30 de jan. de 2015

Papos de sexta: Minha lista de autores desejados


Normalmente, quando um novo ano começa, as pessoas fazem lista de promessas a ser cumpridas. Já pessoas como eu fazem lista de autores que gostariam de conhecer (ou de rever). Com o início dos anúncios de quem vem para a Bienal do Rio 2015, me peguei fazendo essa lista logo no início do ano. Claro que sempre sonho com alguns um pouco impossíveis de vir — pelo tamanho do sucesso e que seria um caos total —, mas continuo sonhando firme!
Por esse motivo, resolvi mostrar para vocês quais os autores da Galera que eu AMARIA conhecer, e quais eu já vi mas não me importaria de ver de novo. (rs!)

Os que já vieram, mas podem (e precisam) vir novamente:
Meg Cabot
Por motivos óbvios Meg no Brasil nunca é demais. Ela já veio uma vez na Bienal de 2009, mas ela é diva, é rainha e mãe de Diário da princesa, quantas vezes merece voltar? Eu diria que todo ano, até porque só assim para eu conseguir autografar todos os meus livros dela.
A boa notícia é que ela anunciou em seu site oficial que em outubro estará no Brasil, e a gente já fica torcendo para ela passar na nossa cidade! Minha coroa tá aqui separada para tirar foto com ela novamente :)
Scott Westerfeld
Gente, Scott é amor, o cara responde a gente no Twitter, interage e é um fofo.  Como não bastasse, ainda é autor da série Feios, que sou fã. Sim, ele já veio no Brasil em 2012, acompanhado da esposa também autora da Galera: Justine Larbalestier.
A gente precisa de mais Scott esse ano. E pode trazer a esposa! Vem, seu lindo <3 span="">
Cecily Von Ziegesar
Essa eu amo tanto que nem ela me aguenta mais. Autora do sucesso Gossip Girl, esteve no Brasil duas vezes, em 2007 e em 2012! Cecily é simples, talentosa e pareceu gostar muito do Brasil, falou bem do Rio e de São Paulo. Já tenho minha série GG autografada, mas preciso de autógrafos da It Girl, pode vir para o Brasil?
Margareth Stohl
Essa pode ganhar o título de Miss Simpatia. Fã das selfies, esteve no Brasil ano passado. Adoro os livros que ela escreve com a Kami Garcia (série Dezesseis luas) e sou super a favor de ela voltar com a amiga para um evento maior onde mais gente possa conhecer essa fofa.

OS AUTORES DA GALERA QUE PRECISO CONHECER
David Levithan
Por motivos óbvios... o cara arrasa! Gente, ele é divo! Adoro ele desde Nick & Norah! Ele tem cara de ser gente boa, supertalentoso.
John Green
Imagina se ele aparece de surpresa atrás do Levithan no meio dos autógrafos? Ia ter que chamar a Guarda Nacional! Gente, amo o Green — como todas nós — e sonho em ter nem que seja um J assinado em algum livro (e uma selfie para a posteridade!)
Colleen Hoover
Se ela vier, vou cobrar tudo que gastei com Kleenex ... mentira, vou é parabenizar por ter lido um dos livros mais maravilhosos da vida. Métrica é para manter na lista de favoritos para sempre, e queria muito dar um abraço nessa autora.
L.J. Smith
Vampiros nunca mais foram os mesmos depois de Stefan e Damon vieram. E Elena. Eita moça sortuda! Tem os dois!
L.J provou que histórias boas sobre o tema nunca morrem, os livros são amados por uma legião de fãs e viraram um seriado de sucesso. Acho que depois de tudo que ela passou com a questão do direito dos livros dela merecia uma vinda calorosa ao Brasil para sentir o quanto a amamos!


Ufa, essa é minha listinha :) E a de vocês?? Bienal vem aí... Façam suas apostas! Quem vem? Quem merece vir? Me contem! 

