22 de abr. de 2016

Papos de sexta: Despedida temporária

O livro está chegando ao fim. Faltam poucas páginas para concluir a história e, ao virar cada uma, sinto uma mescla de realização e tristeza: a primeira vem com o fato de finalizar mais uma aventura e a segunda traz a vontade de que não acabasse nunca. É assim que me sinto agora, pois esse é meu último post aqui no Blog da Galera Record.

No final do mês, a “última página” do Blog será “virada”. A editora vai continuar firme e forte no site e nas redes sociais e trará novidades em breve. Mas o ciclo do Blog da Galera está chegando ao fim.

Já que é o meu último post, pensei em citar algumas ideias para deixar para reflexão. Elas surgiram aos poucos, depois de ler muitos posts por aqui, muitos comentários. Montei cinco, uma para homenagear cada ano que escrevi aqui! 

1)  Nunca deixe de ler algum livro por causa da opinião alheia. Se você quer ler alguma coisa, leia. Ponto final. Não importa se é de um gênero mais “jovem”, se é “hot”, se é considerado “bobo”. Sua opinião literária não interessa a ninguém e ninguém tem o direito de te manter longe das páginas que você quer devorar. 

2) Personagens fictícios são reais! Se eles nos fazem chorar quando sofrem, sorrir quando estão felizes, nosso coração bater mais rápido ao se beijarem e acabamos por reler tudo várias vezes, eles são reais. Às vezes, são eles que nos ajudam a ter coragem para enfrentar nossos problemas. Muitas vezes são eles que nos mantém companhia quando, mesmo no meio de muita gente, nos sentimos só. Então tome conta dos seus favoritos, mas não seja ciumenta!  

3) Livros de autoajuda? Todo livro ajuda! Às vezes, sentimos tanto que não conseguimos expressar. Às vezes, tudo dói por dentro, mas ninguém entende. Tudo bem não estarmos bem. Nessas horas, uma boa opção é se isolar com o seu livro preferido e deixar aquelas linhas fluírem. Leia algumas em voz alta e deixa o ressoar da sua voz ajudar a relaxar os seus ombros, a tranquilizar sua respiração. Você consegue fazer o que quiser, mas às vezes precisa se lembrar disso. Abrace seu livro, lembre-se e conquiste o que você quiser. 

4) Mudar de opinião faz parte de crescer! Somos seres vivos e em constante aprimoramento e isso é lindo e necessário. É normal mudarmos de opinião não somente sobre literatura, mas sobre muita coisa. O legal é ver pelo ponto de vista de outra pessoa, ter empatia, entender mesmo que não concorde, ser tolerante. O que seria do mundo se todos nós gostássemos de um único tipo de livro, não é mesmo? Imagina como seria chato! Então vamos dar uma segunda chance para aquele livro que deixamos pela metade ou que não acreditamos muito na primeira leitura. Vamos refletir um pouco mais sobre cada página, cada assunto, cada momento decisivo. Crescer não dói. Ficar plantado em um único lugar, sim. 

5) Você é o protagonista da sua vida! Não importa se a rede social do Fulano tem mais viagens ou se o Instagram da Ciclana tem fotos dela de corpão. Você é a protagonista da sua vida, não é o Fulano nem a Ciclana! Então viva da melhor forma possível e seja feliz. A vida é tão sensacional quanto curta. Embarque nessa reviravolta de trama e faça de cada dia um capítulo digno de ser relido!

Muitos abraços e beijos para a equipe da Galera Record, que me aturou por aqui por cinco anos! Nossa, vocês são meus heróis! E obrigada a você, leitor, que embarcou comigo, com todos nós nesse blog. Escrevi muito por aqui, li também e aprendi demais! Trocar ideias e opiniões com vocês sobre tantos temas foi incrível e vou sentir muitas saudades. Continuarei a postar nas redes sociais e no meu blog e foi por isso o “temporária” no título desse post. Conto com a visita e a opinião de vocês por lá, hein!


