Antes de mais nada, a nota
enciclopédica: esses Guardiões da Galáxia são inspirados na formação de 2008
para a saga cósmica Aniquilação, publicada pela Marvel. Quase não têm a ver com
a formação original de 1969, a não ser pelo uso do alienígena azulado Yondu
(Michael Rooker, de The Walking Dead), aqui como coadjuvante e não um dos
guardiões em si. O grupo é formado por Senhor das Estrelas (Chris Pratt),
Gamora (Zoe Saldana), Drax (Dave Bautista), Groot (voz de Vin Diesel) e Rocket
(voz de Bradley Cooper), heróis improváveis envolvidos na caçada e proteção a
um objeto de grande poder, não muito diferente do Cubo Cósmico/Tesseract que
moveu a trama de Os Vingadores.
A história é um
samba-do-marvete-doido e começa com uma overdose de informações diferente do
ritmo mais didático de outros filmes do estúdio — até porque, se fosse muito
informativo, levaria meia hora apenas na introdução dos elementos. A trama em
si é um corre-corre a respeito de quem passa o adversário (ou mesmo o aliado)
para trás, em nome da recompensa por um orbe de grande poder. De olho no objeto
cobiçado estão Ronan, o Acusador (Lee Pace), e Thanos (Josh Brolin), no campo
dos vilões. No caminho, por motivações variadas, estão os “Guardiões da
Galáxia”.
Movido a citações de cultura pop
(acredite: até Kevin Bacon entra no caldeirão), tiradas infames e humor de
recreio, o roteiro dá espaço para a caracterização típica da Marvel, e é ai que
Guardiões da Galáxia ganha uma força impressionante. Os Vingadores
beneficiou-se dos filmes anteriores de cada herói: foi só juntar todo mundo e
pronto, deu liga (sem ser da justiça). Aqui, cada guardião tem pouco tempo para
vender seu peixe, e todo mundo sabe que o feirante ganha a freguesa no grito,
no preço e no frescor da mercadoria. Então é de tirar o chapéu que Pratt,
Saldana e Cooper tenham feito tanto em tão pouco tempo de tela, porém é mais
admirável como Vin Diesel, trabalhando com uma única frase (“eu sou Groot”)
impressiona tanto. . . e ainda mais admirável o que o brutamontes Dave
Bautista consegue na tela. Ele rouba cenas atuando bem, passando emoção e
humor, indo de ator dramático a cômico. É a surpresa em um filme que, por si
só, já é surpreendente que tenha sido concebido, quanto mais executado dessa
forma extremamente gaiata e divertida.
Em tempo: há cena pós-créditos,
mas não foi exibida na sessão de imprensa. Fique de olho.
O
trailer e outras informações estão no site oficial: http://www.marvelbrasil.com/guardioes-da-galaxia
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