eu queria terminar este primeiro texto, agradecendo a vocês pelas aventuras vividas e pela companhia no último ano, porque, sem vocês, eu não teria descoberto a matemática do AMOR À PRIMEIRA VISTA, nem enfrentado DEUSES GREGOS pra lá de maus ou filosofado sobre CÃES E HOMENS. Não teria visto o FUTURO em 1996, nem ajudado a invocar CONJUROS e reconstituir a ORDEM DIVIDIDA; não teria descoberto a relação entre um NOME e um DESTINO, nem feito poesia e seguido a MÉTRICA. Não ia imaginar que CORAÇÕES e ALCACHOFRAS tinham tudo a ver. Não teria me perdido dentro de uma CASA cheia de SEGREDOS, nem saberia hoje O QUE REALMENTE ACONTECEU NO PERU.

E também não teria pulado de corpo em corpo, não teria sido menino e menina, nem teria vivido seis dias antes e QUARENTA DIAS depois. TODO DIA (mas isso é papo pra outra coluna)

E por falar em viciados em livros, aqui tem um link legal: http://bit.ly/1agsxDD 
(Super me identifico com o 9, o 13 e o 15. E vocês?)


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Ana Resende trabalha como preparadora de originais e tradutora, e é colaboradora da Galera Record, entre outras editoras. Workaholic assumida, não gosta de videogames e sua leitura favorita são os contos de fadas. Acredita que o príncipe encantado existe, só que se perdeu sem um GPS.


Twitter: @hoelterlein

27 de mai. de 2013

Tons da Galera: Beetlejuice e a volta dos anos 1990

Beetlejuice

Certamente você já viu, e muito, por aí. As amadas e odiadas calças com listras verticais em preto e branco, que não demoraram a ser comparadas com as calças do Beetlejuice, personagem do filme Os fantasmas se divertem, de Tim Burton, um clássico com a musa-mor dos anos 1990, Winona Ryder. A moda veio, no entanto, de um desfile supergráfico de Marc Jacobs para Louis Vuitton ano passado, sobre o qual já falamos por aqui.
A Febre das Calças Listradas
O Desfile que começou tudo


Mas o retorno à década de Beverly Hills 90210 não para por aí. Inspiradas em musas como Cher Horowitz, de As patricinhas de Beverly Hills, Drew Barrymore recém saída da infância (e da rehab) e Kelly Taylor, a paty mais sofrida de Barrados no Baile, é bom se preparar para uma temporada forte de jardineiras, meias até os joelhos ou até o meio da coxa, vestidos baby doll com botinas pretas, mochilas jeans com fundo de camurça (quem não teve?), sapatos de solado de borracha grosso (que agora voltam bonitinhos em versões do Creeper, mas que naquela época eram os terríveis naurus), símbolos de hang-loose, da paz e do yin-yang e outras modinhas de gosto duvidoso.

Cher Horowitz
Uniforme versão Nasty Gal de Donna Martin e Kelly Taylor; vestido floral, jaquetinha jeans, mochila e coturnos



Felizmente nem tudo é exagero nesse revival. O grunge tem voltado mais discreto (e limpinho, ufa!) com camisas xadrez mais ajustadas e menos “roubei do meu namorado que só faz lavanderia a cada 6 meses”, afinal a calça boyfriend já cumpre esse papel.

O Grunge repaginado pela Nasty Gal, muito mais sexy



Também bem-vinda é a volta de um estilo mais minimalista e usável, do qual a Calvin Klein foi o maior representante. Linhas retas, clean, cores sóbrias, peças duradouras e que não saem de moda, em sintonia com uma tendência cada vez maior dos consumidores de procurar peças de qualidade e que durem mais do que uma estação.

E vocês? Já aderiram, pretendem aderir, ou lembrar dos anos 1990 é too much too soon?



Curtinhas da semana



ENTRE OS MAIS ESPERADOS
Cidade dos Ossos está sendo considerado pela revista Seventeen um dos filmes mais esperados desse verão, nos Estados Unidos.  Confira a reportagem.