29 de jan. de 2015

Galera entre letras: A fantasia de gravata apertada

Antes que alguém estranhe o título da coluna, sim, nós hoje vamos falar, como eu tinha prometido, de um dos artigos teóricos mais importantes para os autores de fantasia: Sobre histórias de fadas, de J. R. R. Tolkien. Muitos comentários críticos têm sido feitos ao texto de Tolkien, e entre esses, o artigo de Michael Moorcock, intitulado Epic Pooh [Ursinho Pooh Épico, numa tradução livre] [e que pode ser lido em inglês aqui: http://www.revolutionsf.com/article.php?id=953], e os comentários de China Miéville [aqui, em inglês: http://boingboing.net/2003/11/02/mieville-on-tolkien.html], um interessante autor de weird fiction, são relevantes para a compreensão do próprio conceito de “fantasia” no século XXI. Então, imaginem que Tolkien, o “bom velhinho” de ar professoral, anda sentindo o nó da gravata bastante apertado desde meados dos anos 1970, quando começam a surgir outras ideias a respeito da fantasia.

O bom professor Tolkien.

Como eu falei antes, se Tolkien não é o “pai da criança”, isto é, o pai da Fantasia com F maiúsculo (que inclui cortes, príncipes, nobres cavaleiros e donzelas em perigo), com certeza, é um de seus teóricos mais importantes, pois foi justamente ele quem descreveu as principais características do gênero, de forma organizada e sistemática, pela primeira vez. Depois dele, é óbvio, vieram outros teóricos (e escritores) importantes, e cada dia que passa se torna mais decisivo pensar quais seriam as características da ficção fantástica no século XXI, e se a “fantasia” (com F maiúsculo ou minúsculo) daria conta de incluir temas importantes hoje, tais como: questões de gênero, diversidade, etc. etc.
Obviamente, na época de Tolkien as questões que importavam eram outras, mas ainda assim dificilmente alguém que se proponha escrever ou resenhar um livro de ficção fantástica pode deixar o bom professor inglês de lado nessa hora.

Mas o que tem de tão importante no artigo de Tolkien? Aqui eu vou fazer um resumão do texto dele (que tem tradução para o português; é só procurar) com os pontos que, óbvio, me interessam.
Pra começo de conversa, depois de grandes doses de etimologia, Tolkien diferencia as “histórias de fadas” de outros tipos de história, tais como os contos de viajantes ou os contos que ocorrem durante o sono ou qualquer estado alterado da mente. Essas histórias (como Gulliver ou Alice no País das Maravilhas) não seriam “verdadeiras” histórias de fadas, justamente porque poriam em xeque a credibilidade da história (para Tolkien, as histórias de fadas implicariam uma “suspensão da crença”, ou seja, não faz sentido pensar essas histórias em termos de realismo ou não realismo; realidade ou sonho etc.).
No fim de Alice ----- e pra quem ainda não leu (tem alguém que ainda não tenha lido Alice?!), tem SPOILER bem aqui -----, ela acorda, não é? Para Tolkien, quando Lewis Carroll faz Alice acordar, ele rompe com essa suspensão e diz claramente para o seu leitor que aquilo que Alice viveu não era real (e isso tem um monte de consequências para a interpretação do livro de Carroll). E Tolkien também diz que contos com animais (antropomorfizados ou não) também não são histórias de fadas. Até aqui é fácil concordar com ele.
Num outro momento do artigo (que, na verdade, é uma palestra sobre Andrew Lang --- um importante estudioso de contos de fadas ---, que foi proferida nos anos 1930), Tolkien também chama a atenção para o fato de que histórias de fadas não são necessariamente histórias para crianças, e que uma leitura muito mais rica e profunda somente poderia ser feita na idade adulta ou quando não se fosse mais criança. Bingo, Tolkien!
Esse é um dos preconceitos contra o qual os estudiosos de contos de fadas e literatura fantástica lutam até hoje. E, pior, os autores têm que enfrentar esse preconceito até na hora de vender seus livros! E quantas vezes vocês já ouviram comentários do tipo: “ah, você gosta de livrinhos pra crianças, né?” ou “só lê livros fáceis” etc. etc. ?!
O problema do texto do Tolkien começa justamente quando ele identifica as qualidades específicas das histórias de fadas: a fantasia, a recuperação, o escapismo e o consolo. Pra ele (muito acertadamente), fantasia não tem nada a ver com sonho ou alucinação; ao contrário, fantasiar é uma atividade racionalíssima, pois é criadora de mundo, isto é, ao fantasiar podemos conceber um “sol verde”, por exemplo, e reconhecer, ao mesmo tempo, que o nosso sol é diferente de um “sol verde”. A fantasia não confunde o real; ao contrário, ela escapa para um mundo secundário, que nos permite fugir das agruras do mundo primário, isto é, do nosso mundo. O “consolo” das histórias de fadas aparece no “final feliz”. Depois de um monte de provações e de um plot twist espetacular, o nosso herói termina com a mocinha e tudo se resolve. Para Tolkien, a alegria das “histórias de fadas” é sua principal característica e decorre dessas quatro qualidades mencionadas.
Mas isso é um problema.

