Jessica Jones foi um presente fabuloso que Marvel e Netflix
nos deram neste final de ano. Vou falar aqui como uma fã de séries comum, não
sou adepta das histórias em quadrinhos. Então não se assustem, ou me julguem,
mas eu nunca tinha ouvido falar dessa tal de Jessica Jones antes da Netflix
divulgar que iria fazer a série. Então foi mais ou menos assim, eu fui lá
assistir à série e me deparo com essa mulher forte, solitária e corajosa. Como
de costume, fui procurar saber mais com meu amigo Google. Com mais noção do universo
em que ela vive (não, eu não assisti e nem li o Demolidor) e mais conhecimento de
alguns dos personagens foi tranquilo seguir os episódios.
Krysten Ritter, de Breaking Bad e Don’t Trust the B* in Apartment 23, foi a escolhida para
interpretar a super-heroína. Mesmo não conhecendo a personagem, fiquei um pouco intrigada
com a escolha da atriz. Já a conhecia de vários filmes e séries no melhor
estilo “comédia romântica”, então fiquei meio na duvida ao imaginá-la
interpretando uma personagem que não tivesse o estilo da melhor amiga da Becky Bloom ou da roomate folgada de Apartment 23. E foi uma surpresa muito
boa! Se você a conhece pelos papéis mais água com açúcar, pode confiar, ela
arrasa.
A série não trás
aquela coisa de fantasia da HQ, Jessica não aparece usando uniforme, não voa e
está longe de ser aquela típica heroína que estamos acostumados. Ela é bem
“gente como a gente”, isso faz a série chamar tanta atenção, tem problemas
reais, trabalho real, apartamento real. A moça usa seus poderes só no trabalho,
ela é detetive particular. E nesse meio tempo, Jessica tem algumas visões
perturbadoras. A gente (se você, como eu, não conhece a história) só começa a
entender isso lá pelo terceiro episódio quando o vilão, interpretado pelo David
Tennant (os whovians gritam!)
aparece. Kilgrave tem o poder de controlar mentes; as pessoas fazem tudo que
ele manda. O cara é obcecado pela Jessica, de quem se aproveitou no passado, e,
quando ele volta, ela tem que lutar para sobreviver e resistir aos abusos do
vilão.
Essa relação
abusiva de que ela tenta se livrar, trouxe à tona um problema que muita mulheres
sofrem. A luta que ela tem todo dia para se manter longe das garras dele é uma
alusão clara aos relacionamentos abusivos que estão por toda parte. Disfarçados
de “quem ama cuida”, ou seja qual for a desculpa esfarrapada que caras babacas
dão para serem abusivos com suas companheiras. Não vou me estender nesse
tópico, mas recomendo algumas leituras:
Krysten Ritter: ‘Jessica Jones é feminista com
F maiúsculo': http://www.brasilpost.com.br/2015/12/08/jessica-jones-feminista_n_8747884.html
Jessica Jones e
relacionamentos abusivos:
Jessica Jones e o lado mais sombrio da
Marvel:
Jessica Jones é incrível e você PRECISA
conhecê-la! Prometo que não vai se arrepender.
xoxo
Fernanda
xoxo
Fernanda
Um comentário:
Também escrevi sobre a série, sem spoilers: "10 Motivos para Assistir Jessica Jones": http://www.leitoraviciada.com/2015/12/jessica-jones.html
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