Era quase inevitável. Depois de febres como
o color-block nos fazendo usar as cores mais fortes e impactantes dos últimos
tempos (juntas), da ascensão do estilo kawaii fazer adolescentes japonesas
saírem de casa como bonecas e cobertas de estampas de cupcakes e hambúrgueres,
e de esquisitices como os sapatos esfregão da Céline, a moda agora é ser
normal. Ou, melhor, normcore.
Básico, discreto, simples, sem estilo.
Chique agora é usar cores neutras, peças básicas, pouca estampa. Cool é de vez
em quando esquecer a maquiagem (criando o movimento #nomakeup nas redes
sociais), nem muitos ou grandes acessórios. Mas em vez de apenas uma tendência,
o normcore pode ser visto como mais um
consequência da crise, como
uma procura pelo ideal, peças mais bem-feitas e de maior durabilidade, cores
que sempre serão atuais, itens que podem durar quase uma vida inteira. Mais
qualidade, melhor design, menos quantidade. Deixar de representar um só grupo e
poder mergulhar, mesmo que momentaneamente, no meio social que se quiser.
O normcore em imagens |
Ícones normcore: Obama, Jobs, Seinfeld e (gasp!), mom jeans |
A atitude é quase como se assumir essa normalidade fosse mais cool
do que tentar se diferenciar, se destacar, ser autêntico. Até a próxima moda. E,
enquanto isso, Anna Dello Russos da vida sempre existirão para alegrar as
nossas vidas. E, claro, testes do buzzfeed, até para saber se você é normcore.
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