Barnabas é um vampiro que, ao rejeitar o amor da bruxa
Angelique (Eva Green, de Casino Royale), é enterrado em um caixão no ano
de 1776. Retirado do solo acidentalmente em 1972, reencontra o clã Collins quase
falido e sua antiga inimiga ainda viva. Barnabas reassume o controle da família
e decide acertar as contas com a bruxa, enquanto tenta tirar um atraso de dois
séculos de diferenças culturais.
Tanto o início da história de Collins, com a criação do seu
império de negócios e a construção de sua magnífica mansão gótica, quanto esse
reajuste aos tempos modernos (de 30 anos atrás) são os melhores momentos de Sombras
da Noite. É ali que Tim Burton mostra a exuberância de sempre em cenários,
figurinos, maquiagem e fotografia. No humor, Depp raramente erra, e aqui o
vampiro perdido no tempo é uma figura que ele aproveita muito bem, como na cena
em que se revolta com uma TV ao tentar descobrir onde está a “pequena cantora”
(era um show dos Carpenters sendo exibido).
Porém, tirando a apresentação inicial da trama e os momentos
de Depp perdido no tempo, Sombras da Noite não tem o que contar — o
filme se arrasta quando tenta estabelecer uma história, e Tim Burton, que não é
diretor de comédias, deixa toda a responsabilidade cômica nos ombros do astro.
E, do meio para o final, o problema da falta de história se arrasta,
personagens são esquecidos ou pouco aproveitados, e o encerramento é uma
enfadonha “luta final” com tantos efeitos especiais repetitivos e cenas sem inspiração
que o espectador se pergunta se aquele sangue bom do início do filme não se
esgotou e secou ao término da exibição.
O trailer e outras
informações estão no site oficial.
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André Gordirro, 39 anos, carioca, tricolor, escreve sobre
cinema há 18 anos. Passou pelas redações da Revista
Manchete, Veja Rio, e foi
colaborador da Revista SET por dez
anos. Atualmente colabora com a Revista
Preview e GQ Brasil. Leva a vida
vendo filmes, viajando pelo mundo para entrevistar astros e diretores de cinema
e, claro, traduzindo para a Galera Record. Nas horas vagas, consegue (tenta...)
ler gibis da Marvel, jogar videogames
e escrever o primeiro romance (que um dia sai!).
3 comentários:
Nossa, que profissão mais linda!
Também quero!
Tem Johnny Depp, é do Tim Burton... precisa de mais motivos para ver?
Téh Moura - www.aminhadimensao.blogspot.com
Eu não achei o o filme se arrasta, foi tudo perfeito ! Um filme de Tim Burtun com o Johnny Depp e Helena não tinha como não ser ! E o Johnny como sempre fazendo o filme ficar um pouco cômico, PERFEITO *_*
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