BRANFORD BOASE AWARD
O livro Fator Nerd de Andy Robb foi um dos finalistas para o 2013 Branford Boase Award. O prêmio seleciona os melhores livros escritos por autores iniciantes.










TOTAL WAR: ROME - DESTRUIÇÃO DE CARTAGO
Junto ao lançamento do tão esperado game Total War: Rome II, em setembro de 2013, a empresa The Creative Assembly anunciou a criação de uma série de livros inspirados no jogo. E é claro que não vamos deixar vocês fora dessa! Clique aqui para saber mais.












OS VILÕES DE EOIN COLFER
Em entrevista sobre o seu novo livro, WARP: The Reluctant Assassin, Eoin Colfer revelou que não é muito fã dos heróis, o que ele prefere mesmo são os vilões.








THE 100
Tem série nova chegando na Galera! Descubra  mais sobre a história e claro, o Sneak Peek Clip aqui.

24 de mai. de 2013

Papos de sexta: O jovem e o novo adulto, por Tita Mirra

Olá! Eu sou a Tita, a nova colunista do blog da Galera. Bem, nem tão nova assim… Mas isso nada tem a ver com a minha idade, que fique bem claro! rs

É que eu participei dessa coluna antes, à convite da amiga Vivi Maurey. Na ocasião, eu declarei meu amor pelo Jace e desejei que ele atingisse logo a maioridade. Afinal, qual a graça em crescer se o meu herói favorito continuava com 17 anos? rs

Pois bem. Vivi deixou o blog no mês passado, eu estou de volta, e o Jace…continua adolescente. Mas tudo bem, ele ainda é o meu favorito! 

Na verdade, eu entendo o charme dos 17 anos. Até bem pouco tempo, a maioria dos protagonistas dos livros jovens tinha essa idade, é o limiar entre a adolescência e a vida adulta. Ou melhor, era.

Acho que todo mundo aqui já ouviu falar de new adult, certo? O conceito surgiu em 2009, graças a um concurso promovido por uma editora americana, mas só agora virou tendência literária (sim, os “novos adultos” estavam entre nós e ninguém havia percebido! rs).

Posteriormente, a tal editora desistiu de publicar os manuscritos, mas alguns desses autores lançaram seus trabalhos de maneira independente. Talvez isso explique a quantidade de livros indies nessa categoria, mas existe uma lógica por trás desse sucesso.

Nas palavras de Meg Cabot, “a geração atual tem a adolescência estendida”. As mudanças que marcam o início da vida adulta acontecem cada vez mais tarde, e a literatura reflete isso. O jovem leitor amadurece, mas ainda não partilha dos interesses da ficção adulta (casamento, filhos, carreira profissional etc). O “novo adulto” preenche essa lacuna, mas onde um termina e o outro começa?

A maneira mais simples é separar por faixa etária. Um livro “jovem adulto” é indicado para quem tem de 13 a 17 anos, enquanto um “novo adulto” é para quem tem de 18 a 25. Ambos podem ter a mesma intensidade emocional, o que muda são os temas, conflitos, cenários e personagens (um livro “jovem adulto” se passa no ensino médio, um “novo adulto” se passa na faculdade etc).

Métrica (Slammed) é o livro new adult da  Galera
Mas o new adult tem um tom diferente, um misto de independência recém-conquistada e incerteza em relação ao futuro. Aquele jovem que está tentando se conhecer enquanto conquista seu lugar no mundo e aprende a se relacionar com os outros. Uma fase de experimentação, de fazer escolhas certas e erradas e, mais importante, de enfrentar as consequências.

Por mais incrível que pareça, o foco do new adult está nesses personagens e em suas relações emocionais, não físicas. Sexo existe, mas com um propósito – conduzir a narrativa, indicar o amadurecimento dos protagonistas, retratar positivamente uma orientação sexual e tal.

