19 de jun. de 2013

Galera Pop: Tudo Que É Sólido Pode Derreter

Sempre que vou começar a escrever essa coluna, tento buscar alguma coisa que aconteceu comigo, ou perto de mim, para associar ao tema da quinzena. Sinto que assim, ficamos mais próximos e podemos ter uma conversa além da sinopse da série. Como todo mundo já sabe, o país está vivendo hoje – na maneira da nossa geração – um momento emocionante e bastante patriótico, nada mais justo do que falar de uma série emocionante e patriótica: Tudo Que é Sólido Pode Derreter.


Ok. Ok. Eu exagerei só um pouquinho, mas é que a personagem principal, Thereza é apaixonada por literatura clássica brasileira e no decorrer da história a sua vida acaba se encontrando com as histórias dos seus personagens queridos. Vamos lá, isso é sim patriótico, literatura clássica brasileira – BRASILEIRA! OK?

Hehehehe Mas que TQÉSPD é emocionante, disso eu não tenho a menor dúvida!

Thereza é uma garota de 15 anos apaixonada por livros. O plot é um paralelo entre os livros clássicos da nossa literatura e o dia a dia bem “vida real” dela. Nisso vamos nos aproximando da personagem e de seus amigos ao mesmo tempo em que as obras vão sendo apresentadas. E tem de tudo: Senhora do José de Alencar, Dom Casmurro, Macunaíma, Canção do Exílio, Quadrilha... É uma coisa linda de ver! (Fiquei com vontade de fazer uma maratona). Ela encontra nos livros as questões para os seus problemas e sempre dá um jeito de relacionar os acontecimentos do momento a uma das histórias (ou poemas), e o mais interessante é que não fica forçado. Gosto do jeito que eles tratam os adolescentes sem estereótipos clichês, porque todo mundo é um pouquinho bom e mau ao mesmo tempo, não existem mocinhos e vilões.


Sem falar que ela é brasileiríssima ok? Apesar de ser fã das Violets, Thessas, Rachels e Reeds, achei incrível ver uma personagem parecida com a gente: Thereza. E por mais que seja esquisito uma moça com 22 anos se achando parecida com a garota da ficção que tem só 15, na época eu tinha 18! O que para mim é basicamente a mesma coisa...

Tudo Que é Sólido Pode Derreter é baseado em um curta de mesmo nome e foi exibido na TV Cultura (os episódios estão no site) no início de 2009, o seriado durou só uma temporada, o que foi uma pena. Eu fiquei na expectativa de ter uma segunda temporada por uns dois anos depois disso, porque ela nunca foi cancelada oficialmente, mas hoje já dá para saber que não vai voltar mesmo. Quem sabe em um filme? Porque até para livro as aventuras da Thereza foram adaptadas.



Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.

Opa, acabei me empolgando. Mas só mais uma coisa, o que acham do título?
 Para mim é no mínimo, poético...
Até a próxima :)
Xoxo

Nanda 

7 comentários:

Mônica Bento disse...

Tão boa que não consigo escolher um episódio preferido! Carinho especial por Ismália, gritinhos em Quadrilha (não gritei mesmo, mas foi quase), risadas em Senhora e em Macário... ai, agora eu que fiquei com vontade de fazer maratona (e aí acaba rapidinho e eu fico triste por não ter mais =/ )

grubstick disse...

Mônica, eu não aguentei de saudades escrevendo o post. Já comecei a ver de novo hahahah
xx
Nanda

Fernanda Leite disse...

COMO ASSIM eu não conhecia essa série? :O
Mas também, a última vez que assisti TV Cultura foi há uns quatro anos atrás, quando eu assistia as reprises de Doug (EU AMO ESSE DESENHO). E aí aproveitava pra ver algum episódio de Castelo Rá-Tim-Bum.
Mas voltando à série: que ideia genial de fazer um paralelo da vida da Thereza com clássicos da literatura brasileira! É ótimo porque você se envolve com a história e fica com vontade de conhecer a obra, então além de se divertir com a série, conhece mais sobre as obras tupiniquins!

Estou devendo vários comentários aqui. Sou uma vergonha de quase irmã gêmea.

E sobre as manifestações: você tem ido às manifestações em Brasília? Aqui em BH a coisa tá fedendo, estou com medo de ir e levar tiro de borracha. É de borracha, mas DÓI.

Beeijo, Nanda!

Tatiana Leite disse...

EU NÃO SABIA QUE TEVE SÉRIE! Eu sou doida pra ler esse livro e não sei porque ainda não o comprei - ele andou em promoção no final do ano passado, se eu não me engano, e por algum motivo que eu desconheço, não tomei vergonha na cara.
Mas enfim, eu quero muito ler esse livro! Eu acho muito bacana que gosta de literatura clássica brasileira, como a professora de literatura do ensino médio... Dou graças a Deus que só tive a Marisa, sério, porque ela era uma ótima professora. E sabe o que eu achava mais legal nela, além das aulas, era a maneira como ela contava as história fazendo-as parecer que elas eram muito mais legais que qualquer Harry Potter - e ela não gostava de HP, aliás, mas não sei se chegou a ler ou se era só preconceito com best-sellers (que ela tinha, eu acho). Mas além disso, ela escrevia histórias paralelas às que ela estava lendo, no próprio livro! Nunca vou me esquecer da vez que ela contou isso pra sala e disse que tinha perdido uma ótima história enquanto estava lendo O Amor nos Tempos do Cólera - e desde então, eu quero ir pra Congonhas e ver se acharam o livro ou coisa assim.
Mas enfim, eu quero muito ler esse livro, até mesmo pra ver se me interesso mais por literatura clássica brasileira, que nunca funcionou muito pra mim... =(

Beijos, Nanda!

Wend disse...

AAAHHH!! Acho que encontrei a solução do problema que me acompanha desde o ensino médio: aprender a gostar de literatura nacional. Aluno que é aluno odeia ler livro forçado. É uma regra regida pelo o universo. E como no ensino médio eu tive que ler alguns desses clássicos, além de outros, peguei um ódio mortal por eles. Mas quando envolve uma série, aí tudo fica lindo! <3 E como muitas séries me levaram a ler livros que se tornaram meus preferidos, vou baixar esse piloto para vê se o mesmo acontece!!

Tatiane Alves disse...

Nossa eu adorava TQÉSPD, nunca terminei a série e fiquei louca de saber que existe um livro (procurando em 3,2,1.), sou supeer apaixonada pela literatura clássica principalmente a brasileira, meu encontro com a literatura atual se deu no lançamento de HP1, antes era sempre clássicos, tenho até o desejo mórbido de ter a última frase de Brás Cubas como epitáfio, e é exatamente este encontro que se dava na série que me fez gostar dela, ela sempre foi meu guilty pleasure, pois eu tinha certeza que era a única pessoa do mundo que assistia ela, e fico muito feliz de perceber que não estava sozinha...bem gostaria que mais pessoas assistem e um real interesse pela literatura clássica brasileira surgisse, pois tem muiiitas histórias por aí, que merecem ser lidas.

P.S. Só para variar um pouco nesta vida, você foi um arraso Nanda. Você é uma das webpeople que eu mais adoro e admiro, espero ter a chance e honra de algum dia te conhecer. Bjo! Sucesso sempre! ;)

Anônimo disse...

Gente, conheci essa série agora; Está passando na TV Ra tim bum (canal fechado). Me apaixonei com a série pois me lembra e muito tudo o que vivi na escola. Parece muito a minha "turma".
Então, quem quiser acompanhar, passa na TV ra tim bum, todos os dias, as 23:30hs.
Abraços!!!