30 de set. de 2013

Tons da Galera:Uma louca jornada de NY a Paris

Conforme prometido no último post, aí vai um resumo (não tão sério como prometido porque, né? Como conseguir ser sério quando se vê sapatos-esfregão na passarela?) da avalanche de desfiles mundo afora no mês mais importante do mundinho fashion. O roteiro foi: NY – Londres – Milão – Paris.
As promessas são para o próximo verão (para o hemisfério norte, para a gente é só o que começa em dezembro do ano que vem, ou seja, muito tempo pra absorver tudo e aderir – ou não).
Todas as cidades mostraram muito preto e branco em lisos ou estampas abstratas (nada de calças e ternos listrados à la Bettlejuice, por favor!) ou simples florais, também em p&b. Some a isso silhuetas esportivas-chic e clean anos 1990, barrigas de fora em tops cropped (bustiês no caso da extravagante Milão), holográficos e furta-cor (sereias estão com tudo, e vou falar mais disso num post futuro), os já esperados pastéis, e muito, mas muito rosa. Reza a lenda que quem não tiver um casaco rosa nos próximos meses está perdido
P&B, 3D, Rosa e branco.
Quanto a pequenos destaques de cada cidade, Nova York esbanjou lisos em cores chave: azul-bic, amarelo, branco e rosa lavanda. Londres, dona de uma moda sempre jovem e irreverente, apostou em barras desfiadas (especialmente nos jeans), pregas e vestidos mullets dramáticos, com caudas de noiva ou de sereia (olha elas de novo).  E finalmente Milão abusou de florais em 3D bordados em tecidos (Sienna Miller usou numa saia e top cropped para o Oscar desse ano e foi supercriticada, vejam só. Melhor confiar em Sienna da próxima vez).
Mas numa temporada de desfiles que tem a alucinada editora da Vogue Japão Anna Dello Russo como a figurinha mais carimbada, o destaque mesmo só podia ter sido o que se viu em Paris. Além da variedade enoooorme de tendências e maluquices apresentadas, os babados não se resumiram aos vestidos rendados e românticos vistos em vários de seus desfiles. Jean Paul Gaultier realizou um desfile-musical mucho loco chamado Let’s Dance with the stars, Nina Ricci foi a mais recente vítima do tradicional protesto em desfile, dessa vez pelas feministas do Femen, que entraram de topless na passarela, Rick Owens apresentou um desfile performance , e testemunhamos o nascimento dos sapatos esfregão da Rochas. Sim, porque teve gente que levou a sério os sapatos de pelo da Celine, ano passado.
 Paris é sempre uma festa: protestos, performances, festinha, e o sapato-esfregão.


27 de set. de 2013

Papos de sexta: Agradecimentos e histórias engraçadas

Vamos falar sério, hoje. Quantos de vocês leem o livro todo? Quando eu digo “todo”, eu quero dizer todo meeeesmo. Desde a orelha até a última folha em que está escrito o tipo de papel em que o livro foi impresso. 
Bom, eu faço isso com os livros que gosto. Praticamente busco qualquer palavra a mais que eu possa absorver de uma história incrível.  Mas existe uma coisa que eu acho ainda MAIS especial. Inclusive, acho que todos os livros deveriam ter. Estou falando dos “Agradecimentos”. Sim, aqueles textos que a maioria ignora. 
Há diversos discursos de agradecimentos: os divertidos, os sistemáticos, os dramáticos e os emocionantes. Eu não sei se foi apenas TPM, mas me lembro de já ter chorado com um texto de agradecimento de algum livro! Uma pena eu não lembrar qual era agora. 
Aposto que a maioria de vocês nem presta muita atenção, né? Conheço várias pessoas que simplesmente ignoram a riqueza de um texto de agradecimento. Principalmente se eles são apresentados no começo do livro. Os leitores apressados simplesmente viram páginas até chegar ao primeiro capítulo. Vocês não sabem o que estão perdendo!
Ok, alguns agradecimentos são bem sem graça, automáticos e sem vida. Mas tem cada um lindo! Adoro quando os autores, ao fecharem uma série, escrevem aquele longo discurso e ainda agradecem os leitores que os acompanharam até o fim. Há também as declarações de amor ou fatos curiosos e engraçados sobre o processo de escrita, pesquisa ou publicação do livro. É todo um mundo novo sobre o qual o autor escreveu. Não é como ler o blog do autor ou acompanhá-lo no twitter. O texto está ali, no livro.
Meg Cabot agradeceu aos fãs de A Mediadora e O Diário da Princesa que acompanharam suas protagonistas até o fim. Rachel Hawkins fez o que prometeu se fosse publicada: um “Oi, Dallas”. Já John Green e David Levithan fizeram um “Reconhecimentos” (no lugar de Agradecimentos) em Will & Will com fatos engraçados e aleatórios que envolvem desde “dedo no nariz” até “colar na prova”.
Muito amor por autores que se preocupam em escrever o texto de agradecimento, acrescentar notas ou curiosidades. Muito obrigada! Sem dúvidas vocês tornam a experiência da leitora aqui ainda melhor.
E vocês, leem tudo? Já tiveram alguma experiência com um texto inusitado nos Agradecimentos de um livro?

