9 de nov. de 2015

Tons da Galera: #HMBALMAINATION

Que ia ter histeria todo mundo sabia (quem não lembra daquele vídeo clássico numa liquidação de Alexander Wang em que de repente tudo ficou de graça?). A surpresa maior foi a globalização desta histeria verdadeiramente coletiva: Nova York, Dubai, Istambul, Paris — em quase todas as H&Ms do mundo o lançamento da coleção cápsula com a Balmain fez o aniversário recente de uma rede de supermercados carioca parecer brincadeira de criança.


Horas de desespero

Em Sidney, os consumistas esperaram horas debaixo de chuva. Paris vendeu tudo em menos de 3 horas. Em Londres, teve gente dormindo na porta da loja para um primeiro lugar na fila. A confusão foi tanta na hora de abertura de uma das filiais inglesas, que a polícia teve que fechar a loja. O site para compra virtual não aguentou a quantidade de acessos e saiu do ar, e filas dobraram quarteirões. Muitos fashionistas estavam ali para finalmente poderem ter uma pecinha da marca francesa. Porém, para muitos essa aventura já virou negócio: algumas horas depois um vestido que saía por 349 libras na loja estava no eBay sendo vendido por 6 mil libras com 19 lances já às quatro da tarde.

  
Como explicar? Olivier Rousteing, atual estilista da marca, é um gênio do marketing, e conseguiu, fazendo Kardashians e Gigis Hadids do Instagram usarem suas roupas e irem à suas festas, transformar a Balmain numa marca jovem e sonho de consumo. Muita gente torceu o nariz para tamanha modernização de uma marca antiga que vestia gente como Ava Gardner e Brigitte Bardot, mas a questão é que Olivier falou muito bem a língua que move essa indústria: a língua dinheiro, e ele não parece prestes a abandonar o barco – como fizeram Raf Simmons da Dior e Albert Elbaz, da Lanvin — tão cedo.


Balmain ontem e hoje.

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