28 de mar. de 2014

Papos de Sexta: Uma história que daria um livro

Eu tinha uns 11 anos quando os conheci. Naquela época era o máximo assistir MTV, e eu nem imaginava que iria ao meu primeiro show de Rock, até porque meu sonho até então era ir ao show de uma banda chamada New Kids on the Block. Eles também estariam no mesmo festival, mas, naquele ano, meu pai estaria trabalhando com uma banda que eu nem conhecia. Apesar disso, no jornal só se falava deles: Guns n´Roses.
Se você não se lembra do New Kids basta dizer que eles eram o que os Backstreet Boys, o N´sync, ou o One Direction, foram ou são no quesito "as mina pira". Eu nem lembro direito como meu pai me convenceu a ir com ele no ensaio. Estava um sol escaldante, e eu lá no palco via meu pai trabalhar horas e horas. Lembro de um ruivo passando em um roupão de banho, de uns caras tatuados... depois de uma hora de ensaio eu nem lembrava mais o que era um "Step by Step" (música mais famosa do New Kids). Eu estava fissurada por aquela banda e aguentei firme e forte até o show, que terminou de madrugada. Infelizmente, na hora do show da banda, menores não podiam estar no palco, então meu pai chamou minha tia para ficar comigo nas cadeiras do estádio enquanto ele continuava lá monitorando.
Desse dia em diante eu não queria saber de outra coisa: eram CDs comprados, livros e pôsteres por todo o quarto, todos bem caros porque eram importados. Meus pais ficaram impressionados em como eu comecei a tirar notas boas no inglês: eu me esforçava para entender as letras e ler as biografias, então não poupava nos estudos com as letras do Guns n' Roses.
No ano seguinte eles viriam ao Brasil de novo, e eu queria muito ir ao show. Chorei muito quando minha mãe disse que não me levaria de jeito nenhum. Foi então que em um almoço de domingo, no qual sempre comíamos na casa de meu falecido avô, ele apareceu na sala com uma camiseta muito apertada da banda, uma bandana na cabeça, um anel de caveira que mal dava nos seus dedos gordos e um ingresso na mão dizendo que amava a banda e que ia levar uma pessoa especial no show com ele.
Eu chorava muito e choro até hoje com saudades do meu avô e desse seu ato. Fui ao show com a esposa dele e claro que foi mágico.
Passados os anos a banda ficou um bom tempo sem vir ao Brasil, e os integrantes foram mudando um a um. O retorno deles ao país só aconteceria em 2001! Jamais deixei de ouvir as músicas deles. Fazem parte da minha vida. A cada fora do ex eu ouvia "Don´t Cry", todo namoro que começava eu já sonhava em entrar na igreja com "November Rain" e, quando estava com raiva, eu colocava nas alturas "You could be mine". Se a vida da gente tem trilha sonora a minha era essa.
Em 2010, 2011 e agora em 2014 eles voltaram ao país; já assisti a todos os 6 shows deles. Nunca consegui chegar perto do rebelde vocalista que não curte muito contato com os fãs, mas sempre que sei o hotel vou atrás dos demais membros e é sempre tão emocionante ser recebida por eles! Cada autógrafo, cada sorriso perguntando o nome ou qual minha música preferida... é como se eu estivesse nas nuvens. Sabe aquelas coisas que acontecem que preciso me beliscar?

Essa coluna não foi falando de livro - apesar de ter mais de 10 livros deles! rs - mas sim da banda que amo, daquela que, mesmo passado o tempo, é só eu ouvir que me sinto com 11 anos outra vez. Se você é fã de alguém assim, sabe do que estou falando. Esse texto é em homenagem a todos os integrantes da banda chamada de "mais perigosa do mundo" sejam os atuais ou exs, porque todos moram no meu coração <3>

5 comentários:

Fabi_RJ disse...

NKOTB tb era o meu alvo no RIR91, já conhecia a sonoridade do GNR por conta das trilhas sonoras, dos clipes, e do filme O Exterminador do Futuro II. Mas minha paixão pela banda marcou mesmo quando os vi, pela tv, os dois shows e ouvia pela radio. Não tive a sorte de ir, minha mãe não ia deixar uma criança (naquela época 11 anos era criança e eu ainda curtia a Xuxa) ir ao show de rock, não se sabia muito sobre segurança, estrutura como hoje vemos crianças de 5 anos no RIR. Meu primeiro grande show só foi o da Madonna em 93. Mas tenho o RIR 91 muito forte em minha memória, porque acompanhei junto com a minha Irma, lembro tb dos shows do George Michael e Prince. Curti muito GNR e fuçava notícias ate mais ou menos 2002, quando so em Chinese 2008 voltei a prestar de novo, mas esse período de 2000 passaram tão corridos pra mim, era faculdade, trabalho, filho q eu não tinha tempo nem pra ouvir musica, quem dirá acompanhar algo... Mas do RIR pra ca, voltei a seguir o GNR e me sinto tão orgulhosa, feliz e sortuda por ter vivido e estar vivendo essa época. Minhas magoas já foram sanadas, ( sim, confesso houve uma época pela qual já senti raiva do Axl e não aceitava direito as mudanças) Entretanto, essa minha fase rebelde e mimada passou e como o amadurecimento e não faço mais parte do time das lamentações. Sabe, o Axl ta ai, vivo, com saúde nos proporcionando alegrias reais ( e não somente vídeos de saudade pelo youtube como tenho em relação a Legião Urbana e tantos outros artistas bons q já se foram) Então, sendo assim isso q importa e a separação da formação original teve seu lado bom que foi nos proporcionar a conhecer pessoas tão bacanas como Bumble, Asbha, o Slash com o Myles (gracinha) Kennedy , que na boa, não tenho o que reclamar.

Laganowski disse...

É Raffa... Guns é Guns! Amoooooooooo!!! E você privilegiada por isso, por poder estar pertinho deles! Quem não gostaria?? Eu não fui em nenhum show deles, ainda... Quem sabe um dia? Adorei o texto... As histórias de nossas vidas dão um livro mesmo... Aliás... Meu avô tb é minha eterna saudade! <3

Luiza disse...

Isso que é fã Raffa ;) Adorei a postagem e as fotinhos.
Bjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

Guia do Aventureiro disse...

Oi amor
Estava c vc no show e sei o quanto vc os ama.
Beijos
Gabriel

Raffafust disse...

Fabi,
Obrigada amiga! Somos da mesma geração e temos os mesmos ídolos <3!

Gabi

Amo muito, acho que dá para notar né? rs

Lu,
Muitoooooo fã!!!

Namorado,
<3!