26 de set. de 2013

Design et cetera: As capas da Galera

Oi gente, tudo bem? Hoje vou compartilhar com vocês algumas das nossas capas adaptadas, compradas e 100% originais da Galera. Começando com uma série NOVA e maravilhosa que acabamos de lançar: MERLIN.
Para quem não sabe, a série é incrível e as ilustrações da capa também. São sete livros no total. De início, pensamos em comprar os direitos da imagem gringa, mas nem sempre vale a pena para a gente. Nesse caso, ficaria um pouco caro comprar um pacote com as sete capas estrangeiras então resolvemos encomendar para um ilustrador que presta serviços para a Galera, e aproveitar para valorizar os artistas brasileiros. Enfim, essa é a capa original:

E essa é a nossa versão

Eu sou suspeita para falar, claro, mas acabei preferindo a nossa versão! E vocês?
Outro exemplo de capa que desenvolvemos inteiramente por aqui é Duelo ao Luar. Esse é o terceiro volume da série Nightshade, da Andrea Cremer. Por algum motivo que não consigo entender, a editora americana resolveu mudar o projeto de capa deles e achou legal encerrar a trilogia com essa moça meio brega usando um casaco de pele com um lobo atrás. 

Sem comentários, né? A gente não ia fazer uma capa inspirada nessa versão (claro) então surgiu o dilema: qual seria o briefing da nossa capa? Bem, no primeiro livro da série a capa é branca e roxa com uns elementos de inverno. E no segundo volume ela é verde, meio primavera. Então para Duelo ao Luar resolvemos seguir em tons outonais e o resultado foi esse:
Quando a capa original não ajuda, o jeito é inventar tudo do zero. Mas quando a capa é linda de morrer, a gente vai em frente mesmo e compra os direitos. É o caso dos livros: Todo Dia, de David Levithan, Fator Nerd, de Andy Robb e Trono de Vidro (a versão inglesa), de Sarah Maas. (A versão americana de Trono de Vidro tem o rosto da personagem na capa, e sabemos o quanto vocês - e nós, odiamos isso, hehe, então optamos pela inglesa)
                                    

                                   
                                  

       

Lindas essas adaptações, não é mesmo? E o melhor é que não só a capa é linda mas os livros são muito legais também, como sempre :) é isso, gente. Um beijo e até a próxima! 





