Olá,
pessoal! Tudo bem? Todo mundo leu bastante durante o feriadão? Espero que sim!
Bom,
para continuar com a nossa coluna premiada com os melhores do ano, eu escolhi o
querido Como Dizer Adeus em Robô. Na
verdade, ele já estava escolhido há algumas semanas, quando tive a ideia pra
coluna, e eu estava bem ansiosa para falar sobre ele. *.*
Foto por Bruna Mateus |
A
história gira em torno da garota-robô e do garoto-fantasma e, com certeza, é
bem diferente do que você tem lido por aí. Bea ganhou esse apelido da mãe, que
costumava dizer que ela não tinha sentimentos. Já Jonah é chamado assim pelos
cruéis colegas de escola, que não fazem ideia do que está por trás de sua
solidão. Até que Bea aparece.
Jonah,
sendo só como era, não poderia imaginar que algum dia compartilharia com alguém
o que compartilhou com Bea. Mas, calma, essa não é uma história de amor
qualquer. Na verdade, não é realmente uma história de amor, mas também não
deixa de sê-lo. Quer ver só?
“Se um namorado é a primeira pessoa em
quem você pensa quando acorda pela amanhã e o último rosto que vê antes de
dormir, então eu estava apaixonada por Jonah, Mas, se um namorado tinha que
envolver química e beijos e sexo e essas coisas, então, não, ele não era isso.”
(pág.130)
Enquanto
a amizade dos dois vai crescendo, vamos conhecendo um pouco mais sobre eles,
principalmente Jonah. É incrível como coisas e pessoas legais podem passar
despercebidas devido a certos rótulos, né?
“Eu não tenho celular – disse ele. – No meu
quarto tenho um telefone de disco dos anos 1960. Demora à beça para discar, o
que me impede de dar telefonemas impulsivos.” (pág. 111)
Ah,
olha aí uma das coisas que mais gosto em Jonah: ele é um pouquinho antiquado.
Antiquado e solitário, ele encontra companhia no Night Lights, um programa de rádio onde as pessoas podem participar
ao vivo e onde amizades surgem – e se fortalecem, como a dele e de Bea. Foi nesse momento que o livro me pegou, porque fiquei
imaginando duas pessoas incompreendidas encontrando companhia e apoio uma na
outra, através de um programa de rádio, uma coisa que eu realmente amo e sinto
falta. Sério, eu adoro o dial, os locutores, as dedicatórias... e era bem isso
que eles faziam, conversavam pelo rádio (eu até tive minha própria experiência a la Night Lights XD)! Tem como não
amar?
Escrito
por Natalie Standiford, o livro é um
presente para os leitores e nos leva a lugares distantes da noite, do tempo e
de nós mesmos. Ele é um presente daqueles bonitos, sabe, bonito além da
história compartilhada por Jonah e Bea (que eu não posso contar por causa de spoilers). Vejam como ficou linda a arte
a final do livro, toda em preto e rosa!
“Eu senti como se fosse possível abrir
uma porta no meu peito oco de metal – só abri-la, facilmente – e ver meu
coração latejando, cru e sangrento e dolorido. Você até podia esticar a mão e
apertá-lo se quisesse.” (pág. 308)
Essas
últimas palavras são de Bea, mas traduzem exatamente como me senti lendo Como
Dizer Adeus em Robô. Mas não pense que você deve deixar de ler por causa disso.
E caso você realmente não tenha lido e esteja se perguntando o porquê da
melancolia no título, você vai entender ao terminar a leitura: o fechar do
livro é quase como um abraço. Vale a pena tudo até ali.
xoxo
Um comentário:
Eu não tive oportunidade de ler ainda, mas as resenhas que li forma bem animadoras, o livro parece ser muito sensível e nada clichê. Bjos!!
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