Todo mundo sabe que sou fã da autora
Cassandra Clare e do universo Shadowhunter criado por ela. Seus livros estão
entre os meus favoritos, e Jace sempre será um dos meus amores literários.
Nem preciso dizer que estava ansiosa
para assistir a série na TV, certo? Era um misto de excitação e apreensão pelo
que estava por vir. Não me considero uma fã hardcore, do tipo que não tolera
alterações na trama ou nos personagens (afinal, uma adaptação — tanto
cinematográfica quanto televisiva — pressupõe a adequação da obra ao meio), mas
torcia para que a série não tivesse o mesmo destino do filme (e ainda torço por
isso).
Pois é, o episódio piloto não me
impressionou. As atuações, os diálogos, os efeitos, os cortes, tudo estava off.
Eu não manifestei o meu descontentamento nas redes sociais, apenas fiz um
comentário ou outro nos posts de amigos, mas sempre mantendo o otimismo.
O segundo episódio também foi fraco e
pensei em abandonar após o terceiro (que episódio foi aquele?!), mas eis que o
quarto e o quinto episódios renovaram minha esperança na série e me inspiraram
a escrever esse post.
Antes de mais nada, permitam-me
posicionar quanto às reclamações dos fãs: não me incomoda o fato dos
protagonistas serem mais velhos e Hodge ser mais jovem (e gato! rs), do
Instituto ser high-tech e os demônios virarem papel picado incandescente, de
Maureen apresentar as características de Maia e Dot substituir Madame Dorothea,
de Camille ser asiática e Luke um policial. O que mais me preocupa é o tom e o
ritmo da série.
A maior vantagem de uma adaptação
para TV é ter mais tempo para desenvolver os personagens e a trama, mas o
diretor McG e o roteirista Ed Decter parecem ter pressa para contar a história,
como se precisassem cobrir logo os pontos-chave da obra de Cassandra Clare para
então partir em vôo solo.
Quando o material original é de
qualidade, como é o caso, ele merece ser bem aproveitado, não apenas para
agradar o fandom, mas também para facilitar a vida de quem não leu os livros e
quer acompanhar a série. De nada adianta correr até a melhor parte da história.
O que faz essa parte ser tão boa é justamente o longo e tortuoso caminho até
lá. #ficaadica
O quarto e o quinto episódios tiveram
mais acertos do que erros: diálogos tirados dos livros, a introdução de Malec,
menção a uma personagem querida, Jace treinando sem camisa, a invocação de um
demônio maior, uma prévia de Sizzy etc. Talvez a produção tenha finalmente se
dado conta do potencial que tem nas mãos, e em vez de mudar a mitologia, tenha
decidido expandir o mundo das sombras.
Os atores também parecem mais à
vontade do que nos primeiros episódios. Não tenho o que reclamar dos irmãos
Lightwood — tanto Matthew Daddario, o Hottie com H maiúsculo que interpreta
Alec, quanto Emeraude Toubi, a igualmente gata que interpreta Isabelle, estão
bem nos papéis —, e Alberto Rosende é um Simon e tanto! Os demais atores podem
melhorar, inclusive o núcleo adulto da série.
Eu também gostei do tom mais leve dos
episódios. Harry Shum Jr, que interpreta Magnus Bane, trouxe humor para a série
e, pelo Anjo, como ela estava precisando! Essa é uma série jovem do canal
Freeform e não uma minissérie da HBO. Shadowhunters pode repetir o sucesso de
Buffy, Supernatural, Teen Wolf, Vampire Diaries etc, basta não se levar tão a
sério. #ficaoutradica
Por último, tenho que mencionar
Malec. Já deu para perceber que Harry e Matthew têm mais química do que Dominic
Sherwood e Katherine McNamara (mesmo que a interação entre Jace e Clary tenha
melhorado nos últimos episódios) e não será surpresa se roubarem a cena do
casal principal. Precisa de outro motivo para assistir a série?! rs
Na minha opinião, o maior desafio de
McG e cia é tornar a série tão divertida quanto os livros. Eu não sei se é
possível, mas acredito que estamos progredindo — e isso é o suficiente para dar outra chance :)
3 comentários:
Tirou as palavras da minha boca, principalmente sobre os irmãos Lightwood e Magnus Bane !!
Concordo a respeito do ritmo da série, mas temos que levar em consideração que o primeiro livro será adaptado em 13 episódios, por isso eles tem um numero limitado de tempo sim para mostrar o que acontece na obra, porém os primeiros episódios poderiam ter sido mais aproveitados.
Nas reclamações dos fãs, concordo com a lista que você colocou: nada daquilo me incomoda.
O que me incomoda é a Isabelle ter o pior guarda-roupa do mundo e ele e sua postura bizarra tirarem o foco da personagem; de McNamara ser MUITO fraca e com voz chatinha. Alec está parecendo o Jace e o Jace tá muito bonzinho (embora ache infinitamente melhor do que o malinha que ele é no livro. Sorry, TIta, mas ele é mala. HAHAHHA).
Mas não dá para comparar Shadowhunters com Buffy. Sou Buffy fangirl há anos e para mim é a melhor ever! Mas Shadowhunters pode melhorar se as atuações se assumirem e sairem do estilo "estou na peça de final de ano da escola".
Mas fato que, com todos os erros, continuo assistindo. HAHAHAHAH!
beijocas, parabatai!
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