20 de set. de 2013

Papos de sexta: Passo a passo e passatempo

Além da leitura, cultivo outros dois hábitos desde pequena: escrever e desenhar. Lembro que eu descia para o playground do prédio, munida de um caderno e lápis, e passava horas rabiscando na companhia das amigas. Escrevíamos histórias, poesias, letras de música, e depois ilustrávamos. Era o meu passatempo favorito.
Meus pais não encanavam com isso. Sempre fui boa aluna e, desde que não prejudicasse minhas notas, eu podia passar o tempo como quisesse. Eu nunca reprovei na escola e fiquei em recuperação apenas uma vez, mas não via utilidade em aprender todas aquelas fórmulas quando o meu dom era com letras e traços. Até os professores reconheciam isso, me chamando para ler as redações na frente da turma - e me matando de vergonha - ou me deixando encarregada, nos trabalhos em grupo, de qualquer coisa que exigisse habilidade artística.
Sobrevivi ao ensino médio e cheguei ao vestibular certa de que queria cursar comunicação social, assim não precisaria optar entre texto e imagem, e ainda leria bastante. Me formei, mas faltava alguma coisa, então cursei artes gráficas. Estagiei no marketing de um jornal, trabalhei como redatora em agências de propaganda, e depois como designer de interfaces em empresas de TI. Fui sócia de uma marca de camisetas que era sucesso em uma feira de moda do Rio de Janeiro, mas continuava faltando algo na minha vida. 
Foi quando me dei conta de que, com a correria do dia-a-dia, eu havia deixado os meus hobbies de lado. Eu me entregava apenas às leituras da minha área, e quando escrevia ou desenhava, era por obrigação e não prazer.
Comecei um blog literário para me reaproximar das minhas paixões. Era novamente um passatempo, mas o destino se encarregou do resto. Conheci o pessoal da editora em um evento literário, mais precisamente no lançamento de “Cidade dos Ossos”, e como tantos outros blogueiros, me tornei parceira. Fui convidada a apresentar eventos dos lançamentos da Cassandra Clare e L.J. Smith. Por indicação de outra blogueira, a Lívia do Leiturinhas, passei a escrever pareceres dos manuscritos e a sugerir alguns títulos para publicação. E agora cuido das redes sociais de um dos selos do grupo.
O que era um passatempo virou uma maneira de ganhar a vida. Reparem que não usei a palavra dinheiro, porque não acredito em fazer as coisas apenas com esse propósito. O trabalho ideal é aquele que paga as contas sim, mas que ao mesmo tempo nos deixa com um sorriso no rosto. “Faça o que ama e não trabalhará nem um dia em sua vida”, já dizia Confúcio.
Escolhi esse tema para o Papos de Sexta porque reencontrei alguns amigos na Bienal que abandonaram suas paixões por conta da escola, faculdade ou emprego, e gostaria de compartilhar a minha história com eles. Lembrem-se: vocês podem recomeçar quantas vezes for preciso.
Movida por curiosidade, eu passei por diversas áreas e aprendi muito em cada uma delas. E por mais que eu sentisse na época que estava andando em círculos, hoje vejo que cada passo me levava na direção certa. Não tenham medo das mudanças, pois elas nos colocam em movimento - e ninguém merece ficar estagnado -, mas deem importância aos seus passatempos. As atividades realizadas por vontade própria, e não por imposição, são o passo a passo para a realização pessoal e profissional.
Termino com um trecho do manifesto Work is not a job, das designers Sophie Pester e Catharina Bruns (vale a pena conhecer o trabalho dessas duas):
“Siga seu coração ou ele vai para sempre lembrá-lo de que algo está faltando.”

19 de set. de 2013

A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA?

