19 de nov. de 2013

Melhores do Ano: Melancolia

Olá, pessoal! Tudo bem? Todo mundo leu bastante durante o feriadão? Espero que sim!

Bom, para continuar com a nossa coluna premiada com os melhores do ano, eu escolhi o querido Como Dizer Adeus em Robô. Na verdade, ele já estava escolhido há algumas semanas, quando tive a ideia pra coluna, e eu estava bem ansiosa para falar sobre ele. *.*

Foto por Bruna Mateus

A história gira em torno da garota-robô e do garoto-fantasma e, com certeza, é bem diferente do que você tem lido por aí. Bea ganhou esse apelido da mãe, que costumava dizer que ela não tinha sentimentos. Já Jonah é chamado assim pelos cruéis colegas de escola, que não fazem ideia do que está por trás de sua solidão. Até que Bea aparece.

Jonah, sendo só como era, não poderia imaginar que algum dia compartilharia com alguém o que compartilhou com Bea. Mas, calma, essa não é uma história de amor qualquer. Na verdade, não é realmente uma história de amor, mas também não deixa de sê-lo. Quer ver só?

“Se um namorado é a primeira pessoa em quem você pensa quando acorda pela amanhã e o último rosto que vê antes de dormir, então eu estava apaixonada por Jonah, Mas, se um namorado tinha que envolver química e beijos e sexo e essas coisas, então, não, ele não era isso.” (pág.130)

Enquanto a amizade dos dois vai crescendo, vamos conhecendo um pouco mais sobre eles, principalmente Jonah. É incrível como coisas e pessoas legais podem passar despercebidas devido a certos rótulos, né? 

Eu não tenho celular – disse ele. – No meu quarto tenho um telefone de disco dos anos 1960. Demora à beça para discar, o que me impede de dar telefonemas impulsivos.” (pág. 111)

Ah, olha aí uma das coisas que mais gosto em Jonah: ele é um pouquinho antiquado. Antiquado e solitário, ele encontra companhia no Night Lights, um programa de rádio onde as pessoas podem participar ao vivo e onde amizades surgem – e se fortalecem, como a dele e de Bea. Foi nesse momento que o livro me pegou, porque fiquei imaginando duas pessoas incompreendidas encontrando companhia e apoio uma na outra, através de um programa de rádio, uma coisa que eu realmente amo e sinto falta. Sério, eu adoro o dial, os locutores, as dedicatórias... e era bem isso que eles faziam, conversavam pelo rádio (eu até tive minha própria experiência a la Night Lights XD)! Tem como não amar?

Escrito por Natalie Standiford, o livro é um presente para os leitores e nos leva a lugares distantes da noite, do tempo e de nós mesmos. Ele é um presente daqueles bonitos, sabe, bonito além da história compartilhada por Jonah e Bea (que eu não posso contar por causa de spoilers). Vejam como ficou linda a arte a final do livro, toda em preto e rosa!


“Eu senti como se fosse possível abrir uma porta no meu peito oco de metal – só abri-la, facilmente – e ver meu coração latejando, cru e sangrento e dolorido. Você até podia esticar a mão e apertá-lo se quisesse.” (pág. 308)

Essas últimas palavras são de Bea, mas traduzem exatamente como me senti lendo Como Dizer Adeus em Robô. Mas não pense que você deve deixar de ler por causa disso. E caso você realmente não tenha lido e esteja se perguntando o porquê da melancolia no título, você vai entender ao terminar a leitura: o fechar do livro é quase como um abraço. Vale a pena tudo até ali.

xoxo

Um comentário:

Cida disse...

Eu não tive oportunidade de ler ainda, mas as resenhas que li forma bem animadoras, o livro parece ser muito sensível e nada clichê. Bjos!!