Então, pode-se dizer que o “novo adulto” é um “jovem adulto” mais maduro? Sim, chega uma hora em que até nossos heróis adolescentes crescem! Mas amadurecer não significa estar no ponto, e são os tropeços no caminho que vão moldar a sua jornada. :)

23 de mai. de 2013

Dia do marcador

Para comemorar o lançamento de O futuro de nós dois teremos mais um Dia do Marcador esse mês. São 3 designs exclusivos que vocês podem baixar aqui!

Uma dica para quem quer imprimir seu marcador é usar um  A4 com uma gramatura maior do que 90g, como 120g - 150g.


Aproveitem!





22 de mai. de 2013

Galera Pop - Séries clássicas: Mulher Maravilha (1975)


Logo que o pessoal lá de casa começou a virar adepto das compras na internet (isso deve ter pelo menos uns 7 anos) a gente tem o costume de sair olhando cada cantinho desses sites atrás de algum achado. E qual foi o tamanho do meu susto quando minha mãe encontra esse box de DVDs da série da Mulher Maravilha e quase tem um ataque.


— Eu assistia isso quando era criança!!!!

Ela ficou realmente empolgada, e eu curiosa. Nunca tinha visto minha mãe tão interessada em uma série de TV antes. Os dias se passaram, e ,quando finalmente a caixinha chegou, fomos logo assistir. Ela não parava de contar como aquilo era legal e como estava feliz em ver que uma coisa que passava há tanto tempo na TV (muito tempo MESMO! Ela era criança hahahahaha) estava agora em casa para ser visto quando a gente quisesse. E lá fomos nós...
Uau!! Da música tema de abertura (Wonder Wooomaaaaaaaan) ao clima tenso de quando a Diana, quer dizer, a Mulher Maravilha tinha que capturar um nazista. A mistura entre a mulher forte que salvava mocinhos em perigo e o jeitinho trash que só as séries/os filmes dos anos 1970 possuem fizeram com que eu me apaixonasse de cara pelo seriado!



Baseado nas histórias em quadrinhos da DC, a série foi produzida entre 1975 e 1979 e durou três temporadas. A primeira foi exibida pela ABC e as outras duas pela CBS, que salvou o seriado de ser cancelado logo na primeira temporada.

Lynda Carter deu vida à heroína, baseada na primeira história da personagem, que se passava durante a II Guerra Mundial. Quando o piloto Steve Trevor, ferido após um combate, cai na Ilha Paraíso e é resgatado pelas amazonas, elas descobrem que o mundo está em guerra. A rainha da ilha resolve fazer uma competição para escolher a mais poderosa das suas guerreiras para ajudar os Aliados (EUA, Inglaterra, França e tal) a vencer os nazistas. A vencedora é Diana, que parte para os Estados Unidos equipada e poderosa para salvar o mundo! HEHEHEHEHEHE Eu já comentei com vocês o quanto sinopses são suspeitas, né? Mas eu garanto que vale muito a pena!!! Assistam o trailer: 



Eu gosto de ver os efeitos especiais meio bobos, mas que provavelmente eram alta tecnologia da época. A transformação da Diana Prince em Mulher Maravilha é um dos pontos altos. E o uniforme da Mulher Maravilha? Clássico das festas a fantasia até hoje! É maravilhoso ver o girl power tão bem representado e em uma versão antiga. Não é de se espantar que o seriado ficou tão popular, não só nos Estados Unidos, mas aqui também.
Não foi só minha mãe que quis a nave invisível, o laço da verdade e os braceletes protetores da Mulher Maravilha, eu também quero!

Xoxo

Nanda

Ps.: Tentaram fazer uma versão nova da série em 2011, mas foi tão #fail que me reservo o direito de permanecer calada. 

20 de mai. de 2013

Curtinhas da semana


CINEMA PIRATA
O livro Cinema Pirata foi um dos vencedores do Locus Awards 2013, na categoria Young Adult. Saiba mais.