Eu poderia retomar as críticas de Moorcock e Miéville para explicar por que histórias de fadas não devem ser alegres no sentido de um escapismo ou da criação de um mundo secundário, com regras bem definidas e antagonismos demarcados. Mas eu vou usar uma outra ideia, que surgiu por acaso numa conversa com o tradutor e autor André Gordirro: a ideia de “fantasia gaiata”. Acho que ninguém nunca definiu a fantasia nesses termos --- e obviamente o nosso pobre amigo André não tem nenhuma responsabilidade em relação ao próximo texto da coluna, no qual vou expor --- e defender --- as qualidades da “fantasia gaiata” (da fantasia que se orgulha de seu f minúsculo)!
Até lá, boas leituras pra todos nós!


Tolkien fanfarrão.

23 de jan. de 2015

Papos de Sexta: Inspiração

Toda vez que um autor é entrevistado, a pergunta clássica é feita: “de onde você tira inspiração?”. E as respostas são as mais amplas e interessantes (ou banais) possíveis.

Mas não são apenas artistas (sim, autores também são artistas!) que precisam se inspirar. Eu gosto de escrever e de criar histórias, e encontro inspiração em músicas, em performances que toquem meu coração, em troca de olhares, em praticamente tudo. Só canto quando dirijo (o que é bom demais pra mim e igualmente hilário para os motoristas a minha volta) ou quando estou com sozinha e com medo, não consigo desenhar nem que seja para salvar a minha vida, e tocar um instrumento então! NOSSA! Que tristeza para os ouvidos alheios! Mas consigo escrever e gosto muito! Não somos artistas, mas isso não quer dizer que não possamos nos inspirar.

Notem que eu encontro a inspiração e não a busco. Acho que ela aparece quando estamos prontos para recebê-la e preparados para agir a fim de não perdê-la. Faz sentido? Espero que sim.

As premiações cinematográficas começaram nos Estados Unidos e as sigo desde pequena. Antes, eu torcia loucamente pelos meus atores favoritos, mas depois que a gente cresce e entende a indústria por trás de tudo, a torcida mudou um pouco. Agora, só assisto para dar uma olhada nos vestidos divos e, principalmente, por causa dos discursos de agradecimento.

Quando era pequena, assisti ao primeiro Oscar que contou com a atriz Whoopi Goldberg como apresentadora. Foi ótimo! Ela foi engraçada e tudo era perfeito e aí, no final da premiação, ela virou para a câmera e falou “Obrigada a todos por terem assistido. Hoje você está sonhando, mas um dia você pode estar aqui.” E aquilo me tirou o fôlego! Anos — que mais parecem milênios! — mais tarde, já formada em Jornalismo e Artes Cênicas, aquilo nunca saiu da minha cabeça.  Ainda não fui parar no Oscar (ainda!), mas a inspiração foi muito além de uma festa. Acordou em mim a vontade de fazer acontecer.

Mas aí, com o passar dos anos, vi essas vozes se calarem, não por imposição, mas por aparente falta de vontade. E no Globo de Ouro deste ano foi a primeira vez, em muito tempo, que os discursos foram além da lista de sempre (empresário, agente, membros da academia, etc.). Não sei se foram os acontecimentos em Paris que fizeram a voz de Hollywood voltar a funcionar, se foi a ameaça à liberdade de expressão que fez pessoas privilegiadas aproveitarem a oportunidade de utilizar essa posição para inspirar outros, como Whoopi me inspirou uma vez. Ou se, simplesmente, eles acordaram inspirados.