Eu não sei vocês, mas eu sou obcecada com os parágrafos iniciais dos livros. Já faz um bom tempo que coleciono o primeiro parágrafo de livros clássicos e, de uns tempos pra cá, ando anotando as frases iniciais que mais me chamam atenção nas histórias que leio. 
Até então, eu achava que era só mania minha, mas há algum tempo, li um artigo do Stephen King que falava das semanas (às vezes, anos) que ele leva para escrever a primeira frase de um livro, e de como vai reescrevendo sem parar até encontrar as palavras certas. 
Claro que ninguém deixa de ler um livro se as primeiras frases forem ruins, mas eu me lembro de já ter lido livros ruins por causa de uma frase inicial boa (e de um título bom também, outra das minhas obsessões).
Pra mim, os primeiros parágrafos ideais são aqueles que me ajudam a compor mentalmente o local e o tempo em que a história se passa. E se começar com uma frase épica do tipo “há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante...” (ok, esta frase não vem de um livro, mas tem o nível de epicidade perfeito pra vocês entenderem do que estou falando...), bom, já me ganhou! 
E tudo bem se as primeiras linhas me põem diante de um drama realista e das consequências de um evento trágico: eu também adoro derramar lágrimas pelos personagens!
Outra coisa que me atrai é quando percebo que as primeiras linhas me remetem a histórias clássicas que eu já li, assim fica parecendo que eu e o autor compartilhamos um segredo. Um dos meus livros favoritos é Pequeno Irmão, do Cory Doctorow. Não tem como não simpatizar com o Marcus Yallow, um dos caras mais vigiados do mundo, e que, antes de a história começar, era conhecido como “w1n5t0n” (e nada de achar que se pronuncia “dáblio-um-ene-cinco-tê-zero-ene”!). É Winston mesmo, tal como o protagonista do livro 1984. Deu pra entender?!
E essas frases iniciais podem ser tão marcantes que transformam o seu modo de encarar a realidade. “O céu de início de verão tinha cor de vômito de gato.” Nunca mais consegui olhar para o céu sem lembrar disso. Não sei se vocês sabem, mas esta frase de Feios, do Scott Westerfeld, é uma homenagem a Neuromancer, de William Gibson, que inicia assim (uso aqui a tradução de Fábio Fernandes para a editora Aleph): “O céu sobre o porto tinha a cor de uma televisão sintonizada num canal fora do ar.” 
Legal, né? O Westerfeld não só cria uma das frases mais incríveis para a abertura de um livro como ainda homenageia um mestre da ficção especulativa! Tem que ser muito gênio pra fazer isso!
E aproveitando que no dia 30 de setembro se comemora o dia do tradutor, resolvi homenagear o trabalho dos colegas citando os primeiros parágrafos de quatro traduções que eu amo. Tem de tudo aqui: drama, epicidade, conspirações e... vômito de gato!!!
Divirtam-se e boas leituras até o mês que vem! 
A Companhia Negra, de Glen Cook. Record, 2012. Tradução de Edmo Suassuna.
Houve prodígios e maravilhas suficientes, é o que o Caolho diz. Temos de culpar a nós mesmos por interpretá-los mal. A deficiência do Caolho não prejudica nem um pouco sua admirável capacidade de olhar para trás.
Relâmpagos num céu limpo atingiram a Colina Necropolitana. Um dos raios acertou a placa de bronze que selava a tumba dos forvalakas, obliterando metade do feitiço de confinamento. Choveu pedras. Estátuas sangraram. Sacerdotes de vários templos relataram vítimas de sacrifício sem corações ou fígados. Uma dessas vítimas escapou depois de ter as tripas abertas, e não foi recapturada. Na Caserna da Forquilha, onde as Coortes Urbanas estavam aquarteladas, a imagem de Teux se virou completamente para trás. Por nove noites seguidas, dez abutres negros circularam o Bastião. Então um deles expulsou a águia que vivia no topo da Torre de Papel.
Feios, de Scott Westerfeld. Galera Record, 2010. Tradução de Rodrigo Chia.
O céu de início de verão tinha cor de vômito de gato. Obviamente, Tally pensava, quando a dieta do seu gato se resume por um bom tempo à ração sabor salmão. Movendo-se rapidamente, as nuvens até lembravam peixes, desfeitas em escamas pelos ventos das altitudes elevadas. À medida que a claridade se ia, lacunas azuis da cor do mar apareciam, como um oceano de cabeça para baixo, frio e infinito. Num verão qualquer, um pôr do sol como esse teria sido lindo. Mas nada era lindo desde que Peris havia se tornado perfeito. Perder seu melhor amigo é uma droga, mesmo que apenas por três meses e dois dias.
Métrica, de Colleen Hoover. Galera Record, 2013. Tradução de Priscila Catão.
Kel e eu guardamos as duas últimas caixas no caminhão de mudança da U-haul. Puxo a porta para baixo e tranco o ferrolho, fechando lá dentro 18 anos de lembranças, incluindo todas as relacionadas com meu pai.
Ele morreu há seis meses, tempo suficiente para que meu irmão de 9 anos, Kel, não chore mais toda vez que falamos nele. Mas ainda é pouco tempo para aceitarmos as consequências financeiras de se passar a ter um lar com apenas um chefe de família. Um lar incapaz de arcar com os custos de ficar no Texas, na única casa que já conheci.
Pequeno Irmão, de Cory Doctorow. Galera Record, 2011. Tradução de André Gordirro.
Sou aluno do último ano do Colégio Cesar Chavez de São Francisco, localizado no ensolarado bairro de Mission, o que me torna uma das pessoas mais vigiadas do mundo. Meu nome é Marcus Yallow, porém, quando esta história começou, eu me chamava w1n5t0n. Se pronuncia “Winston”.
Não se pronuncia “dáblio-um-ene-cinco-tê-zero-ene”, a não ser que a pessoa seja um inspetor sem noção, daquele tipo que está tão por fora que ainda chama a internet de “a supervia da informação”.
Quem quiser deixar seus primeiros parágrafos preferidos nos comentários pode fazer isso também!
Essa ilustração incrível é do Tom Gauld. Dá pra conhecer mais sobre o trabalho dele aqui: http://www.flickr.com/photos/tomgauld/

