O ano está acabando e, ao olhar para as páginas do calendário, penso em tantas
outras páginas viradas em 2013. Geralmente, quando paro para decidir o que
escrever para o blog da Galera, volto minha atenção para o coração, não para o
que eu tenho
que escrever, mas para o que eu preciso escrever. E o assunto dessa vez foi
paixão.
Acabei de ler um livro excelente, no qual a autora mostrou
amadurecimento na escrita e seus personagens podem não somente ser definidos
como apaixonantes, mas podem ser estudados! Sabe quando você quer muito ler uma
cena e ela é escrita exatamente como você queria que fosse? Quando acabei de
ler, fiquei um tempão sorrindo e com o coração batendo mais rápido do que asas
de um beija-flor! E essa sensação me fez questionar: será que sou maluca por me
apaixonar tão perdidamente por pessoas que não existem?
Andando pela casa, por livrarias, olho as lombadas dos livros e
cada título me faz lembrar a experiência de ler aquela aventura, de me apaixonar
por aquele “gatinho”, de me identificar com aquela protagonista.
Em 2013, eu conheci Garotos Corvos, complexos e fascinantes e que me
prometeram mais aventuras ano que vem. Encantei-me com um Substituto que não é humano,
mas questiona, sente e ama mais do que se fosse. E também me apaixonei
perdidamente e irrevogavelmente por dois caçadores de sombras antiquados,
cavalheiros e cheios de personalidade. Anjos ou príncipes, me fizeram sentir como uma princesa nada mecânica. E eu chorei ao virar a última
página, chorei tanto que até Eureka teria se afogado.
Aliás, 2013 foi um ano de lágrimas. Como é possível ter o
coração rasgado tantas vezes, chorar tanto, tanto e ainda voltar para mais? O
ato de se apaixonar, pra mim, é se doar de corpo e alma, sem ressalvas, sem
medo, sem volta. E por que personagens fictícios mereceriam menos do que isso?
Eles vivem nas páginas, na imaginação, mas eles nasceram de lágrimas derramadas
por alguém também. E essas lágrimas do autor geram outras no leitor. Esse
coração quebrado quebra outro, mas o transforma também. Coração de leitora é
assim: de papel, como nossos amados livros. Ele se recicla, se fortalece e não
para de amar, nunca.
De papel ou não, nosso coração bate em um ritmo, em uma Métrica própria. E passo a
passo, página a página, mergulhamos mais fundo nessa batida. Ninguém disse que
se apaixonar pelo “gatinho” perfeito das páginas, pela jornada sofrida da
protagonista, seria Easy, mas vale muito a pena. Porque em cada lombada
aberta e fechada, o coração bate mais forte e o que era só de tinta e papel se
faz verdadeiro no questionamento que ele acorda, no amor que ele faz sentir.
2013 está acabando, mas 2014 vem aí, com mais doze meses de
promessas de novos amores, novas aventuras, novos livros. Meu coração de papel
se amassa, se rasga, se recicla e se agiganta, com espaço para mais personagens,
mais histórias. Vem, ano novo! Estou te esperando!
5 comentários:
Ah, que texto lindo! E só para constar, lembrei que quis (e ainda quero!) muito ler O Substituto.
Um beijo, Livro Lab
adorei... =)
verdadeiramente temos um coração de papel, um que se apaixona, sofre, mas que logo está ali de novo com outro livro na mão... outra indicação e mais uma nova história para se apaixonar.a
Não sei como, porque amo seus textos, mas você se superou... bjs da sua fã Thalita
Tantos livros e personagens favoritos neste post! Amei <3 E acho super válido se apaixonar por seres fictícios - principalmente quando se está comprometida na vida real :P Bjs, Frini!
Frini
amei sua coluna, 2013 também foi um ano de lágrimas, me emocionei com tantos livros, acho que sofri mais esse ano com eles, mas pudera, estava sensível ;)
Ainda não li todos os livros que vc citou, mas já anotei aqui
beijos
Postar um comentário