Digo sempre que o que os livros juntam, nada separa e esse é o caso aqui. Obrigada por lerem! 

Vamos partir para a próxima aventura! 


15 de abr. de 2016

Papos de sexta: Manda bala!

Quem acompanha meus posts deve ter percebido que a procrastinação é uma velha conhecida minha, e de mãos dadas com ela está a dificuldade de concentração. Na esperança de driblar as duas, eu vivo buscando novas ferramentas de produtividade, e testei muitos aplicativos com essa finalidade. Mas a dupla papel+caneta continua imbatível para mim!

Minha nova mania é o Bullet Journal, uma mistura de agenda, calendário, lista de tarefas, caderno de rabiscos, e mais o que você quiser! O termo bullet refere-se àquele marcador que precede um item da lista de tarefas, mas também denota agilidade, e journal significa registro diário.

Portanto, o Bullet Journal é um sistema de registro rápido de informações. Foi desenvolvido pelo designer Ryder Carroll para ser customizável, e essa flexibilidade é a maior diferença entre o BuJo e uma agenda. Sua estrutura é modular e está dividida em: Key, Index, Future Log, Monthly Log e Daily Log.


A seção Key é uma legenda do seu caderno. Ryder sugere usar um ponto (•) para identificar as tarefas, um círculo (o) para os eventos e um traço (-) para outras anotações. Você também deve identificar o status das tarefas e eventos. Ele sugere um (x) para o que foi concluído, uma seta para direita (>) para o que foi migrado e uma seta para esquerda (<) para o que foi agendado em uma data específica. E basta riscar o que foi cancelado. Ryder ainda sugere identificar as prioridades com (*), as inspirações com (!) e os itens a pesquisar com o desenho de um olho — mas eu raramente uso os dois últimos. Vocês vão perceber que eu fiz algumas adaptações no método! rs


No Index, ou índice, você lista os tópicos do seu BuJo e as respectivas páginas (ou intervalos de páginas) onde eles se encontram. No caso de tópicos recorrentes, basta indexá-los assim: "nome do tópico: 5-10, 23, 34-39, etc”. Eu não numero todas as páginas do caderno antecipadamente e prefiro fazer isso a cada dia, para não esquecer de anotar no índice ;)

Em seu Future Log, ou registro futuro, você escreve os principais eventos ou tarefas para os próximos três, seis ou doze meses (de acordo com suas necessidades). Existem várias maneiras de se fazer isso, a minha favorita é o Calendex (o método está explicado no site oficial).

Monthly Log é o seu registro mensal e consiste em calendário mais lista de tarefas do mês. Você pode escrever os dias do mês verticalmente em uma página, mas eu prefiro desenhar um calendário tradicional (novamente, escolha o que funciona melhor pra você). O calendário serve de referência para o mês, o mais importante é a lista que deve incluir as tarefas migradas de outros meses.


Daily Log é o seu registro diário e serve para organizar o dia-a-dia. Você escreve a data, lista suas tarefas e eventos, faz anotações ao longo do dia etc. Depois, basta pular uma linha e fazer o mesmo no dia seguinte, sem desperdício de papel.

Ao final de cada dia, semana e mês, dê uma olhada nos logs anteriores, analise as tarefas que não foram concluídas, migre as que continuam relevantes e risque do caderno as que perderam importância. Migre também as tarefas e eventos do Future Log para o mês correspondente.

O Bullet Journal pode parecer trabalhoso, mas segundo Ryder Carroll isso é intencional. O processo de reescrever os ítens, de pausar e considerar cada um deles, é fundamental para o sucesso do método. Você toma consciência dos seus padrões e hábitos, e destila o que realmente vale seu tempo e esforço.