18 de set. de 2013

Galera Pop – ELYSIUM

Neill Blomkamp é o cara que surpreendeu o mundo em 2009 com sua pequena obra-prima Distrito 9. Veio ali da Nova Zelândia, como quem não quer nada, somente apadrinhado por Peter Jackson, e, de repente, concorreu a quatro Oscars, incluindo Melhor Filme e Roteiro Adaptado – fato raro para a ficção científica, gênero que alimenta a temporada de blockbusters, mas leva históricas esnobadas da Academia.
Dito isso, todo mundo ficou de olho em Elysium, a estreia americana de Blomkamp, com orçamento gigante, elenco capitaneado por um astro – Matt Damon – e mais um pouco do comentário social que diferenciou Distrito 9 das massas acéfalas. O problema, porém, está aí: é apenas “mais um pouco” a serviço de um filme que se perde no contexto, vira uma correria embasada por viradas de trama sem sentido, e que derrapa na maldade de vilões sem nuances (Jodie Foster e Sharlto Copley, esse o protagonista de Distrito 9.)
Vamos à trama: em uma Los Angeles (sempre ela, a metrópole do futuro por excelência) de 2154, a humanidade vive em um favelão (perdão, “comunidade”) planetário, explorado pelo 1% que mora nas alturas, em uma comunidade fechada que orbita a Terra morta. Pense em um daqueles idílicos condomínios da Barra da Tijuca (insira aqui o bairro emergente e segregacionista da sua cidade) sobre uma imensa Rocinha (insira aqui a maior favela da sua cidade). Nesse ambiente vive Max (Matt Damon), ex-ladrão de carros e agora operário-não-muito-padrão de uma corporação maligna. Após receber uma dose letal de radiação em um acidente no serviço, ele tem apenas cinco dias de vida – e cinco dias para fazer uma viagem clandestina a Elysium, onde a medicina dos ricos poderá salvá-lo. Só que Elysium costuma tratar invasores a bala, e, para entrar lá, Max vai precisar da ajuda de um contrabandista experiente, Spider (Wagner Moura, com um sotaque que beira o risível e uma caracterização chavão de cyber Che Guevara; ele não merecia uma estreia americana tão calcada em um personagem, digamos, folclórico).
Elysium marca a estreia de Wagner Moura em Hollywood

Já é possível enxergar que Elysium trata de temas atuais que incomodam a sociedade americana, como a abertura de fronteiras para imigrantes e um sistema de saúde igualitário e gratuito. Max quer ter o direito de imigrar para uma terra dos sonhos a fim de se curar. Mas as questões sociais são meros trampolins para um filme que erra o tom e descamba para a ação genérica, muitas vezes sem sentido. Elysium lembra, no caso, o Vingador do Futuro original, que também fazia um comentário social amparado na figura de herói de ação de Arnold Schwarzenegger. Mesmo com Jason Bourne no currículo, Matt Damon não convence em papel similar (um simples operário que liberta seu povo no muque e no tiro), nem mesmo ao usar um exoesqueleto meio sem propósito. A transição de homem comum para super-herói falha miseravelmente. Talvez o que atrapalhe Neill Blomkamp tenha sido o ar messiânico que ele imprimiu ao personagem de Matt Damon, que reduz sua motivação a um simples determinismo quase religioso ou digno da pior literatura de auto-ajuda. Elysium dá a impressão de ser um filme perdido do Paul Verhoeven dos anos 80, sem o brilhantismo do mestre.
Mais informações no site oficial: http://www.itsbetterupthere.com/site/

16 de set. de 2013

Tons da Galera: The september issue

O que faz de setembro o mês oficial da moda no mundo todo? Bom, para começar, é quando as marcas desfilam suas coleções primavera/verão do ano seguinte; Nova York já teve a sua e agora está acontecendo a de Londres.
É quando as edições das nossas revistas de moda favoritas vêm mais gordas, caprichadas e com mais anúncios (leia-se $ investido em publicidade). O cuidado com a tal “September issue” da Vogue é tanto, que virou documentário .
É também quando lojas do mundo todo promovem o evento Fashion Night Out, que por aqui ocorre no Rio de Janeiro, em 17 de setembro, e São Paulo, dois dias depois.

Setembro é quando vemos as primeiras fileiras dos desfiles repletas de celebridades top (Nicole Kidman na Calvin Klein) e as primeiras páginas dos tabloides com as mesmas celebridades em momentos não tão glamourosos (Nicole Kidman sendo atropelada por uma bicicleta minutos depois). 
Nicole antes
Nicole depois, no chón







É quando vemos o circo que se tornou os arredores das tendas de desfile de fashion wannabes desesperadas para serem clicadas para um site (qualquer site! Nem precisa ser um site. Elas só querem ser clicadas) de streetstyle (já cansou, né meninas?).
De quem será que P'trique vai fazer graça esse ano? Das blogueiras street stryle de novo, quem mais?