ENTREVISTA COM PAUL WESLEY
Motivo para amar Stefan Salvatore, (ops!), Paul Wesley é o que não falta! Confira no site da Galera um pouquinho de sua entrevista recente para a revista Parede. 








O JOGO DA MORTE GANHA PRÊMIO
O livro O jogo da morte foi um dos ganhadores do prêmio Kinder- en Jeugdjury 2013.









Galera na Amazon!
O livro Will e Will - Um nome, um destino, já está disponível em formato digital na Amazon. Para os que ainda não leram Dezesseis luas, o e-book está com um preço bem bacana durante todo o mês de maio. 

17 de mai. de 2013

Papos de sexta: Uma história que o vento não leva..., por Rafa Fustagno

Eu devia ter uns 5 anos quando descobri, sempre através de meu cinéfilo pai, que existia o filme ...E o vento levou. Não lembro exatamente quando de verdade li pela primeira vez o livro, mas o casal daquela história me marcou para sempre.

Os anos passaram e a história foi me acompanhando. Se você, assim como eu, tem um casal preferido seja na literatura ou nos filmes - no meu caso o livro virou filme! - sabe bem aonde quero chegar, os dois são eternos. Esquecemos que são só atores, que aquela história não é verídica ou que, como nesse caso, eles nem estão mais vivos.

O filme ...E o vento levou foi lançado em 1939! Provavelmente só meus avós o viram no cinema. E o livro foi escrito em 1936. Na verdade, finalizado nesse ano, já que sua autora, Margaret Mitchell, demorou quase 10 anos para concluir a obra.
Se você nunca leu o livro ou nunca viu o filme, corra, a história é comovente, e até hoje me emociono com algumas cenas.

Passado em Tara, cidade inventada, e em Atlanta, na Geórgia, durante a Guerra Civil Americana, seus personagens marcaram gerações, e ainda hoje o filme é um dos mais vendidos do mundo – não por menos ganhou na época 10 Oscars. O livro angariou vários prêmios, entre eles o Pulitzer.

Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) foi a primeira mocinha que amei odiar, sim, ela era insuportável, mimada e, ainda assim, adorável! Apaixonada pelo marido da prima e desdenhando o lindo do Capitão Butler (Clark Gable), ela não era a personagem mais fofa do mundo. Mas eu amava os dois juntos, adorava ler e ver como aquele homem lutou por ela até onde pôde. E mesmo as cenas sofridas – e são muitas – têm uma perfeição de detalhes que completam a mais linda história que li e vi.

Tudo isso é para contar para vocês como esse livro-filme é importante na minha vida. Ele tem lugar de destaque no meu quarto. Eu o tenho em todos os formatos, incluindo DVD e Blu-ray!


Quando lerem esta coluna, estarei em Atlanta, exatamente a terra onde ...E o vento levou foi filmado! Não será a primeira vez que irei. Por sorte a irmã de minha mãe se casou e foi morar com o marido americano lá! A primeira vez que pisei em Atlanta, o que pedi para conhecer primeiro foi o Museu Margaret Mitchell, e me encantei tanto que me emocionei lá dentro. Tinha tudo que eu imaginava – e a casa antiga é preservada bem no meio da cidade onde arranha-céus são constantes. Dentro da casa sabemos com uma guia um pouco da história da escritora que morreu aos 48 anos atropelada por um táxi perto de sua residência.


A máquina de escrever que ela usou para fazer o livro, as roupas e os objetos pessoais, além de muitas fotos, estão por toda parte.

Como se não bastasse, Atlanta sabe o quanto essa história marcou muitas pessoas. Também conheci, em outra viagem à cidade, o museu onde ficam as roupas e os objetos usados no filme! Sim, eles têm dois museus: um é a casa da escritora, o outro é dedicado ao filme.

Eu tirei tantas fotos que o cartão de memória lotou e tive que sair correndo para comprar outro!

