Eu tenho quatro filhos felinos.
Achei que uma hora vocês deviam saber disso, e desde que comecei a trabalhar e
me interessar por livros percebi que eu não estava sozinha na predileção pelos
bichanos.
Vocês sabiam que vários autores
importantes fizeram – e fazem – questão de declarar publicamente seu amor
pelos gatos – em textos e imagens? Curiosamente, alguns dos meus autores
preferidos foram apaixonados por gatos e tem até episódios curiosos e tristes
em suas vidas, que envolvem os bichanos.
Hoje eu vou falar dos gatos do
Ernest Hemingway e, da próxima vez, falarei de Bob, o gato de Charles Dickens,
que quase me levou a escrever um livro!!!
Ernest Hemingway foi pra mim um dos
maiores contistas da língua inglesa – aqui no Brasil seus livros são
publicados pela editora Bertrand Brasil,
do grupo editorial Record –, mas
além de escritor premiado e grande aventureiro (ele lutou em guerras e esteve
perto da morte várias vezes!), ele era apaixonado por gatos.
Um dos episódios mais tristes de sua
vida foi quando ele teve que sacrificar Uncle Willie, um de seus gatos
preferidos, que estava sofrendo muito após ser atropelado. A carta que ele
escreveu a um amigo contando o episódio é um dos textos mais tristes que eu já
li e nela fica claro o respeito e o carinho que ele tinha pelo gato de
estimação.
Mas tem um episódio bizarro ligado a
Hemingway e à sua paixão pelos gatos. Hemingway criava gatos mutantes. Isso
mesmo. Gatos mutantes, com seis dedos. Até parece ficção científica, né? Mas a
história é real. E os gatos vivem até hoje na casa do escritor –hoje transformada em museu. E, como todo gato que se preza, lá eles também se acham
os donos do pedaço.
Num ofício que costuma ser
solitário, os gatos – independentes e silenciosos –tanto podem ser uma
inspiração como uma ótima companhia para os autores. Na próxima coluna, vou
falar de Bob, o gato que Dickens – literalmente – imortalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário