Pensei em vários temas para o “Papos de Sexta” desse mês,
mas depois que foi divulgado que eu e a Tita Mirra (que também é colunista
daqui e minha parabatai) vamos mediar
o bate-papo com a Colleen Hoover, só tenho olhos pra ela!
O mais lindo é que, quem me indicou “Métrica” foi a Tita
(pausa para o momento oooowwwwnnnnnn que
cuti-cuti!). Esse foi o meu primeiro contato com a escrita da Colleen e não
poderia ter sido mais incrível.
Em “Métrica”, Hoover me apresentou o universo da poesia slam, que me deixou sem fôlego e com
lágrimas nos olhos. Por meio dessa poesia, entendi que raiva, revolta, paixão,
amizade e uma infinidade mais de sentimentos podem ser expressados da melhor
forma em poesia, em palavras. Rimadas ou não. Que fazem sentido para os outros
ou não. E essa conexão palavra-coração se estende para toda a narrativa escrita
por Colleen e não somente para as poesias.
Aí li “Um caso perdido” sem saber, no início, que abuso
apareceria na trama. E foi um soco no estômago porque precisava ser. E depois
foi um afago no coração, porque necessitava disso.
E aí veio “O lado feio do amor”, que me deixou com o rosto
ruborizado em vários momentos, precisando de banho frio em outros e sempre
torcendo para que os personagens se abraçassem tão forte, que os caquinhos dos
corações partidos se colassem de novo.
Essa é a escrita de Colleen Hoover: real, inspiradora,
instigante, visceral, incrível! Tudo sem ser prepotente, sem “tentar demais”,
sem ser piegas.
Mas por que, então, o nome da coluna? Eu explico.
Quando a gente gosta de algo, gosta muito mesmo, às vezes a
gente sufoca. É como uma cegueira temporária, sabe? Eu já “sofri” disso quando
comecei a integrar fandoms, mas aprendi muito com as cicatrizes emocionais que
minha falta de temperança deixou. Aprendi que, mesmo sendo apaixonada por uma
escritora ou livro ou personagem, isso não me dá o direito de ser má com outro
fã, de ser mesquinha, de ser – em uma palavra - uma BITCH.
Com o tempo e – muitos desentendimentos que resultaram em amadurecimento
– entendi que, se amo tanto tal livro ou autora, devo me entender como relações
públicas dela! Tenho que ser a fã mais respeitosa para não “manchar” a imagem
do livro, tenho que entender que, às vezes, as coisas são mais difíceis do que
parecem e que nem sempre todo mundo vai conseguir o que quer.
Afinal, ninguém merece ouvir “Fã de Colleen Hoover é tudo
mal educado! Cruzes!”, né?
Mas ter essa medida não é fácil. Requer paciência,
experiência e ouvir os outros. Respeito é básico e é para todos independente se
conhecem o livro desde que foi lançado ou se vão começar a lê-lo agora.
Então, nesse “Papo de Sexta”, além de dividir com vocês o
amor pela nossa queridona Colleen Hoover, venho pedir um favor: vamos mostrar
para ela – seja na Bienal, seja no evento na Livraria da Travessa – que não
somos um caso perdido. Vamos mostrar o lado LINDO de ser fã. Que tal?
Um comentário:
Oi Frini
Nem preciso dizer o quanto me identifico com esse post, certo? Desde os tempos de Cecily Von Ziegesar ( 2007) até hoje, depois de tantas vindas de autores da Galera, as coisas mudaram muito. Não sei se essa nova geração - e aqui falo como uma velha né rs - se acostumou muito com o ter tudo na hora, a síndrome do MSN ( conhecida como a resposta automática) . Lembro que em tardes de autógrafos de 2005, 2007...as pessoas formavam filas, corriam mas nada que dessem brigas, que envolvessem os pais dos menores...e de repente hoje me deparo com brigas como as para ver Cassandra Clare, pessoas se atacando, quando deveriam se unir. É tudo tão bizarro no meu mundo de fã de autor que me assusta. A primeira mudança que vi foi em 2011, as pessoas que ali estavam ao abrirem os portões brigavam entre si, não tentavam ver o lado uma da outra, eram como grandes competidores em busca de um autógrafo perdido. Empurraram seguranças, bateram uns nos outros...vergonha alheia .
A educação tem que prevalecer sempre, e com ela sempre acredito que a gente consiga tudo . POrque fazer inimizades nas filas quando podemos criar amigos literários? Porque se chatear se seus 700 livros daquele autor não serão autografados, se saindo com apenas 1 você dá chances a muitos outros fãs de terem um autógrafo tb?
De longe só observo...e eu, Raffa, saio feliz quando a foto é batida e nem que seja uma inicial do nome do autor é rabiscada no meu livro. Pronto, já valeu o momento <3!
P.S - torcendo para dia 07 dar tudo certo, estarei lá na fila e no auditório, como uma boa fã :)
bjos
Postar um comentário