Oi, gente! Tudo bem? Como na
semana passada a Ana Resende escreveu sobre Literatura
Fantástica, resolvi pegar carona pra falar do melhor livro de fantasia do
ano: Merlin – Os Anos Perdidos!
Neste livro, o primeiro de uma
série de cinco, T.A. Barron compartilha com a gente seus profundos
conhecimentos sobre a mitologia de Merlin e, mais do que isso, ele nos
apresenta um novo ponto de vista sobre a história do mago: sua infância e
juventude. Entre tantas referências ao
mago já adulto, é muito bacana constatar que conselheiro do Rei não nasceu
velho e sábio. Não que alguém acredite nisso, mas você não concorda que é, no
mínimo, fascinante e enriquecedor que possamos saber a história do maior mago
da história, desde o início? Para quem gosta de fantasia com elementos
mitológicos e cenários extraordinários Merlin
- Os Anos Perdidos é um prato cheio!
Diferente de tudo o que já conhecemos sobre Merlin, neste primeiro livro somos
apresentados ao menino Emrys e sua jornada de autoconhecimento até se tornar o
lendário Mago. Com narrativa em primeira pessoa, acabamos descobrindo tudo
junto com ele e acompanhando seu desenvolvimento pessoal e mágico, digamos
assim. Enquanto vivenciamos com Emrys suas experiências na tentativa de
reconstruir sua vida e descobrir quem é, de onde vem ou entender seus poderes
conforme estes vão surgindo, também vamos conhecendo Fincayra, a terra à qual o
jovem mago acredita pertencer. A descrição de cenários feita pelo autor é tão
fascinante que você vai além da visualização do lugar, chegando ao
encantamento! Mas muitas são as perguntas sem respostas, o que aumenta, para
nossa sorte, as aventuras de Emrys em busca delas:
“— Então esse é o meu verdadeiro
nome?
— Não necessariamente! Seu
verdadeiro nome pode não ser seu nome de batismo.
— Emrys nunca caiu bem para mim.
Mas como eu encontro meu verdadeiro nome?
— A vida vai encontrar para você.
— Não sei o que você quer dizer.
— Com sorte, você saberá no
devido tempo.
— Bem, meu verdadeiro nome é um
mistério, mas pelo
menos agora sei que sou de
Fincayra.
— Você é e não é.
— Mas você disse que eu nasci
aqui!
— Seu lugar de nascimento pode não ser o
lugar ao qual pertence.” (pág,282)
Por falar em encantamento, é
claro que desde já temos contato com a magia de Merlin. Podemos ver sua
incompreensão às primeiras manifestações de seus poderes, a busca pelo
conhecimento e pelo controle dessas novas habilidades. E, claro, tudo isso
acompanhado de elementos nórdicos, criaturas malignas, deuses, mitos celtas e
sabedoria milenar que podemos tirar proveito nos dias de hoje, como seus
conflitos internos e externos de bem contra o mal.
“E acabei por entender, de uma forma como jamais antes, que os livros
são realmente milagrosos. Até ousei sonhar que um dia, de algum modo, eu
conseguiria me cercar de livros de muitas épocas e muitas línguas.” (pág.93)
Que Merlin guie você ao milagre
dos livros em Os Anos
Perdidos !
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