Ainda é cedo para dizer se estou mais organizada e eficiente, mas o BuJo também está servindo para eu treinar a caligrafia e exercitar minha criatividade. Quem ficou interessado, dá uma passada no site oficial para maiores informações (está em inglês, mas o vídeo e as fotos ajudam bastante). Vale também se inspirar no Instagram e Pinterest. E podem postar dúvidas nos comentários, que eu tentarei esclarecer :)

14 de abr. de 2016

Galera entre Letras: O Meu Autor Favorito, Esse Desconhecido

Não sei se essa situação já aconteceu com vocês: vocês adoram um livro que pouca gente — ou ninguém — conhece.

Bom, isso volta e meia acontece comigo e pelos mais variados motivos. Primeiro, porque eu leio em outros idiomas, além do inglês. Depois, porque eu gosto de vários gêneros literários e nem sempre quem convive comigo gosta ou conhece esses gêneros. Mas, em geral, isso acontece porque o mercado editorial em todos os idiomas é bastante grande e, como eu já comentei aqui com vocês, nem sempre os livros que saem no exterior são publicados aqui no Brasil.

E também já aconteceu, claro, de receber boas dicas de amigos sobre autores que eu não conhecia! Não dá pra saber de tudo o tempo todo! rs

Hoje eu quero falar de dois autores dos quais eu gosto muito, que foram premiados no exterior, mas que pouca gente conhece: Frances Hardinge e César Mallorquí. Uma autora inglesa e um autor espanhol que já receberam muitos prêmios por seus livros e que fogem um pouco ao tipo de livros com os quais estamos acostumados. Pra falar deles, escolhi o meu livro favorito de cada um. E, por coincidência, os dois foram publicados há alguns anos, em 2012!

Pra quem tem facilidade com idiomas, as primeiras páginas do livro do César Mallorquí estão disponíveis no site da editora que o publicou na Espanha (seu idioma original), aqui.

O livro do César se chama “La Isla de Bowen [A Ilha de Bowen]”. Eu adoro livros de aventura que se passam em alto-mar e “La Isla...” além de ser um livro de aventuras, também é um livro policial! A melhor maneira de descrevê-lo é como um mash-up entre “A Ilha do Tesouro” — um clássico dos livros de aventuras em alto-mar! —, “A Liga dos Cavalheiros Extraordinários” e as aventuras de Sherlock Holmes. E no livro tem um personagem que homenageia um autor famoso, que também é homenageado em “A Liga...”! A história se passa no início do século XX e traz vários detalhes interessantes sobre as expedições exploratórias aos círculos polares — a ilha de Bowen do título fica bem além do Círculo Polar Ártico —, além de um mistério de arrepiar os cabelos.


“A Face Like Glass [Rosto de Vidro, numa tradução bem livre]”, da Frances Hardinge, é um dos livros YA mais bonitos que já li! A história se passa numa cidade subterrânea conhecida como “Caverna” e a população de lá não sabe demonstrar emoções. Seus rostos não têm vida e qualquer emoção ou lembrança é apagada de suas mentes por meio de vários artifícios. Pra aprender a demonstrar as emoções, é preciso pagar caro (literalmente!). Até que Neverfell, uma garotinha sem memória, aparece na cidade e se torna uma ameaça à sua aparente ordem — Neverfell demonstra o tempo todo o que sente em seu rosto.

O livro questiona o fato de nos basearmos nas aparências e o quanto as nossas emoções são reprimidas em consequência disso.


Pra quem quer conhecer esses dois autores, acho que “La Isla...” e “A Face Like Glass” são uma bela introdução, e podem ser encomendados nas livrarias mais conhecidas.

E vocês? Têm alguma dica de livro que pouca gente conhece?

