Na última coluna eu falei um pouco da questão dos direitos
autorais e de como isso tinha importância no caso de autores e obras ou
personagens que ficaram famosos.
Um desses personagens que ficaram tão famosos, mas tão famosos,
que algumas vezes até superam em importância o próprio autor é Sherlock Holmes.
Eu contei pra vocês sobre o movimento “Free Sherlock” e a
decisão judicial de que as obras de Conan Doyle sobre o detetive de Baker
Street (que equivalem a mais ou menos três mil páginas escritas) estão em
domínio público agora nos EUA.
Mas nem o fato de haver tanta disputa em torno dos direitos
da obra, nem o rigor do “estate” de Conan Doyle na hora de avaliar as
adaptações impediu que Sherlock Holmes se tornasse um dos personagens mais
adaptados da história da literatura. Só pra vocês terem uma ideia (não é uma
pesquisa rigorosa nem exaustiva, mas já dá uma noção do que eu estou falando),
a página da Wikipédia em português cita 227 adaptações das histórias de Conan
Doyle para o cinema e a televisão, de 1900 até 2011!
Aliás, vocês sabiam que Sherlock Holmes também faz parte do
catálogo da Galera Record?! Pois é. A autora Tracy Mack, apaixonada pelo
detetive, escreveu histórias bem divertidas com o personagem, que fazem parte
da coleção “Sherlock Holmes e os Irregulares de Baker Street”.
Mas uma das adaptações mais interessantes que já foram
feitas deste personagem que “nasceu” em 1887 (em plena época vitoriana,
portanto!) é justamente uma adaptação que traz Sherlock Holmes para os nossos
dias! Já sabem de que série estou falando?! Elementar, meus caros! Da série Sherlock,
produzida pela BBC, e criada por Steven Moffat, atual roteirista e produtor de Doctor
Who, e Martin Gatiss, o Mycroft da série, ninguém menos que o irmão mais velho
de Sherlock Holmes.
E por que a série é tão interessante? Primeiro, pelo elenco.
Sherlock Holmes é interpretado por Benedict Cumberbatch, um ator extremamente versátil que, na vida pública, é
conhecido por suas brincadeiras (não viram ainda a aparição do U2 no tapete
vermelho do Oscar, com direito a photobomb do Cumberbatch? (Então vejam
correndo!) e Martin Freeman, que faz o Watson (e ficou muito conhecido pelo papel de Bilbo
Baggins, na trilogia O Hobbit).
A dupla é bem afinada, a tal ponto que muita gente torce
para que Sherlock e Watson acabem formando um casal.
Os recursos narrativos também são interessantes. Um pouco à
maneira de Doctor Who, o enredo de Sherlock mistura ações rocambolescas com um
pouco de drama e várias surpresas (já viram o final da terceira temporada?!) e
é muito legal ver como eles tornaram “visíveis” as deduções do detetive,
inserindo elementos gráficos na imagem, como dá pra ver aqui:
O que seria um longo discurso de Sherlock, mostrando todo o
processo dedutivo, acaba virando um momento de interação com o personagem. Não
sei vocês, mas eu sempre dou pausa nessas horas pra poder visualizar todas as
palavras ou elementos da cena, rs
E, óbvio, esses são apenas alguns detalhes que tornam a
série tão incrível! Aqui vocês podem conferir curiosidades sobre Sherlock (em
inglês).
Minibio:
Ana Resende trabalha como preparadora de originais e
tradutora, e é colaboradora da Galera Record, entre outras editoras. Workaholic assumida,
raras vezes ela acha que o mordomo é o culpado.
raras vezes ela acha que o mordomo é o culpado.
Facebook: hoelterlein
2 comentários:
Oi Ana! Eu sou fã de Holmes, suas histórias mirabolantes prendem e sempre que vi adaptações para as telas não encontrava sua alma em nenhum dos atores, até a chegada da série da BBC. Estes três episódios anuais são sensacionais e o ator é o Holmes que sempre imaginei, a terceira temporada acabou com uma grande surpresa e não vejo a hora de vir a próxima.
Bjos!!
Cida
Moonlight Books
Eu sou louca...desvairada...completamente apaixonada...por Sherlock Holmes. Tenho TODOS os livros dele!!!!
E o Benedict Cumberbatch,é o melhor Sherlock que eu vi até agora...e sim, eu tenho todos os filmes também!!!!!
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