Essa é a minha última coluna do ano e escolher o tema foi
difícil.
Pensei em escrever sobre o aniversário de Jane Austen e como
ela influenciou tantos autores de gerações futuras e continua a fazer isso até
hoje. Mas deixei para uma próxima vez.
Pensei, em seguida, em abordar Guerra nas Estrelas e como
estamos prontos para assistir a um novo filme, rezando para que ele resgate o
arrepio que a trilogia clássica nos trouxe e ignore a tristeza de foi a
trilogia mais nova. Mas achei melhor viver a experiência antes de escrever
sobre ela.
Aí fui para o lado polêmica e pensei em fazer mais uma
coluna sobre comportamento (ou a falta do mesmo) em redes sociais, tema que
curto debater, inclusive por aqui. Mas achei melhor esperar para uma data menos
simbólica.
E aí fiquei sem tema... E essa falta de tema me fez pensar no ano inteirinho e como ele foi
repleto de altos e baixos para todos nós.
Como brasileiros, nossa paciência com corrupção e injustiça
está no fim. Buscamos justiça, mas parece que o mar de lama nos engole a cada
braçada.
Por falar em lama, ela clamou vidas esse ano e a revolta
fica ainda maior ao notarmos que, tentar corrigir um dos piores desastres
ambientais do país parece não ser prioridade para quem o causou.
Em 2015, vimos pessoas utilizarem a beleza da fé para tentar
justificar massacres.
Em 2015, vimos muita coisa ruim e revoltante nos
noticiários, mas também vimos – dentro e fora da mídia – compaixão, felicidade,
amor.
Como todos os anos, 2015 foi um ano complexo, de uma forma
ou de outra, para todos nós. E o interessante é que, em todos esses dias,
fossem eles bons ou não tão bons, tivemos uma constante: os livros.
O dia estava ruim? É só a gente se perder nas páginas do
novo volume dos diários de uma certa princesa e pronto! Sorriso garantido.
O dia estava bom? Então podemos compartilhar esse sentimento
com aventuras vividas em mundos fantasiosos onde o trono é de vidro e a
situação é mais tensa.
Frustração, tristeza, contentamento, felicidade, angústia, e
tantos outros sentimentos que nos faz humanos podem ser compartilhados entre
nós e elas, as páginas.
Então, na minha última coluna de 2015, agradeço aos autores
por nos manter firmes em nossas jornadas individuais. Vocês podem estar apenas
contando uma história, mas para nós, vocês fazem muito mais. Mesmo sem saber,
vocês nos mantém fortes e corajosos; sensíveis e apaixonados; completos.
Que à meia-noite de 31 de dezembro de 2015, quando as doze
badaladas anunciarem o novo ano, possamos olhar para trás com a certeza de que
fizemos o nosso melhor. E que tenhamos a certeza em nosso coração de que os
próximos 365 dias serão ainda mais incríveis. Obrigada pela leitura durante
esse ano e que venha mais um!
Feliz Natal e um 2016 repleto de páginas para todos nós!
Um comentário:
Frini
2015 não foi fácil. Para mim foram 5 meses terríveis...dentre os 12 que cada ano tem. Fora isso, não foi somente para mim mas como vc citou para o mundo, e principalmente para o nosso país que parece nçao conseguir sair do mundo de corrupção que se enfiou.
A esperança é sempre a última que morre...mas definitivamente só espero que boa parte das coisas ruins fiquem aqui, e que 2016 só traga amor, boas notícias e claro muitos eventos literários lindos e vindas de autores fantásticos.
Feliz Natal amiga!!!
Amei a coluna
beijos
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