As palavras corretas ditas no momento oportuno formam uma combinação poderosa. Elas podem ferir, mas também podem inspirar. Quando machuca, passa. Mas, quando inspira, é para sempre. A inspiração que nos leva a continuar a luta, a conquistar nossos sonhos, a fazer a diferença é uma semente que pode ser regada facilmente com poucas palavras. E aí ela floresce rápida e continuamente. O importante é não se deixar calar, não deixar o coração endurecer, impedir que os olhos percam o brilho. Inspire-se todos os dias, de formas diferentes e expresse seus talentos. Você pode incomodar alguns, mas inspirar muitos outros.


E aí? O que te inspira?

15 de jan. de 2015

Galera entre letras: Quem é o Pai dessa Criança?

No fim de 2014/início de 2015, li vários textos interessantes sobre literatura fantástica e resolvi que, aos poucos, vou tratar deles por aqui. Mas, pra começar essa conversa, resolvi falar da “paternidade” da fantasia, porque tem muita gente (influenciada pelos filmes do Peter Jackson, provavelmente) que acredita que tudo começou com Tolkien. Mas não foi bem assim...

Provavelmente você já ouviu alguém dizer que J.R.R. Tolkien é o pai da Fantasia com “F” maiúsculo ou ainda, da fantasia épica (ou da “alta fantasia”), aquela cheia de valores arraigados, objetivos nobres, heróis valorosos e mulheres etéreas, certo? Certo, mas a afirmação está errada. Tolkien não foi o primeiro a escrever sobre isso, nem foi o primeiro a enviar o protagonista numa missão perigosa em terras longínquas. Se a fantasia com “F” maiúsculo tem um pai, o nome dele é William Morris.

Em 1894, Morris o equivalente a um designer dos nossos dias (que criava papéis de parede e estampas para tecidos, além de fontes e ilustrações de livros), e que também escrevia textos em verso e prosa publicou The Wood Beyond the World [O Bosque do Além-Mundo], romance no qual vemos alguns dos elementos que vão caracterizar a fantasia épica: donzelas em perigo, um herói obcecado em cumprir sua missão, uma longa jornada e... um final feliz.

No livro de Morris, o choroso herói, Golden Walter, é traído pela esposa e decide partir de navio para conhecer novas e distantes terras. Ao aportar numa região inóspita, ele se apaixona por uma donzela e precisa escapar de se tornar amante da mulher que a escraviza. Os jovens apaixonados fogem, mas são interceptados pelo povo urso, um povo primitivo que passa a acreditar que a donzela é a nova encarnação da deusa que eles adoravam. Walter e a jovem separam-se do povo urso e finalmente chegam ao seu destino: o rapaz se torna rei e desposa a donzela, que, após se tornar rainha, perde seus poderes mágicos junto à virgindade. Mesmo sem poder recorrer à magia, a rainha volta à terra dos ursos e os ensina a cultivar, bem como a manter a paz com seus vizinhos. Walter e a rainha são governantes sábios e gentis, e, ao fim do livro, ficamos sabendo que a longa prole dos dois governou a cidade após sua morte.

Como se vê, além da missão da qual o protagonista se encarrega, o que caracteriza a narrativa de Morris é a criação de um mundo secundário, permeado de seres fantásticos (o povo urso, por exemplo) e de magia. (A gente já falou sobre isso aqui. Basta dar uma olhada nos arquivos, que vocês vão encontrar os textos.) Além disso, é evidente que este mundo secundário tem suas próprias regras: no livro, é justamente a virgindade que garante os poderes mágicos à mocinha (e acrescentar “mais freudiano que isso, é impossível” é uma tentação).

A expressão “mundo secundário” foi usada pela primeira vez por Tolkien, num ensaio famoso, Sobre Histórias de Fadas [On Fairy-Stories], um tipo de carta de intenções do gênero fantástico. Para Tolkien, o mundo secundário seria um mundo autônomo, sem conexão com o nosso, e a comparação com o mundo real poderia até ser prejudicial. Para que tal não acontecesse em sua obra literária, Tolkien encarregou-se de criar um mundo novo em seus mínimos detalhes: em O Senhor dos Anéis, por exemplo, cada folha de árvore é descrita à exaustão. Mas esta obsessão com os detalhes teve seu preço — sabemos altura e compleição de seus personagens e algo de suas motivações, mas eles são apresentados de forma superficial, e as nuances de caráter estão praticamente ausentes.