Imaginem como me senti ao conhecer o local onde ela escreveu a história que amo, ao ver as roupas usadas por Vivien Leigh e Clark Gable? Margaret escreveu um livro que é um presente para muitas gerações! Um dos motivos pelos quais Atlanta me emociona sempre é porque foi onde minha história favorita foi criada e vivida. Mesmo sendo ficção, para nós leitores que somos fãs, tudo que lemos é verdade. E, por esse motivo, extremamente emocionante! ;) 

16 de mai. de 2013

Galera entre letras: RT Convention – No final, tudo o que importa é um pouco de romance

Quantos livros você leu sobre um casal apaixonado? Ou quem sabe apenas com aquela tensão gostosa de gostar de alguém que talvez goste de você também? É verdade: todo mundo gosta de se apaixonar e viver grandes aventuras, por isso a revista RT Magazine tomou a iniciativa de criar uma convenção para reunir todos nós, leitores, autores e editores num evento único no qual o principal objetivo é se divertir. Assim, há trinta anos a RT Convention vem rodando as principais cidades norte-americanas e canadenses, espalhando amor por onde passa.
            E este ano eles receberam a primeira visita oficial de uma brasileira: eu! =^.^=




            Durante os cinco dias de evento é impossível pensar em dormir. A programação começa cedo e rende até o início da noite... quando começam as festas! E quem disse que para por aí? Após a última dança, à meia-noite, todos os festeiros saem da pista e correm para o bar ou pro lobby do hotel, pra continuar a brincadeira. São quase vinte e quatro horas de contato direto com pessoas que te entendem, que dividem o mesmo amor por livros que você e que te dão o maior apoio porque sabem que tem muita gente que torce o nariz para isso. Ou seja, em poucos minutos você conhece dezenas de pessoas e se sente como parte de uma grande família.
            No primeiro dia eu andei para cima e para baixo com a camisa do Brasil. Tinha que mostrar a que vim, certo? O mais legal era que todo mundo parava para falar comigo e quando eu dizia que também era escritora, eles ficavam maravilhados, pediam para tirar fotos comigo e a própria Katryn Falk, fundadora da RT, disse que eu fui a primeira brasileira a ir à convenção – e primeira escritora brasileira também. Me senti uma astronauta!


            O objetivo é reunir pessoas de diversos ramos editoriais para fazer negócios, aprender e também para se divertir. Isso significa que você pode estar na fila do banheiro e dar de cara com seu autor favorito e vocês começarem a trocar uma ideia ali mesmo, ou então você pode estar pedindo um drink no bar e de repente o dono da mais importante editora no mundo te pergunta o que você faz da vida. Acreditem: é exatamente assim que acontece.
            Os painéis e mesas redondas foram bem distribuídos pela programação entre oficinas de escrita, palestras sobre assuntos específicos e mesas de pura descontração. Em um deles eu pude assistir Margareth Stohl, Veronica Roth, Kiera Cass, Colleen Houck e Richelle Mead todas juntas, respondendo perguntas dos fãs. E todas elas, e um outro tanto de gente bacana, participaram da grande sessão de autógrafos no sábado. E dependendo do seu interesse, você tinha a opção de ver Sylvia Day falando sobre como criar personagens cativantes, aprender como a Harlequin escolhe os livros que quer publicar ou meramente ir para uma sessão de karaokê com alguns autores e os modelos de capa.
            Ah... os modelos...
            Definitivamente eles merecem um post só sobre eles, mas, com certeza, um evento desse porte precisa de uns gatinhos circulando por aí, né? Agora imagina como a mulherada fica...


