27 de jan. de 2012

Papos de sexta: Livros X filmes, por @vivimaurey

Todo mundo que me conhece sabe o quanto eu sou apaixonada por Senhor dos Anéis e Harry Potter. Respiro ambos desde meus doze anos, quando o mundo ainda não vivia o boom da era digital, mídias sociais e mobilidade social *cof cof* celular. Mas é claro que já existia o cinema (hello, me chamo Viviane e sou uma pirralha dos anos 80). Quando eu nasci já tínhamos grandes nomes como Spielberg, George Lucas e James Cameron, não esquecendo, é claro, dos mais clássicos ainda: Hitchcock, Coppola, Scorsese, Polanski, Woody Allen, entre muitos outros.

Acredito que muitos fãs de cinema e literatura – mas é melhor falar só por mim –, amam quando os nossos livros prediletos são escolhidos para seguirem vida nas telonas. Ainda mais agora que podemos acompanhar o início de tudo pela internet, desde a escolha do roteirista até o fechamento do elenco, como é o caso de Fallen, da autora Lauren Kate; Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare, entre tantos outros...

Mas e quando o fã – a gente que é um sabe o que isso significa – tem uma opinião diferente da do próprio roteirista ou diretor do filme? Quando lemos um livro, a interpretação da história é 100% nossa; isso dá mesmo a impressão de que o livro é nosso, de que temos direito sobre ele. Normal. Você não é o único maluco que vê dessa forma. Sofremos todos do mesmo mal, risos! Ou você acha que alguém pode dizer melhor do que EU como o Jace (de Instrumentos Mortais) deveria se portar ou se vestir no filme? (não é assim?) ;)

A questão de tudo isso é: ver um filme adaptado daquele livro que você tanto ama não deveria ser o fim do mundo caso ele não atenda às suas expectativas. A gente não pode esquecer nunca de que um roteiro para o filme será SEMPRE ADAPTADO, ou seja, não é para ser igual. Outra coisa, aquela interpretação que você teve é tão livre quanto a de qualquer outra pessoa, principalmente a dos produtores e roteiristas do filme. É importante sim, o elenco descobrir onde fica a essência principal da história e não deixá-la morrer, mas isso pode mudar de acordo com a proposta do roteiro adaptado. Tem filme que até o ponto de vista do narrador muda completamente.

Gente, é indústria! Se os direitos do livro foram vendidos, os caras que compraram podem fazer com ele a mesma coisa que fizeram para o cão chupar manga (sério, ninguém merece essa expressão)! Se você queria tanto que fosse do seu jeito, junta grana e compre você mesmo os direitos, risos! Ah, e, é claro, aprenda a fazer cinema... É simples. Alguém sempre ficará insatisfeito. Não se pode agradar a todos. :P

Vejo várias coisas que poderiam ter sido diferentes tanto em Harry Potter como em Senhor dos Anéis, mas quem sou eu para colocar defeito? Se a própria Rowling deu suporte e consultoria para os produtores... tipo... do que EU seria capaz de reclamar?

Se um maluco (Peter Jackson) levanta uma ideia, arrecada uma grana, em tempos difíceis, devo acrescentar, faz uma distribuidora acreditar nele (um cara que não era nenhum Spielberg da vida) e filma três produções de uma só vez – o que não é para qualquer um –, a única coisa que EU posso fazer é tirar o chapéu e abaixar a cabeça.

Mesmo não aceitando algumas mudanças absurdas que Peter Jackson fez nos roteiros adaptados, PRECISO reconhecer que o cara é um gênio e agradecer ZILHÕES de vezes. Se não fosse por ele, Senhor dos Anéis não teria ido para as telonas, ao menos não naquele momento da minha vida, e nem na Nova Zelândia que, na minha opinião, fez a grande diferença. Afinal, a Terra Média é uma personagem importantíssima para a voz da história!

Então, sempre antes de reclamar das escolhas que PROFISSIONAIS fazem para levantar um filme cujo roteiro será adaptado de um livro famoso, meço bem as minhas palavras. ;)

E você? Qual livro mais gostaria de ver no cinema?

Bjocas, 
Vivi.

12 comentários:

Anônimo disse...

Vivi, é como eu sempre digo no Clube do LIvro: Quando lemos um livro, a história é 50% do autor e 50% nossa, porque é com nosso histórico, valores, vontades que a gente preenche as lacunas escritas pelo autor. Quando o livro é adaptado para o cinema, vimos o ponto de vista do roteirista e diretor que, muitas vezes, não é parecido com o nosso. O que tudo bem, é normal. Só não vale perder a razão e surtar (como é muito normal).

beijocas Vivoca!
Frini

Vivi Maurey disse...

Exactly. Tem gente que surta e acaba perdendo as estribeiras mesmo. ;)

Janda Montenegro disse...

Pois é, a transposição de uma história de um livro para as telonas implica uma sééérie de fatores, inclusive o comercial - e ei, o comercial é importantíssimo, ou o filme não vende e o dinheiro vai pro ralo. Faltou apenas dizer que há filmes que superam os próprios livros (são raros, eu sei, mas existem), como é o caso de O Discurso do Rei. Neste caso, o poder de síntese dos roteiristas conseguiu enxugar o que havia de importante e (graças a Deus) Colin Firth fez um gago sexy! rs.

beijocas meninas

Pah disse...