E é quando o mundo vê pela primeira vez ela, aquele diabo que veste Prada em pessoa, a toda ponderosa e mais temida editora do mundo, Anna Wintour, sorrindo (gasp! Sor-rin-do. Ou quase. Ela bem que tentou, confiram abaixo.) ao se derreter com a fofura de Harper Beckham, filha de David e Victoria, no colo do papai esperando o desfile da mamãe fashion começar.
E isso porque o mês ainda está na metade! Antes de tudo terminar e podermos fazer aquele resumão (sério, prometo) com as próximas tendências apresentadas, o que mais será que vem por aí?


13 de set. de 2013

Papos de sexta: Um sonho de senha

 Sou saudosista, recordo com carinho do tempo em que comprava ingressos para Bienal na hora, chegava um pouco depois da hora que os portões abriam, ou a tarde, e, quando pegava o jornal de informações, via quem estaria na Bienal autografando naquele dia. Acho que comprava os livros na hora mesmo, pois não me lembro de levar mala ou mochila para conseguir carregá-los para serem autografados e mais uma penca que foram comprados.
Mas sempre tem o lado ruim dessas coisas, porque eu não tinha amigos literários, minha companhia era algum namorado mala, que dava uma volta e já queria comer, ou meus pais, que logo sentavam dizendo que estava muito cheio e os livros, caros.
Se você é bem mais novo que eu provavelmente só irá lembrar de tudo que passamos hoje em dia. Aquele frio na barriga que começa um ano antes, a tensão de saber quem internacional virá para a próxima Bienal, todo o planejamento de estar no Riocentro — um local que é longe para 98% do público — horas antes do portão abrir, pois senão impossível conseguir um autógrafo ou foto com seu autor favorito.
O problema é que não é só chegar cedo e ficar horas na fila para conseguir uma senha, o grande empecilho é a largura dos pavilhões e o matar-ou-morrer até se chegar no estande que deseja.
Exagero? Não, se você acha isso certamente nunca ficou na fila para obter aquele pedaço de papel precioso que te dá direito ao sonho: segundos na frente do escritor, uma foto para posteridade e um autógrafo para olhar para sempre.
Esse ano, quando avisaram que certo autor campeão de vendagem de livros teria somente 300 senhas, já desanimei! Só no dia que ele foi haviam 95 mil pessoas no evento! Cerca de 5 mil delas chegaram cedo e queriam um autógrafo dele. Portões quebrados, sapatos no chão, meninas desmaiadas e pessoal da organização levando dentadas para conseguirem lhe roubar o desejado crachá. Retrospectiva Beatles? Rock in Rio já começou? Não, um escritor! Nunca poderia imaginar que veria essa cena!
Rafa e Carina Rissi
Por um lado acho o máximo, escritor ser pop star, ter que andar com segurança na Bienal, até Maurício de Sousa e Ziraldo não conseguiam dar um passo sem gritos de histeria! Não que eles não mereçam, mas em anos de Bienal a cada edição que passa os gritos são maiores.
Em 2009 fiquei 5 horas na fila para ter a senha de Meg Cabot e faria tudo de novo, mas mesmo naquele ano acho que a entrada foi mais light do que esse ano.
Esse ano consegui todos os autógrafos que queria, no estande da Record achei muito legal a autora Carina Rissi — uma fofa! — ter uma fila de mais de 6 horas a esperando! Eu mesma fiquei muito tempo para ser atendida e adorei conhecê-la!
Também fui feliz ao conhecer Emma Donoghue, autora de O quarto, de uma simpatia ímpar. Eu cheguei atrasada porque estava em um evento, e ela já havia subido para área reservada, mas com a ajuda dos lindos da editora que perguntaram se ela poderia me atender, ela abriu o sorrisão, disse que sim e pronto: virei mais fã!


Chegar perto de alguém que escreveu aquela história que te tocou é uma alegria sem palavras. E sim, esse texto é para dizer que mesmo cansada, em 2015 ficarei na fila novamente para ver quem gosto, porque, no final, toda trabalhada no Dorflex, ainda acho que vale a pena ! ;) 

Rafa tietando Emma Donahue

12 de set. de 2013

Uma estante para cada leitor

Oi gente, tudo bem com vocês? Meu post de hoje é sobre algo que todos nós amamos e precisamos. Trata-se nada mais nada menos do que o móvel mais importante na casa de todo amante de livros: A ESTANTE.
Já foi a época em que todas as estantes eram básicas e mais ou menos iguais para todo mundo. Hoje em dia, é possível deixar a sua estante com a sua cara. Afinal, os livros dizem muito sobre as pessoas, e onde e como você guarda seus livros diz muito sobre você :) Selecionei umas estantes bem legais, para todo tipo de leitor obsessivo.