            Como se não bastasse a semana perfeita em Kansas City, houve ainda um momento mágico, aquele que eu sonhei a vida toda para realizar e que, de repente, vem assim, quando menos se espera: a neve.
            Sim, nevou, em plena primavera em Kansas City. E enquanto a maioria das pessoas reclamava da queda de temperatura, como boa brasileira que sou, corri para o lado de fora e dancei e rodopiei que nem um filme da Disney. Ainda bem que havia alguém comigo para registrar o momento!
            Esse breve relato não é suficiente para dizer toda a minha gratidão às pessoas que me receberam com tanto carinho lá, e que ainda agora me mandam mensagens me pedindo pra voltar. A RT Convention é um verdadeiro conto-de-fadas que eu recomendo a todos, pois é aberta a qualquer pessoa que ame uma boa história, inclusive você, leitor. E você com certeza vai sair de lá mais apaixonada do que nunca, afinal, tudo o que importa nessa vida é um pouco de romance, certo?


Créditos das fotos: Fifth Element Studios
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Janda Montenegro é escritora, tradutora e revisora. “Antes do 174” e “O Incrível Mundo do Senhor da Chuva” são seus dois livros já publicados e o terceiro sai agora em julho: “Por enquanto, adeus.” Acima de tudo é uma apaixonada por boas histórias e por tudo que envolve o mundo dos livros. www.jandamontenegro.com

15 de mai. de 2013

Galera Pop - Você curte spin-offs?


Dia desses a criadora de Pretty Little Liars anunciou no twitter que a série iria ganhar um spin-off. Ravenswood chega às telinhas dos states logo mais, em outubro. The Vampire Diaries também já garantiu o seu, The Originals! Mas, antes de tudo, o que é esse tal de spin-off?



Você provavelmente já assistiu ou ouviu falar de algum seriado desse tipo. São séries que nascem a partir de outras séries, geralmente algum personagem da primeira sai e vai parar no show novo. O ambiente costuma ser diferente, e os personagens secundários são todos novos.

O que é legal se uma série que você gosta é cancelada, então ainda tem um pouquinho dela ali para matar as saudades. Mas e se a série nem acabou ainda? Eu, particularmente, acho um pouco desnecessário, só que se a gente gosta muito de alguma coisa o que é demais nunca é o bastante”, não é mesmo?

Ravenswood apresenta a vida dos moradores da cidade homônima, que estão há gerações sob uma maldição. Quando cinco forasteiros chegam ao local e começam a investigar a história, eles precisam tentar quebrar a maldição do lugar para salvar a pele.
Achei a sinopse meio esquisita, e sobrenatural demais se comparado à PLL. Mas vocês sabem como são essas sinopses que as emissoras divulgam... só vendo mesmo pra gente saber. Um personagem da série original já foi confirmado no spin-off, o Caleb, que – até onde eu assisti – era namorado da Hanna. O que ele vai fazer lá? Só Deus sabe, vamos acompanhar.

E não é de hoje que os spin-offs estão na moda. Quem lembra de Joey?  A série trazia o personagem de Friends depois que ele se muda para Los Angeles e decide investir de vez na carreira de ator. A série durou duas temporadas. Eu não gostei muito, mas, gente, para matar a vontade dos fãs já está valendo!


Buffy teve Angel. E até Grey’s Anatomy teve o seu, Private Practice acompanhou a Dr. Addison Montgomery quando ela se mudou pra Los Angeles para trabalhar em uma clínica particular. A série está em sua sexta e última temporada, então dá para ver que ela foi bem-sucedida. Não tanto quanto a original, claro, mas hoje em dia só as com boa audiência duram tudo isso.


 E você, curte algum spin-off? De qual série você gostaria de ver uma “filha”?

xoxo,
Nanda


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Meu nome é Fernanda, mas podem me chamar de Nanda. Tenho (quase) 22 anos, mas juro que pareço ter 16. Estudo jornalismo porque depois de assistir Smallville, decidi que queria ser a Chloe. Sou apaixonada por cultura pop, e fiquei um bom tempo tentando decidir se gostava mais de ler, ver séries ou filmes. Acabei decidindo que tanto faz. Eu gosto de todos! (Mas acho que ter 32 séries na minha watch list responde essa dúvida).