O legal de um livro que gostamos ir para o cinema, ou até mesmo virar uma série de tv, é que na hora da nóticia ficamos super empolgados com a adaptação, e como vc mesma disse podemos acompanhar o processo de produção pela internet, o problema desse acompanhamento é que conforme vão sendo escolhidos os atores ou sendo divulgadas as fotos dos cenarios já começamos com aquele "não é bem assim que acontece" ou "o que eles pensam que estão fazendo com a melhor parte do livro?!" fazendo com que as expectativas vão crescendo cada vez mais, o resultado final só saberemos no lançamento que é quando ou ficaremos realmente felizes por tal livro ter ido pras telas ou decepicionados por terem alterado de tal forma o livro que amamos.

Carol Ardente disse...

Se eu fosse rica e formada em cinema, compraria os direitos do filme. Mas como não sou, fico quietinha dando a minha opinião e admirando um trabalho bem feito. :) Eu amo muito a indústria cinematográfica e acredito nos roteristas, produtores e nos artistas envolvidos no filme. E no final, eu sempre acabo gostando do filme. HUAHAU. Também tiro o chapéu para o Peter Jackson e Speilberg. Eles estão fazendo ótimos filmes e já fizeram também. :) Como você disse, o filme não será totalmente parecido com o livro e não me importo com isso. Já ter o seu livro preferido no cinema já é uma grande coisa. E é muito legal ver que os produtores estão usando mais os livros. :)
Adorei a coluna, Vivi!
Beijos ;*

Ana Carolina
http://loucospor-livros.blgospot.com

Raffafust disse...

Oi Vivi

Nossa..perguntinha difícil a sua já que vários livros que amo já viraram filme ou seriado...acho que sempre espero por uma adaptação de "A cabana"...desde que li quis que virasse filme...e até hoje nada.
De Meg Cabot acho injustiça a série Garotos nao ter virado nem um seriado :(


Bjão

Juh Sutti disse...

Assino embaixo em tudo que vc escreveu Vivi!
Mas mesmo consciente de tudo isso, a gente sempre vai reclamar, nem que seja só um pouquinho. Impossível não se irritar com a escolha nada a ver para o papel de Jace! Ódioooo hauahauahaua.
Eu queria muito ver Menina de Vinte nas telonas <3

Beeeijos

Noelle disse...

Oi adorei o poste sobre os filmes as vezes nao serem exatamente o que imaginamos (ponho isso pra crepusculo) vc imagina o mocinho tão fantastico e depois eles nao colocom um cara nada parecido com o que você pensou ¬¬'. tema importante pra ser discutido ♥




Noelle
http://bprinces.blogspot.com/

Vivi Maurey disse...

ahhahahahahaha pois é, pessoas. A gente sempre vai reclamar pq senão qual é a graça? Não é verdade? ;)

Só sei que eu queria MUITO ver algum livro de Bernard Cornwell virando filme, principalmente se for das Crônicas do Rei Artur. =D hhihihhi

Luana disse...

Falou tudo! As adaptações nunca vão alcançar todas as nossas expectativas, afina sempre vai ter aquela expressão de um personagem ou aquela cena que você ama e que vc montou na SUA cabeça. Eu adoro que meus livros favoritos virem filmes, é como se sua imaginação ganhasse forma em tela granda! haha Adoraria ver A música q mudou a minha vida como filme, não só ele, mas vários outros.
ps: mas mesmo assim eu continuo achando que a disney fez merda em O Diário da Princesa, desculpa.
beijso, lu
bananapirata.blogspot.com

Anônimo disse...

Eu concordo plenament eles são profissionais e sabem o q é preciso ser feito pra chamar a atenção nas telonas e nem sempre o q esta extament no livro ficará bom no cinema. Embora mts fans reclamem d td, eu procuro apreciar outros fatores q naum sejam a história em si como: os efeitos, o cenário, a construção dos personagens... Pra terminar eu gostaria q a Saga Hush, Hush fosse adaptada pra telinha

Evellyn disse...

Linda coluna Vivi!
Essa é uma tecla que eu vivo apertando!! Parece que o pessoal não entende o que é um roteiro adaptado, um filme 'baseado' do livro tal...

Morri de rir com suas comparações para o Peter! E olha, eu acho mesmo que o que ele fez foi ousado e fundamental!! Filmar 3 filmes de uma vez não é pra quem quer, é pra quem PODE! (alias, um caso raro! Acho que series (que não passa mt tempo nos livros) deveriam ser filmas assim preferencivelmente.. Assim o elenco não 'envelhecia' sabe...

Eu costumo gostar de todos os filmes adaptados! rs (ai vc diz, não precisa chegar a tanto) mas sério.. Cada meio tem sua particularidade e eu amo assistir um livro 'ganhar vida'.. alguns não ficam mt bons, é verdd, mas eu costumo respirar fundo.. Qualquer coisa é só não assistir nunca mais!

bjss