24 de fev. de 2014

Tons da Galera: Hollywood de volta aos embalos de sábado à noite

Pegando carona no Oscar, que acontece domingo que vem, e no filme mais hypado da temporada, Trapaça, vamos falar aqui do revival na moda de uma fase curta mas bastante distinta dos anos 1970.

Em algum lugar entre a moda hippie do final dos anos 1960 e início dos 1970, os cortes masculinos e tons marrons e terrosos à la As Panteras e That 70’s Show e os exageros sem limites dos anos 1980, surgiu uma era em que as mesmas mulheres que trabalhavam de dia, começaram a frequentar discotecas (Studio 54, de preferência) à noite e a abusar de muitos paetês, decotes e... mais decotes. Pelo menos no imaginário de Hollywood.

Trapaça, em meio às suas 10 indicações, concorre ao prêmio de melhor figurino. A caracterização dos atores, no melhor estilo disco-quase-brega desse finalzinho dos anos 1970, é impecável, assim como cabelos e maquiagens. E o figurinista Michael Wilkinson usou e abusou da fita dupla face na hora de vestir as musas Amy Adams e Jennifer Lawrence. Amy (que no longa usa mais de uma vez os wrap dresses de Diane Von Furstenberg dos quais falamos há algumas semanas), deu a dica para manter tudo no lugar (além da fita mencionada acima): Manter a coluna reta e evitar correntes de vento.

Os croquis do figurinista Michael Wilkinson para Trapaça
Na verdade, o decote em V profundo valia também para os homens, afinal Bradley Cooper usa suas camisas abertas com os pelinhos do peito à mostra em meio a correntes de ouro, tudo combinando com os cachinhos de permanente típicos da época, alcançado com bobes.

Amy Adams em dois momentos secretária-sexy, caindo na balada com os colegas de trapas e os pelinhos do peito de Bradley Cooper
Michael explica que queria mostrar como aqueles personagens se vestiam como a pessoa que aspiravam ser, e não necessariamente quem eram. Personagens fazendo personagens. Michael, que teve que usar tecidos baratos para compor o figurino, quis justamente fugir dos tons terrosos da época e introduzir tons vibrantes e metálicos que preparariam o terreno para a loucura dos anos 80. E, no caso dos personagens, para o sonhado futuro de riqueza que eles alcançariam com a tal da trapaça do título. O problema é que nem sempre fingir ser quem queremos ser cola, nem com double tape. Ou cola? Só assistindo!

Curtiu? Corra para a locadora ou Netflix e assista Cassino, Scarface e Boogie Nights

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