Hoje eu quero falar de um assunto meio
tabu entre leitores: os livros que nunca lemos e que nem vamos ler. Muita gente
tem vergonha de tocar nesse assunto e evita a todo custo. Outros até preferem
mentir. Mas a verdade é que todos nós temos aquela lista de livros que nunca
lemos e que, talvez, nunca vamos ler.
Mas por que será que os livros que não
lemos são assim tão importantes, a ponto de nos fazer inventar mil desculpas ou
criar estratagemas pra disfarçar a nossa ignorância naquele tema? E por que
eles seriam assim tão mais importantes que os livros que nós efetivamente
lemos?
Bom, a verdade é que ler os mesmos
livros que outras pessoas nos dá a sensação de fazer parte de um grupo ¾ o que é ótimo, por sinal. Mas a vontade de fazer
parte de um grupo não deveria ditar os nossos gostos. E tem aqueles leitores
que mentem sobre certos livros para demonstrar (mais) inteligência ou parecer
que são pessoas (mais) interessantes etc. Mas se você lê ¾ qualquer que seja o livro! ¾, você já é uma pessoa inteligente e interessante!!!
Eu também já menti sobre os livros que
não li ¾ pelos mesmos motivos
acima ¾, mas hoje estou muito mais interessada nos livros que eu li
efetivamente, pois foram eles que me fizeram ser a leitora que eu sou hoje.
Claro que
essa lista dos livros que eu não li nunca é definitiva! E tem alguns livros
nela que eu não li porque não encontrei o livro pra comprar (as bibliotecas
virtuais ajudam um bocado!) ou porque eu simplesmente não tive tempo, já que a
lista dos livros que eu quero ler sempre aumenta. rs
De todo modo ¾ e não importam as
razões ¾ a lista dos livros que eu nunca li não pode ser
motivo de vergonha. E ela também não define a leitora que eu sou. No fim das
contas são APENAS os livros que eu não li.
E se vocês ficaram curiosos com os
títulos que eu nunca li, eis alguns (com uma breve explicação sobre o porquê de
não ter lido). E se vocês quiserem comentar sobre os livros que nunca leram
aqui, fiquem à vontade também!
Bom, pra começar, um livro (uma série,
melhor dizendo) que gerou certa polêmica na internet e alguma discussão sobre o
que é (ou não é) literatura nesta semana. Discussão, aliás, que foi uma grande
bobagem porque lá no dicionário Aulete o
verbete sobre “literatura” diz que uma das acepções da palavra é “arte [isto é,
execução de uma ideia] que usa a linguagem escrita como meio de expressão”. A
discussão correta seria o que é boa ou má literatura, portanto. Mas aí já é
outra história...
Eu confesso que não li do terceiro livro
em diante de Harry Potter e fiquei
satisfeita em somente ver os filmes. Eu li na época em que saiu, em inglês
mesmo, mas achei o segundo livro um dos mais chatos que já li na vida e parei.
Como vi os filmes, não sei se quero voltar a ler a série. E me arrependo de ter
lido O Senhor dos Anéis! Se na época
em que li eu já conhecesse o Elric de Melniboné, do Michael Moorcock, ou os
livros de Fritz Leiber, um dos grandes nomes da fantasia gaiata, talvez eu
nunca tivesse ouvido falar de Aragorn e companhia.
E também nunca li um livro considerado
“clássico”, que faz parte do currículo de leitura de todo colégio
norte-americano: O Sol é para Todos.
Até agora, eu também estava satisfeita em ver apenas o filme (será que filmes
baseados em livros atrapalham a leitura das obras que os inspiraram?!), mas
depois de muitas décadas, a autora resolveu publicar uma sequência, e eu
resolvi dar uma chance ao livro, que vem numa edição novinha aqui pela Record. Provavelmente, o livro vai sair
da minha lista de não lidos.
E, pra finalizar a minha listinha, tem
os 25 livros que completam a série Discworld,
do Terry Pratchett! Mas eu não li por falta de tempo mesmo porque o Pratchett é
meu autor favorito e eu pretendo completar a leitura da série, que está sendo
editada pela Bertrand Brasil, do grupo
Record, muito em breve!
Então por hoje é isso! Divirtam-se com
suas leituras e até a próxima!
Um comentário:
Não acredito que a Record vai publicar O Sol É Para Todos?! Eu AMO esse livro e sim, é mil vezes melhor do que o livro! Assim como os livros de Harry Potter. Câmara Secreta é malinha, mas o Prisioneiro e Príncipe são incríveis demais!
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