18 de dez. de 2015

Papos de Sexta: 365 dias e milhares de páginas

Essa é a minha última coluna do ano e escolher o tema foi difícil.

Pensei em escrever sobre o aniversário de Jane Austen e como ela influenciou tantos autores de gerações futuras e continua a fazer isso até hoje. Mas deixei para uma próxima vez.



Pensei, em seguida, em abordar Guerra nas Estrelas e como estamos prontos para assistir a um novo filme, rezando para que ele resgate o arrepio que a trilogia clássica nos trouxe e ignore a tristeza de foi a trilogia mais nova. Mas achei melhor viver a experiência antes de escrever sobre ela.

Aí fui para o lado polêmica e pensei em fazer mais uma coluna sobre comportamento (ou a falta do mesmo) em redes sociais, tema que curto debater, inclusive por aqui. Mas achei melhor esperar para uma data menos simbólica.

E aí fiquei sem tema...  E essa falta de tema me fez pensar no ano inteirinho e como ele foi repleto de altos e baixos para todos nós.

Como brasileiros, nossa paciência com corrupção e injustiça está no fim. Buscamos justiça, mas parece que o mar de lama nos engole a cada braçada.

Por falar em lama, ela clamou vidas esse ano e a revolta fica ainda maior ao notarmos que, tentar corrigir um dos piores desastres ambientais do país parece não ser prioridade para quem o causou.

Em 2015, vimos pessoas utilizarem a beleza da fé para tentar justificar massacres.

Em 2015, vimos muita coisa ruim e revoltante nos noticiários, mas também vimos – dentro e fora da mídia – compaixão, felicidade, amor.

Como todos os anos, 2015 foi um ano complexo, de uma forma ou de outra, para todos nós. E o interessante é que, em todos esses dias, fossem eles bons ou não tão bons, tivemos uma constante: os livros.

O dia estava ruim? É só a gente se perder nas páginas do novo volume dos diários de uma certa princesa e pronto! Sorriso garantido.

O dia estava bom? Então podemos compartilhar esse sentimento com aventuras vividas em mundos fantasiosos onde o trono é de vidro e a situação é mais tensa.

Frustração, tristeza, contentamento, felicidade, angústia, e tantos outros sentimentos que nos faz humanos podem ser compartilhados entre nós e elas, as páginas.  

Então, na minha última coluna de 2015, agradeço aos autores por nos manter firmes em nossas jornadas individuais. Vocês podem estar apenas contando uma história, mas para nós, vocês fazem muito mais. Mesmo sem saber, vocês nos mantém fortes e corajosos; sensíveis e apaixonados; completos.



Que à meia-noite de 31 de dezembro de 2015, quando as doze badaladas anunciarem o novo ano, possamos olhar para trás com a certeza de que fizemos o nosso melhor. E que tenhamos a certeza em nosso coração de que os próximos 365 dias serão ainda mais incríveis. Obrigada pela leitura durante esse ano e que venha mais um!

Feliz Natal e um 2016 repleto de páginas para todos nós!

  

Um comentário:

Raffafust disse...

Frini

2015 não foi fácil. Para mim foram 5 meses terríveis...dentre os 12 que cada ano tem. Fora isso, não foi somente para mim mas como vc citou para o mundo, e principalmente para o nosso país que parece nçao conseguir sair do mundo de corrupção que se enfiou.
A esperança é sempre a última que morre...mas definitivamente só espero que boa parte das coisas ruins fiquem aqui, e que 2016 só traga amor, boas notícias e claro muitos eventos literários lindos e vindas de autores fantásticos.
Feliz Natal amiga!!!
Amei a coluna
beijos