1 de abr. de 2016

PAPOS DE SEXTA: O FINAL DECEPCIONANTE

Certamente já aconteceu com você. Se o livro é parte de uma série então, isso faz com que as chances de ver seu personagem favorito indo para caminhos que você não escolheu sejam ainda maiores. E como assim aquele autor se sente no direito de mudar o rumo de uma história que ele já havia definido?
Afinal de contas quem é o “dono” daquela história? O autor, que criou o personagem, que nos fez gostar dele e nos envolveu em toda aquela atmosfera, ou nós leitores, que nos apegamos, e por isso temos a expectativa de que ele siga o que — em nossa cabeça — seria um final feliz? A resposta para mim parece clara: a história é do autor, e quem define o rumo que ela toma é ele.
Sei que dói, que causa desgaste na relação com o leitor, quando o final escolhido não é nem de longe o que a gente sonhou para aquele protagonista que já parece um amigo íntimo depois de mais de 10 livros.
Meg Cabot é uma de minhas autoras favoritas, e foi com ela minha primeira decepção literária séria. Em 2009 quando ela veio ao Brasil, escolhi autografar Rainha da Fofoca, livro pelo qual sou apaixonada. Mas, então, veio a continuação. E gente, eu tinha muita vontade de ligar para ela e perguntar onde ela estava com a cabeça quando fez aquilo com a protagonista. Que rumo foi aquele? Eu fiquei cerca de trinta minutos, após finalizar a leitura, olhando para o nada, pensando em como ela podia ter feito aquilo comigo. Na minha cabeça de fã, achei melhor esquecer que li a continuação e inventei que só existia o primeiro volume da série, só pra mim.
Doida? Um pouco. Só quem ama ler e se apega aos personagens sabe do que estou falando. É uma relação intensa que não consigo entender, por mais insano que pareça a autora não ter ouvido seus leitores...
Claro que isso passa logo, já que quando volto ao meu estado normal sei muito bem que a história me é emprestada. Por mais que releia o livro, ele não é meu, ele é do autor, e ele gentilmente, e felizmente, dividiu seus personagens comigo!
Certa vez vi que Cassandra Clare falou em uma entrevista sobre o como tinha receio do que os fãs de seus livros iam achar dos finais que ela escrevia. Sabendo da idolatria por seus personagens, ela reservou-se o direito de escrever e parar de ler o que postavam para ela nas redes sociais.
Claro que para tudo há um limite, não podemos confundir realidade com ficção, por mais que a tentação seja grande.
Cabe a nós aprender a aceitar os finais escritos pelos autores, e para quem não se conforma, há sempre a opção da fanfic. Com ela, seu personagem favorito forma casal com quem você deseja e o final é você quem faz.
 Viu? Sempre há uma saída para finais decepcionantes.

24 de mar. de 2016

PAPOS DE QUINTA: FEMINISMO, FAÇA A SUA PARTE




“Existe um lugar especial no Inferno para mulheres que não ajudam outras mulheres”. Essa frase foi dita pela política americana Madeleine Albright, a primeira mulher a ser nomeada Secretária de Estado dos EUA. Eu concordo demais com essa afirmação, mas o que me dói não é o fato de saber que, infelizmente, sou minoria. É o fato de que demorei para me dar conta disso.

Hoje posso afirmar que sou uma feminista. Sou uma executiva (sim, gente! Para quem não sabe, sou Gerente de Comunicação Interna em um grupo empresarial gigante no Brasil), sou casada com um homem que amo muito e tenho muitos planos para minha vida pessoal e profissional. Sou filha única e cresci envolvida com minha família, formada por membros de personalidade forte. O resultado é que não sou dessas que ouve uma gracinha e não reage. Eu não levo desaforo para casa! Desde pequena sou assim. Tentaram praticar bullying comigo no Ensino Médio, mas resolvi a situação com a Diretoria e a menina (era uma meninA!) foi punida. Já sofri leves assédios morais e sexuais no ambiente de trabalho, mas sempre me defendi de todos, sem ferir minha posição nas empresas que trabalhei. E nunca, em momento algum, me culpei pela situação.