Para quem gosta de ler antes de dormir, essas daqui são um sonho:

Para escorpianos, amantes de livros de mistérios e todo mundo mais que gosta de passagens secretas (eu SEMPRE SONHEI COM UMA DESSAS)
 

Dá para se esconder lá dentro e ler por hooooooras.......
Quem mora em um apartamento pequeno, pode curtir essas estantes que aproveitam o espaço.
Como uma estante mesa de centro:
Ou uma estante escada:
Quem ama cor e estampas < 3 já pensou em colar um tecido ou papel de parede atrás da sua estante? Fica liiiiindo demais
 

Se você é moderno e não convencional, existe uma estante para você também:
E se você é ecologicamente correto, existem opções totalmente recicladas como essa feita a partir de uma escada antiga:
E por fim, mostro para vocês a minha estante. Além de estampada com gravuras e papel de parede que fiz, é totalmente adaptada para servir de playground e passarela pras minhas gatinhas. A do topo é minha persa de 9 anos, Sofia. E a que está no chão é a Lola, minha SRD que adotei ano passado. #loucadosgatos


11 de set. de 2013

Contagem Regressiva para a Fall Season II (CBS e NBC)

Depois da overdose de Bienal do Livro nas últimas semanas, vou tentar trazer o foco de vocês — pelo menos por alguns minutinhos hahahaha —para nossa queridíssimas séries! Expliquei um pouquinho sobre o que é a Fall Season na última coluna (clique aqui para ler) e hoje volto com mais algumas novidades das séries que começam este mês.
As escolhidas da vez são as estreias da CBS e da NBC, e olha, tenho que confessar que não foi nada fácil selecionar as apostas. Eram tantas opções que eu quase apelei para “mamãe mandou para escolher”. Essas emissoras estão entre as maiores dos Estados Unidos, muitas de nossas séries favoritas e grande parte das mais famosas vem delas. How I Met Your Mother, 2 Broke Girls, Two and a Half Men e The Big Bang Theory são todas da CBS e têm umas das maiores audiências da tv norte-americana. Haja responsabilidade, hein?


Agora chega de apresentação e vamos aos nossos indicados. *Momento premiação hahahaha*

CBS


Hostages
Do criador de CSI e traz Toni Collete no papel principal. Ela interpreta Ellen Sanders, uma cirurgiã que depois de operar o presidente dos EUA é feita refém, com a família, por uma unidade do FBI. Uma palavra: QUE????  Achei a sinopse super confusa, mas já comentei aqui antes, não confie em sinopses, TIPO NUNCA! Prefira ler comentários (como os meus hihihi). Eu adoro a Toni e confio que ela não faria uma coisa sem noção, por isso vou dar uma chance pelo menos para o episódio piloto.
                            
                                   
The Crazy Ones

Só por se passar dentro de uma agência de publicidade, eu curti. Ok, não é só isso, no elenco, nada mais nada menos, que o senhor Robin Williams, GENTE? Tem como não ver uma série com Robin e Sarah Michelle Geller (eterna Buffy!) fazendo papel de pai e filha? O trailer me deixou animadinha, e tenho a impressão de que vai entrar para minha watch list.
                           
                           

Welcome to the Family


Sou muito fã de comédias familiares. Sejam as incríveis, tipo Modern Family, ou aquela meia boca que mal dura duas temporadas, eu dou curtir mesmo! O problema é que tem tanta coisa assim que fica difícil ver tudo (infelizmente, AINDA não vivo só para ver séries), aí é hora de filtrar. Não sei se essa vai passar para a próxima fase da minha seleção (GENTE que menina metida! hahahaha), mas certamente primeiro e segundo episódio vão passar pelo meu HD.


Dracula
Agora uma das mais esperadas, a NBC vai trazer para as telinhas o famoso Conde Drácula direto dos anos 1980 (?). O que esperar? O mesmo que esperamos para Hannibal, Bates Motel e essa overdose de adaptações para a tv das últimas temporadas. Uma adaptação que faça valer a pena!!! Já ouvi falar nos últimos meses de tantas outras coisas que vão virar série em breve — de O Exorcista a Cães de Aluguel, do Tarantino — que já nem sei mais se estou gostando. Sempre fui a favor de remakes e reboots, mas tudo tem limite, né? Acho que isso ainda vai render uma coluna depois. 
O lindíssimo Jonathan Rhys Meyer vai viver o famoso Conde Drácula na versão da NBC
O que acharam das novidades? Vão assistir alguma coisa, ou esse ano a safra está fraca? 

