Eu já contei pra vocês quem é o pai da
ideia moderna do Natal, né? Não lembram? Segue o link pro texto de Natal do ano
passado sobre A Christmas Carol, de
Charles Dickens,
um dos contos de Natal mais conhecidos (e mais bonitos) da literatura
universal.
Dickens foi um dos autores que mais
escreveu contos de Natal. Foram tantos que dá até pra fazer um volume só com
eles! E eu falo isso LITERALMENTE; vejam só que bonita a edição da Barnes &
Noble:
Mas ele não foi o único e o post de
hoje é pra falar de alguns contos famosos que também celebraram o Natal. E se
você não é muito de festas e prefere o aconchego do seu lar ou se você se
cansar depois de tanta comemoração, fica a dica pra relaxar. E tudo bem se você
ODEIA o Natal e as festividades em geral (tem uma dica pra você também, seu
mal-humorado! rs)
Um dos contos mais emocionantes sobre
o Natal é The Gift of the Magi [O Presente dos Magos], de O. Henry.
Sabe a essência do Natal, que, às vezes, a gente julga que foi perdida em
alguma época remota, quando não eram a comilança nem os presentes que
importavam? Pois é, o conto do O. Henry é sobre isso. Sobre dar importância ao
que realmente é importante nessa época.
Acho que hoje ninguém se lembra de
Washington Irving, um autor que já fez muito sucesso com um conto chamado The Legend of Sleepy Hollow [A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, como
ficou conhecido], que já virou até seriado de televisão, e conta a história do
“cavaleiro sem cabeça”. Apesar do gosto um tanto quanto macabro, Washington
Irving também escreveu uma história sobre o Natal: Old Christmas [Natal à Moda
Antiga]. Já dá pra ver desde a primeira frase do texto — “Não há nada na
Inglaterra que exerça um encanto mais delicioso sobre a imaginação que a
permanência dos costumes festivos e das brincadeiras rurais de antigamente” — que
a história tem um tom bem nostálgico, mas que ninguém se engane: não é uma
história triste!
Mas se vocês gostam de manter a mente
alerta durante as festividades, vale exercitar a “massa cinzenta” e ler (ou
reler!) uma das histórias mais divertidas da “rainha do crime”: The Adventure of the Christmas Pudding
[A Aventura do Pudim de Natal], de
Agatha Christie. Pra quem ainda não conhece a genialidade de um dos detetives
mais famosos da literatura inglesa, o belga Hercule Poirot, pode ser uma ótima
introdução. Além dos enredos divertidos, Agatha Christie tem um estilo bem
gostoso de ler e um texto bem-humorado (e mesmo que vocês não gostem de
mistério, sempre tem um pouquinho de romance e descrições das típicas paisagens
inglesas nos livros dela).
Bom, se Natal definitivamente não é a
sua festa, e se vocês têm vontade de se esconder quando começam os festejos, os
beijos e os abraços, tudo bem. Eu tenho uma dica pra vocês também! (E o mais
importante: vocês não estão sozinhos. Ninguém é obrigado a curtir o Natal; às
vezes, dá mesmo vontade de ficar quietinho e, nesses casos, não há melhor
companhia que um bom livro.) Pra vocês, que não aguentam mais ver as
propagandas ou ouvir “Então é Natal”, How the Grinch Stole Christmas! [Como o Grinch Roubou o Natal!] assim,
com ponto de exclamação mesmo, é a dica. O livro também critica a ideia de um
Natal comercial. E as ilustrações são do próprio Dr. Seuss, autor
superconhecido de livros infantis para crianças e adultos.
Pra
terminar, depois de ver o Neil Gaiman, vestido de Charles Dickens, lendo A
Christmas Carol (voltem pro link do artigo do ano passado pra ver a fotinho
do Neil!), eu não consigo mais pensar no Natal sem lembrar dele. E Neil Gaiman
também escreveu sobre o Natal. Bom, se vocês viram Coraline, já sabem
que o Neil tem uma quedinha pelo macabro, então, apesar de ser sobre São
Nicolau e Papai Noel etc. etc., não é exatamente uma historinha bonitinha,
sabe?
(E,
se você parar pra pensar no texto, ele chega até a ser bem crítico.)
Aqui
tem uma animação chinesa sobre o continho (com link para o original em inglês):
Ho
Ho Ho
Boas
leituras e até 2015!
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