Por tudo isso que citei, não entrava na minha cabeça mulheres que aceitavam caladas situações que as deixavam incomodadas. Na minha concepção era tão simples resolver! Bastava dizer que não queria e pronto, vida que segue. Mas ao crescer, fui me dando conta que não somos todas iguais. Que, às vezes, mulheres sofrem sozinhas porque não encontram empatia em outras mulheres. E isso sim é um absurdo.



Quando pensei em escrever essa coluna, a primeira coisa que veio a cabeça foi “não estou preparada para isso. Preciso ler mais sobre o assunto, estudar mais, refletir”. Mas entendi que escrever agora, no meio da minha pesquisa, da minha busca por mais informação sobre o feminismo, era exatamente o que eu tinha que fazer.

Sou feminista porque acredito na igualdade de direitos para homens e mulheres. Sou feminista porque acredito que mulheres devem ir e vir de onde e para onde quiserem, usando o que quiserem e se sentirem seguras. Ninguém vive bem sentindo medo o tempo todo e sim, nós mulheres sentimos medo o tempo todo. O problema é que é tão marcado na nossa raiz que é considerado comum, normal, faz parte de ser mulher. Mas não pode ser assim!

No início deste texto, disse que já sofri alguns leves assédios morais e sexuais no trabalho. Por que, em nome de Nossa Senhora, eu achei isso normal? Por que eu achei que “fazia parte do ambiente de trabalho” passar por isso? Embora saiba e tenha me defendido, não invalida o fato de que não deveria ter acontecido! E isso é o que quero dizer quando falo que estou me descobrindo feminista agora. Se defender do assédio – seja ele qual for – não é a questão. A questão é que ele não deveria ser cometido, ser aceito como prática normal!

Mulheres são incríveis, complexas, difíceis. Não somos melhores nem piores do que homens, somos diferentes e essa diferença precisa ser respeitada e não depreciada, penalizada.



Sou feminista sim, mas estou aprendendo a ser. No momento, estou buscando livros sobre o tema para ler (entre eles, o Vamos juntas?, da Babi Souza), relendo alguns e entrando em contato com amigas para tomar um café e entender outros pontos de vista sobre o tema.  Falar sobre feminismo nunca será o suficiente e sempre terão diversos aspectos a serem considerados, o que mostra a importância do assunto. Mas que tal começar cada um na sua casa, debatendo sobre conteúdo não sobre cascas? Vamos fazer a nossa parte?

Obs: E na literatura? Como fica o feminismo? A Rafaella Machado mandou muito bem no post sobre isso aqui. Dá uma lida e vemos refletir!
Design et-cetera: Trono de Vidro

17 de mar. de 2016

Design et cetera: 4 livros feministas da Galera e por que lê-los

Meu post hoje vai pegar carona no Dia Internacional da Mulher e deixar de lado um pouco o design pra falar de feminismo. Ainda tem MUITA gente que não entende direito o que é feminismo e desconhece a necessidade das mulheres de lutarem pelos direitos iguais e pelo empoderamento.

Às vezes, entre uma cantada e outra na rua, ou sempre que vejo uma menina chamando outra de vários nomes feios, brigando e julgando umas às outras, me dá uma preguiça enorme de lutar por algo que, infelizmente, ainda falta muito para ser vencido. O que fazer nessas horas, gente?

Simples. Leia um livro. Feminista. E indique para uma amiga.

Aos poucos, uma empresta à outra e, com a ajuda de autoras poderosas e personagens femininas fortes, o mundo vai mudar.

Minha primeira dica do dia é:




Vamos juntas? da Babi Souza

POR QUE LER?

Recém chegado da gráfica e ilustrado e LINDO, o livro é um guia sobre sororidade, que é a BASE do feminismo. Incentiva a gente, enquanto mulher, a apoiar umas às outras, sem essa de competição, de julgar a vida sexual, o corpo, a vida afetiva das migas. Se a gente quer acabar de uma vez por todas com o desrespeito e a misoginia, o primeiro passo é estarmos unidas, né?


Olympe de Gouges

POR QUE LER?