De todo modo, a carta de intenções de Tolkien determinou tanto a sua literatura quanto a forma como nós lemos e interpretamos a literatura fantástica. Daí, às vezes, confundirmos a paternidade da Fantasia. Se Morris foi o primeiro a abordar a heroica jornada de um indivíduo, Tolkien foi o primeiro a estabelecê-la, de um ponto de vista teórico, o que não deixa de ser um feito importantíssimo!

No próximo artigo, vou falar um pouquinho de Sobre Histórias de Fadas e das questões éticas e estéticas que Tolkien tentou delinear no texto.

Até lá e boas leituras!

14 de jan. de 2015

Galera Pop: Finding Carter

Oi! Eu estava sumida né?

Mas as séries não pararam! Muita coisa boa chegou para a gente, e muitas foram embora mais rápido ainda (Selfie, Manhattan Love Story...). Mas ces’t la vie.

Pensei em fazer a primeira coluna de 2015 com uma série de suspense totalmente fora do padrão MTV, mas não se engane: amo aquelas comédias cheias de palavrão! Viva Awkward.

Finding Carter é tão absurdamente especial que você poderia assisti-la em qualquer outro desses canais de "gente grande", onde os sucessos de crítica e audiência ficam. Pontos pra MTV. Eu, pelo menos, nunca vi algo desse nível por lá; não nesses mais ou menos 8 anos em que venho acompanhando séries.

Finding Carter

Carter (Kathryn Prescott) tem uma vida incrível ao lado da mãe amorosa e divertida, Lori (Milena Govich). Vamos colocar assim para todo mundo entender: Lori é a Lorelai (Gilmore Girls) rocker e ainda mais cool, com mais cara de irmã do que de filha (não se enganem, sou Team Lorelai na veia!). Se as visse na rua, até eu acreditaria que fossem irmãs.

Mas como nós já sabemos que a vida #nãotáfácil, Carter descobre que foi sequestrada quando pequena. A mãe maravilhosa não é a sua verdadeira mãe, mas uma sequestradora.

- 5 segundos de silêncio para absorver o choque- 

Agora imagina o baque?

Sua vida vira de ponta cabeça quando precisa voltar para a família biológica e conviver com os pais, o irmão mais novo e, SURPRESA, uma irmã gêmea. Todos completos estranhos na sua vida.

Demorei uns meses para descobrir a série. Quando peguei para ver, faltavam apenas dois episódios para terminar a temporada. Mas como sou super normal, assisti tudo em uma final de semana. Wow!

Trilha de tirar o fôlego, tem choro, tem romance fofinho, tem amizade forte.

Você tem todos os motivos para assistir, eu prometo!

E um empurrãozinho: A Carter é a Kathryn Prescott, a Emily (gêmea da Katy) de Skins!

Até breve!

Xoxo

Nanda

Papos de quarta: Pausa para "shelfie"

Lembram do meu texto sobre decoração natalina? Pois inventei de montar uma árvore empilhando os livros de um jeito diferente daqueles que mostrei no post. Resultado: a árvore tombou em 1 semana! rs
Por conta disso, comecei o ano de 2015 arrumando todos os livros novamente nas estantes — uma tarefa que adoro, mas que sempre me deixa em dúvida: qual o melhor sistema de organização?
Ordem alfabética
Bastante funcional, é o sistema adotado em bibliotecas e livrarias, e um dos favoritos dos leitores! Normalmente, organiza-se por nome de autor, mas pode-se classificar também por título — ou ambos.