Na próxima coluna volto com as novidades da Fox e da ABC (e sua filha adolescente, ABC Family). Fiquem ligados nesse mesmo canal, nessa mesma hora. 

xoxo



Nanda





7 de set. de 2013

Bienal com a Galera: Livro das princesas

Hoje tem sessão de autógrafos com Patrícia Barboza e Paula Pimenta no estande da Record. Pra não deixar a data passar em branco, o marcador de hoje é inspirado nos nossos contos de fadas modernos!
O que acontece quando quatro grandes autoras e amantes de conto de fadas se reúnem ? Em “O Livro das princesas” Meg Cabot (Diário da Princesa), Lauren Kate (Fallen), Paula Pimenta (Fazendo meu filme) e Patrícia Barboza (As mais) escolheram suas princesas favoritas e as transportaram para o mundo de hoje. Prepare-se para conhecer princesas contemporâneas que têm celular, usam o twitter e o Youtube, e sabem bem o que querem! 
Clique aqui para baixar o marcador. O evento acontece hoje às 10:30 da manhã e as senhas começam a ser distribuídas meia hora antes. O estande da Record fica no pavilhão azul
Beijos e até lá!

6 de set. de 2013

Bienal com a Galera: Dezenove luas

O fim de semana está chegando, mas a semana dos marcadores está longe do fim! Hoje nós temos um marcador inspirado no lançamento mais aguardado da bienal, Dezenove luas!
A série Beautiful Creatures chega ao fim com um emocionante desfecho! Após ter se sacrificado para restabelecer a Ordem das coisas e salvar o mundo de um apocalipse iminente, Ethan precisa encontrar uma forma de retornar do mundo dos mortos e reencontrar Lena, seu único e grande amor. Enfrentando velhos inimigos e fazendo aliados improváveis, ele precisa acreditar que o verdadeiro amor conquista tudo.
Corra no nosso site e saiba mais, e clique aqui para baixar o marcador! E não esqueça de usar um A4 com uma gramatura maior do que 90g, como 120g - 150g.
Aproveite o último fim de semana da Bienal, e venha nos visitar!

5 de set. de 2013

Bienal com a Galera: Assassin's Creed


Pensando na visita de Corey May ao estande da Record durante o fim de semana passado (A Garota It cobriu o momento histórico e contou tudo pra gente!), o marcador de hoje é inspirado na série Assassin's Creed! 
Baseado no game super famoso (e suuuuper incrível!) da Ubisoft, os livros Renascença; Irmandade; A cruzada secretaRevelações e Renegado seguem  a trajetória dos assassinos Ezio Auditore da Firenze e também Altaïr Ibn-La'Ahad! 
Assassin's Creed traz uma épica história de poder, vingança e conspiração. Embarque nessa aventura cheia de mistérios e lutas pelo poder, e faça parte também do Credo dos Assassinos.  
Quer saber mais? Acesse nosso site e descubra os detalhes da série! E clique aqui para baixar o seu marcador! 



4 de set. de 2013

Bienal com a Galera: Trono de Vidro

 A Bienal do Rio está bombando e por aqui, os marcadores exclusivos dos nossos lançamentos continuam enfeitando o blog. Hoje é dia de conhecer a Cinderela á la Assassin's Creed de Trono de vidro.
Celaena é uma jovem assassina de 18 anos que cumpre sentença nas minas de sal de Endovier.  Enfraquecida, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino.No lugar de resistir à sentença de morte iminente, ela aceita a proposta. Se derrotar os 23 assassinos, ladrões e soldados, será a campeã do rei e estará livre depois de servi-lo por alguns anos.
Mas algo maligno habita o castelo — e está ali para matar. Quando os demais competidores começam a morrer, um a um e de maneira terrível, Celaena se vê novamente envolvida em uma batalha pela sobrevivência, e inicia uma jornada desesperada para desvendar a origem daquele mal antes que ele destrua o mundo dela. E sua única chance de ser livre.  
Confira o primeiro capítulo do livro! E clique aqui para baixar o marcador.
Não esqueçam que o seu marcador vai ficar melhor se for impresso em um A4 com gramatura maior que 90g, como 120g-150g 
Beijos e até amanhã  ;*


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