Para a coluna de
hoje, eu resolvi fazer algo diferente (e torço pra que logo, logo vire uma
tradição da Galera entre Letras). Pedi ao Pedro, que tem 14 anos e
sempre lê a coluna – além de ser um leitor voraz de livros de terror e de
ficção histórica do Bernard Cornwell –, que falasse um pouco das leituras
dele nas férias e do que ele gosta de ler.
O Pedro então me
mandou um pequeno texto falando sobre dois livros (e dois autores) muito
importantes no gênero do terror e, em particular, do terror “cósmico” e
universal: O Caso de Charles Dexter Ward e o Rei de Amarelo,
escritos, respectivamente, em 1927 e 1895! (Ambos os autores estão traduzidos
em várias edições diferentes.)
Vamos ver o que o
Pedro tem a dizer sobre os livros?
Em 1926, ocorreu
um surto no qual poetas e artistas tiveram devaneios muito similares, entre os
dias 26 de março e 2 de abril.
***
Massachusetts,
ano de 1928: duas famílias e um grupo de policiais desaparecem do vilarejo de
Dunwich.
***
Esses são os
cenários de alguns dos contos de Lovecraft. Bem-vindos ao terror moderno.
O que assombra na
obra de escritores como Lovecraft ou Robert W. Chambers não é apenas a forma
como flertam com o desconhecido e evocam o nosso medo por ele, mas também é a
utilização de um realismo inteligente e sardônico que nos faz duvidar do que
poderia ou não ser ficção.
Quanto à
engenhosidade do terror criado por esses autores, é um terror que não necessita
de sanguinolência ou morte para gelar os ossos. Trata-se de um confronto com o
proibido e uma reflexão do quão pequenos e frágeis somos, num universo criado
bilhões de anos antes de nós, e do que poderia nos espreitar na escuridão,
dentro e fora dele.
Assim, o legado
deixado por esses e outros autores é a recordação de nossos temores mais
humanos e instintivos. Eis aqui o verdadeiro medo.
E está lançando o
desafio!
Se você tem por
volta de 15 anos, está na escola, gosta de ler, que tal mandar pra mim um texto
pequeno, falando dos seus autores ou das leituras preferidas?
A cada dois meses,
eu vou publicar o SEU texto aqui. Pra mandar, é só me adicionar no Facebook ou eu vou dar um jeito de achar você (incluam aqui a risada maléfica).
Até e boas leituras!
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