Além de ser uma graphic novel com ilustrações incríveis, o livro conta a história verídica da  escritora, autora de peças de teatro,  jornalista, revolucionária e feminista que viveu durante a Revolução Francesa. Pra você ver que o feminismo não nasceu ontem e devemos muitos dos nossos direitos às mulheres corajosas do passado. Se é difícil hoje, imagina na época delas.


Série: Era outra vez

POR QUE LER?

Imagina a história da Cinderella recontada, só que em vez de brigar com as irmãs pelo amor do príncipe, ela se unisse a elas para virar empreendedora? Afinal, o príncipe é meio banana e Cinderella não quer viver de faxina, nem na casa da madrasta e nem no palácio real, não é mesmo?


Corte de espinhos e rosas

POR QUE LER?

Imagina um conto de fadas incrível, romântico, cheio de mitologias belas em que o CARA está em apuros e a donzela, nada frágil, enfrenta seus piores medos para conquistar seu boy de volta. Agora imagina que a autora de Trono de Vidro, a deusa da Sarah J. Maas, é que escreveu? Não precisa mais imaginar, só ir na livraria que o livro existe e é lindo e incrível e ok, parei.

E lembre-se, meninas: somos todas divas!



16 de mar. de 2016

Galera Pop: American Crime Story


Ryan Murphy é nosso conhecido desde a época de Glee. Depois veio American Horror Story, The New Normal e Scream Queens. Então, claro, quando fiquei sabendo que ele produziria American Crime Story já me interessei. Afinal, as séries dele não costumam decepcionar.

American Crime Story segue o estilo antológico de American Horror Story, cada temporada apresenta uma história diferente. Nesse caso tendo como foco um crime famoso acontecido nos Estados Unidos. A primeira temporada, The People v. O.J. Simpson, vamos acompanhar os bastidores do julgamento de O.J. Simpson.


O.J. é um ex-jogador de futebol americano acusado de matar sua ex-mulher Nicole. A história se inicia logo após o crime e gira em torno do julgamento. O julgamento acontecido em 1994 foi transmitido pela TV, coberto exaustivamente pela imprensa e causou furor nos EUA, considerando que o acusado era uma figura muito famosa e querida pelo público. Li em alguns lugares que é considerado o “Julgamento do Século”... então tá.


Se você, como eu, é um pouco entendido da vida das celebridades o nome de O.J. Simpson vai parecer familiar. O ex-jogador foi defendido por Robert Kardashian, grande amigo dele e pai do clã Kardashian. Sim! Kim, Khloé, Kourtney e Rob são filhos de Robert que foi casado com Kris Jenner e faleceu em 2003. Até então ele não era “famoso”, o nome Kardashian ficou conhecido durante o julgamento. No início do terceiro episódio tem uma cena bem engraçadinha com Robert dando uma lição para os filhos que estão ficando impressionados com a repentina fama do papai “Vocês me conhecem e o que tento ensinar a vocês. Somos Kardashians. E nessa família, ser uma boa pessoa e um amigo leal é mais importante que fama. Fama é passageira. É vazia. Não significa nada sem um coração virtuoso.” Não preciso dizer que eles não absorveram bem o recado.


No elenco temos muitas carinhas conhecidas. Cuba Gooding Jr interpreta O.J. Simpson, John Travolta, que dispensa apresentações, é Robert Shapiro, um dos advogados de O.J., David Schwimmer, o Ross de Friends - saudades! Ele não faz muita tv e nem cinema, focou mais no teatro -, faz Robert Kardashian, amigo e advogado do acusado. Além de Sarah Paulson (American Horror Story) como a promotora Marcia Clark, Selma Blair no papel de Kris Jenner e participação de Connie Britton (Nashville) como Faye Resnick.


Mal comecei a assistir e fiquei grudada. Gosto de série assim, que já gruda na nossa cabeça e nem dá chance para desistir.  

Xoxo