Conforme
prometido no último post, aí vai um resumo (não tão sério como prometido
porque, né? Como conseguir ser sério quando se vê sapatos-esfregão na
passarela?) da avalanche de desfiles mundo afora no mês mais importante do
mundinho fashion. O roteiro foi: NY –
Londres – Milão – Paris.
As
promessas são para o próximo verão (para o hemisfério norte, para a gente é só
o que começa em dezembro do ano que vem, ou seja, muito tempo pra absorver tudo
e aderir – ou não).
Todas
as cidades mostraram muito preto e branco em lisos ou estampas abstratas (nada
de calças e ternos listrados à la Bettlejuice, por favor!) ou simples florais,
também em p&b. Some a isso silhuetas esportivas-chic e clean anos 1990,
barrigas de fora em tops cropped (bustiês no caso da extravagante Milão),
holográficos e furta-cor (sereias estão com tudo, e vou falar mais disso num
post futuro), os já esperados pastéis, e muito, mas muito rosa. Reza a lenda
que quem não tiver um casaco rosa nos próximos meses está perdido
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P&B,
3D, Rosa e branco.
Quanto
a pequenos destaques de cada cidade, Nova York esbanjou lisos em cores chave:
azul-bic, amarelo, branco e rosa lavanda. Londres, dona de uma moda sempre
jovem e irreverente, apostou em barras desfiadas (especialmente nos jeans),
pregas e vestidos mullets dramáticos, com caudas de noiva ou de sereia (olha
elas de novo). E finalmente Milão abusou
de florais em 3D bordados em tecidos (Sienna Miller usou numa saia e top cropped
para o Oscar desse ano e foi supercriticada, vejam só. Melhor confiar em Sienna
da próxima vez).
Mas
numa temporada de desfiles que tem a alucinada editora da Vogue Japão Anna
Dello Russo como a figurinha mais carimbada, o destaque mesmo só podia ter sido
o que se viu em Paris.
Além da variedade enoooorme de tendências e maluquices
apresentadas, os babados não se resumiram aos vestidos rendados e românticos
vistos em vários de seus desfiles. Jean Paul Gaultier realizou um
desfile-musical mucho loco chamado Let’s Dance with the stars, Nina Ricci
foi a mais recente vítima do tradicional protesto em desfile, dessa vez pelas
feministas do Femen, que entraram de topless na passarela, Rick Owens
apresentou um desfile performance , e testemunhamos o nascimento dos sapatos
esfregão da Rochas. Sim, porque teve gente que levou a sério os sapatos de pelo
da Celine, ano passado.
Paris é sempre uma festa: protestos, performances, festinha, e o
sapato-esfregão.
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