Autor / coleção
Pode-se agrupar os livros de uma coleção ou autor na mesma estante, sem ordená-los alfabeticamente. Esse método não é tão intuitivo quanto o anterior e não é recomendado para bibliotecas e estantes que sejam acessadas por várias pessoas, ou que tenham uma grande quantidade de livros.
Gênero / categoria
Dividir as estantes em ficção e não-ficção, contemporâneo e histórico, sci-fi e fantasia etc. Também bastante utilizado em bibliotecas e livrarias, torna-se o sistema perfeito quando somado aos dois anteriores.

Tamanho / formato
Tem gente que prefere agrupar os livros de acordo com suas dimensões — pequeno, médio e grande; fino e grosso — ou seus formatos — capa dura e brochura. O visual é atraente, mas é um sistema pouco funcional.
Horizontal / vertical
A disposição na horizontal permite uma maior ventilação dos livros, mas eles podem tombar ou mesmo empenar (para isso, existem os aparadores de livros ;) Quando empilhados, as páginas dos livros não respiram e mofam com mais facilidade, mas é um recurso interessante esteticamente.

Cor da lombada
O preferido dos arquitetos e decoradores — e o menos intuitivo de todos! rs Normalmente, os livros são agrupados de acordo com as cores das lombadas, mas já encontrei estantes em que apenas os miolos dos livros ficavam aparentes, tornando-se impossível localizar qualquer título.
O meu método é uma mistura de todos os outros! rs Eu sempre mantenho os volumes de uma coleção na mesma estante e quando sobra espaço, acrescento outros livros do mesmo autor ou gênero. Daí eu disponho esses livros em escala cromática, apenas para dar uma uniformidade visual (designer tem dessas frescuras! rs), mas não ligo para ordem alfabética.

Qual sistema vocês utilizam na hora de arrumar os livros? Conta pra gente — ou posta um link de sua “shelfie” nos comentários :)

2 de jan. de 2015

Papos de sexta: A Acumuladora


Entra ano e sai ano e meus vícios não me largam. Tenho muitos, porém o mais visível deles — e, quando se entra no meu quarto, nota-se — é: eu compro muito!
É bem verdade que trabalho muito, mas o pobre quarto já não comporta mais tantas coleções. Eu coleciono CDs, DVDs, bonecos, canecas, lápis, e lógico... livros. Quando comprei um Kindle, ingenuamente pensei que a loucura por livros ia dar uma esfriada. Afinal, nada mais prático que clicar e ter um eBook de 500 páginas ali dentro daquele quadradinho leve que você pode levar para todos os lugares. Sim, prático, mas não substituiu meus livros físicos. Se entro em uma livraria, eles me chamam, como se pedissem para ser adotados; quando invento de doar dez, volto com vinte em menos de um mês.
Não é exagero dizer que meus livros estão em todo lugar: debaixo da cama, debaixo do computador, nas prateleiras, no armário de roupa, no rack e até mesmo em caixas que comprei, achando que ali ficariam minhas próximas leituras. Resultado? A caixa está lotada e ainda tem uns vinte livros em cima, empenando-a.
Por que resolvi falar disso na primeira coluna do ano? Porque outro dia trouxe uma amiga em minha casa e ela disse “Ai Rafa, somos acumuladoras, sou igual você!”. Pronto, já descobri o que sou. E também porque por mais que todo ano eu prometa que vou me controlar, acabo fazendo como quem foge da dieta... Não consigo comprar menos livros!
Sim, já ouvi de muitos que, quando me casar, não terei onde colocá-los. Mas já resolvi esse problema: quando sair de casa, eles vão morar com meus pais. Quer motivo melhor para visitá-los mais vezes? Hum, e ainda vou ter mais um lugar pra colocar livros... OK, parei!
Não vou me controlar, não adianta dizer que 2015 vai ser diferente se o que já quero é que venha a Bienal, se já penso na mala que levo para voltar com meus queridos para casa. E eles são tão fofos coloridos um do lado do outro... Como dizer não para eles?
Ah, e se você está se perguntando “E os livros digitais?” Também amo, e compro tanto que a Amazon me avisa “Querida , você já comprou esse...!”  Tá bom, então compro outro!

E eu sei que nunca vou ter tempo de ler todos — pode ser que no dia que pagarem pessoas para ler e resenhar livros, quem sabe! —, mas aonde vou, eles vão comigo. Não imagino um ano perfeito sem eles. ;)