23 de jul. de 2015

Galera entre letras: Ernest e os Gatos

Eu tenho quatro filhos felinos. Achei que uma hora vocês deviam saber disso, e desde que comecei a trabalhar e me interessar por livros percebi que eu não estava sozinha na predileção pelos bichanos.

Vocês sabiam que vários autores importantes fizeram  e fazem  questão de declarar publicamente seu amor pelos gatos  em textos e imagens? Curiosamente, alguns dos meus autores preferidos foram apaixonados por gatos e tem até episódios curiosos e tristes em suas vidas, que envolvem os bichanos.


Hoje eu vou falar dos gatos do Ernest Hemingway e, da próxima vez, falarei de Bob, o gato de Charles Dickens, que quase me levou a escrever um livro!!!

Ernest Hemingway foi pra mim um dos maiores contistas da língua inglesa – aqui no Brasil seus livros são publicados pela editora Bertrand Brasil, do grupo editorial Record , mas além de escritor premiado e grande aventureiro (ele lutou em guerras e esteve perto da morte várias vezes!), ele era apaixonado por gatos.

Um dos episódios mais tristes de sua vida foi quando ele teve que sacrificar Uncle Willie, um de seus gatos preferidos, que estava sofrendo muito após ser atropelado. A carta que ele escreveu a um amigo contando o episódio é um dos textos mais tristes que eu já li e nela fica claro o respeito e o carinho que ele tinha pelo gato de estimação.

Mas tem um episódio bizarro ligado a Hemingway e à sua paixão pelos gatos. Hemingway criava gatos mutantes. Isso mesmo. Gatos mutantes, com seis dedos. Até parece ficção científica, né? Mas a história é real. E os gatos vivem até hoje na casa do escritor –hoje transformada em museu. E, como todo gato que se preza, lá eles também se acham os donos do pedaço.


Num ofício que costuma ser solitário, os gatos  independentes e silenciosos tanto podem ser uma inspiração como uma ótima companhia para os autores. Na próxima coluna, vou falar de Bob, o gato que Dickens  literalmente  imortalizou.


Até!

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