Foto: Mariana, Psycho Books. |
Dito e feito. Quando chegou em minha casa, passei o livro na frente de
muitos outros e me envolvi com a história que trazia no slogan: “Amor rima com
dor”. No entanto, diferente de tudo que li até agora sobre o livro nos blogs e
ouvi de amigas que leram, o motivo maior de eu ter amado esse livro e o vivido
intensamente não foi o das outras pessoas. Claro que achei a Layken encantadora
com sua força interior para dar a volta por cima de tantos problemas e óbvio
que sonhei com o dia quer teria um Will em minha vida. Mas sabem o que mais me
marcou nessa leitura? Os pais dela.
Explico: não só porque, esta semana, comemoraremos o Dia dos Pais no
país inteiro. Mas porque eu sou muito ligada nos meus, sou a filha que ainda
mora com eles por opção não por obrigação e que exatamente por esse motivo não
consegue se imaginar vivendo sem eles.
“Métrica” me fez parar para pensar em como a dor de perder um dos dois —
ou os dois! — nos afeta. Somos tão pequenos perto desse momento, afinal, por
que mesmo a vida nos tira as pessoas que mais incondicionalmente nos amaram?
Gostaria de fazer uma coluna bem mais animada, mas após a leitura me
peguei vendo que me orgulho muito de estar presente na vida de meus pais, de
fazer valer cada momento, dividindo o que gosto de fazer e o pouco tempo livre
com meus amigos, com um namorado ou com eles.
Nunca fui a criança que tinha vergonha dos pais a irem buscar na festa,
nunca pensei em pagar mico porque estava acompanhada de minha mãe no
shopping... eu sempre desfilei com ela com orgulho.
Meu pai foi quem me passou essa paixão toda por cinema, me levando a
inúmeros filmes quando criança. Foi com ele que vi E.T, O Poderoso Chefão, Star
Wars, Star Trek, todos os filmes que marcaram minha infância, e ele, mesmo sem
gostar, me levava a filmes da Xuxa, aguentando firme quando eu queria ver mais
de uma vez e no cinema.
Os passeios pelas livrarias desde pequena também tem recordações com
eles, cada livro que eu pegava e minha mãe escolhia para ser levado para casa
era motivo de alegria.
Tudo que sou eu devo a eles, são meus melhores amigos, aqueles com quem
eu posso contar sempre e que me aguentam com erros e acertos. Pais não são como
namorados, que chegam um belo dia e dizem que o amor diminuiu e que precisam
repensar a relação.
A relação com eles é para sempre! E por esse motivo terminei o livro
chorando muito, eu junto com os personagens queria saber por que eles tinham
que sofrer tanto? Porque tanta gente sofre de um jeito que parece absurdo,
afinal perder os pais é uma dor sem cura, ela pode até diminuir, mas não passa.
Se Layken e Will foram fortes, acho que no final a mensagem que fica é
de que temos que cuidar de quem amamos em vida, aproveitando cada segundo,
mostrando a pessoa o quanto significam para nós.
Mais do que um livro sobre a linda relação entre um casal jovem,
‘Métrica” é um livro triste sim, difícil não cair em prantos quando o lemos.
Mas ainda assim é um livro lindo e como dizia Renato Russo, ele prova
que “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.”
Cuide bem dos seus pais, dê um abraço apertado neles e comemore o dia 11
da melhor forma que encontrar, de preferência arrancando sorrisos de quem
sempre te deu tanto e te pediu tão pouco.
Feliz Dia dos pais!
< 3
7 comentários:
Pais deveriam ser para sempre. E você não tem ideia de como sentir orgulho deles é importante para eles, Rapha. Fala isso sempre para eles. Mostra essa coluna para eles, ou melhor, lê pra eles.
beijos
Frini
Meus pais também são um orgulho para mim e, independente de tudo que a gente passa na vida, eles estão sempre lá pra mim. Esse livro também me fez pensar nisso, Raffa! Deve ser arrebatador perder um dos dois, imagine os dois. Espero que os meus (e os seus) vivam pra sempre <3
Ah Raffa que linda a homenagem e também a sua opinião sobre o livro. Eu comprei ele para ler e só tenho visto críticas super positivas sobre esse livro. E é muito interessante o que te marcou nele... Isso nos prova que resenha, opiniões, impressões são muito pessoal... E como é interessante conhecer "um mesmo rio" sobre vários olhares. Nós mesmo quando lemos um livro pela segunda vez percebemos coisas que não percebemos da primeira vez. Por isso já dizia o filósofo: Não se pode entrar duas vezes em um mesmo rio. E é verdade! Linda homenagem! Devemos amar mesmo nossos pais e aproveitar ao máximo eles por perto. Infelizmente eu não tive o meu pai biológico por perto. Mas tive a minha mãe e meu avô materno, que foi o verdadeiro "AVÔHAI". E ele partiu em 1999 e sei a falta que ele me faz... Linda resenha. O livro então além de um romance fofo e lindo deve conter mais segredinhos e lições na entrelinhas! ADORO isso! Me animei ainda mais em ler!
Concordo com seu texto. Também sou uma garota que não tem vergonha de estar com meus pais nos lugares, gosto da companhia deles e de poder aproveitar ao máximo cada minuto ao lado deles. Muito bacana o seu texto, aumentou a minha vontade de ler o livro. Beijos
http://recantodelivros.blogspot.com.br/
Oh Raffa com certeza temos que ter orgulho dos nossos pais.Só não li esse livro pois acho que ia chorar,me entende né.Bjs
"acho que no final a mensagem que fica é de que temos que cuidar de quem amamos em vida, aproveitando cada segundo, mostrando a pessoa o quanto significam para nós."
EXATAMENTE, Raffa! Lindo esse seu amor e orgulho por seus pais! <3 Acho fofo vc andar com sua mãe por aí...moro longo dos meus, mas tbm são o meu orgulho...amor de pai e mãe é eterno, e definitavamente, são as pessoas que fazem TUDO para nos verem felizes!
Linda coluna! Fico feliz de ter contribuído por ela sair, indicando o livro, hahaha! <3 Adoro indicar livros pra vc, e saber que gosto!
Beijo grande, Raffita!
A leitura de "Métrica" foi uma experiência bastante intensa e pessoal para mim. Não vou entrar em detalhes para não soltar spoilers sobre o livro, mas ele me tocou profundamente e terminei a leitura aos prantos.
Enfim, nada é para sempre e lidar com a impermanência e inconstância é um dos meus desafios em vida :/
Bjs, Raffa!
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